Uber e Lyft são responsáveis por 90% do mercado de motoristas por aplicativo nos Estados Unidos, portanto são empresas grandes e que sentiram de frente as consequências da pandemia no mercado. Uma das consequências foi a grande diminuição de motoristas, que deixaram o emprego por medo de contrair a Covid-19, alguns mudando a área de atuação para entregas inclusive de comida, por apresentar menos contato com clientes.

_{A dimuição de motoristas deixou as corridas mais demoradas (Foto: Pixabay / JacksonDavid)}

Essa diminuição causou o aumento de preços e da demora de corridas em todo o país, o que poderia representar um problema para as empresas, porém as duas acabam de declarar que este é o melhor ano em suas performances financeiras. Logan Green, CEO da Lyft, declarou que os lucros da empresa cresceram 73% comparado com o mesmo período de 2020 enquanto o da Uber cresceu 67%.

Enquanto muitos trabalhadores ainda trabalham home office, os muitos que estão voltando ao escritório e antes pegavam ônibus para o trabalho estão preferindo pegar esses serviços para evitar grandes grupos. Lyft declarou que seus clientes aumentaram em 2 milhões durante o terceiro trimestre de 2021, enquanto Nelson Chai, chefe do setor financeiro da Uber, declarou que em outubro a Uber recuperou 85% dos clientes pré-pandemia.

“Nós nos recuperamos da pandemia mais rápido que qualquer outra companhia de transporte, apesar do aumento de preços.” diz Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, durante uma reunião trimestral. “Agora, não necessariamente queremos que seja uma mudança permanente, mas eu acho que com o aumento do custo do trabalho, e francamente a inflação e o aumento do custo de tudo, eu acho sim que o aumento de preços será anual, e, como um mercado, nós pegamos uma parcela disso.”

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“Sempre haverá uma viagem no nível de preço de hoje, o que pode ser uma aceleração mais rápida” diz John Zimmer, presidente da Lyft, durante uma entrevista com a Reuters. “Mas na verdade se trata de encontrar a viagem certa para o cliente certo no momento certo”

Foto destaque: Mike Blake / Reuters

Na última quinta-feira (29 de outubro), Mark Zuckerberg anunciou as ideias da companhia de formar um metaverso, ambiente virtual misturado com a realidade e que, com esse foco mudou o nome da empresa para Meta. Recentemente, foi vazado um suposto smartwatch feito pela companhia, que condiz com os últimos planos revelados pela empresa.

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A descoberta foi feita por Steve Moser, desenvolvedor de iOS, e compartilhada pelo jornal Bloomberg. A imagem do relógio foi encontrada no aplicativo Facebook View, que trabalha no gerenciamento dos óculos inteligentes feitos em parceria com a Ray-Ban. Além da suposta imagem do relógio, Steve Moser também revelou que o codinome por trás do projeto seria “Milan”, ainda sem nome oficial.

_{Foto vazada no site da aparêcia do smartwatch (Foto: Reprodução / Bloomberg)}

A aparência do smartwatch é arredondada nos cantos, com a camêra na área inferior, a pulseira removível e um botão no lado direito, se assemelhando bastante ao Apple Watch. Quanto às funções que o aparelho apresenta, além das usuais de smartwatch, são tirar fotos, fazer videoconferências, gravar vídeos e transferir todo o conteúdo com um celular pareado.

No vídeo apresentação do metaverse, há vários momentos em que pessoas usam aparelhos eletrônicos, entre eles um smartwatch, que funcionam tanto no mundo virtual quanto no real. Com esse objetivo de alcançar o metaverse, é provável que ainda no ano que vem a companhia Meta mude os nomes da Oculus e do Facebook Portal para algo mais alinhado com o novo propósito da empresa.

_{Imagem do vídeo de apresentação sobre o metaverso (Foto: Reproução / Canal Tech)}

Um projeto já confirmado pela Meta é de um poderoso headset de realidade mista que tem o nome do projeto como “Project Cambria”, a empresa também confirmou que o headset poderia vir acompanhado de um smartwatch como acessório.

Mark Gurman, jornalista, afirmou que a Meta teria planos de lançar um smartwatch em 2022, no entanto, não tem como saber se essa afirmação se refere ao vazado pela foto. Ainda não há nenhuma confirmação da empresa.

Foto destaque: Pexels / Thought Catalog

Os resultados esperados para a companhia de venda e tecnologia eram de faturamento em torno de US$ 111 bilhões, com aumento de 16% em relação ao ano anterior, mas com lucros até 30% inferiores ao mesmo período do ano passado. Outros especialistas também esperavam um lucro de US$ 0,78 por ação.

_{A venda de produtos ainda é parte significativa do lucro da empresa (Foto: Bodo Schackow/picture alliance / Getty Images / Exame)}

Essa projeção era aguardada devido ao grande investimento de aumento no número de funcionários, no momento atual a empresa procura: 150 mil funcionários temporários, 125 mil para centros de distribuição e transporte e 40 mil empregados corporativos. Além do aumento ser justificado devido às épocas festivas de alto consumo, como a Black Friday e o Natal, o crescimento de salário de cargos altos e o aumento do salário mínimo inicial para 18 dólares por hora nos Estados Unidos pode significar um crescimento exponencial de gastos da companhia em funcionários.

Os dados do terceiro semestre de 2021 da companhia foram divulgados na quarta-feira (27 de outubro), mas frustraram as previsões realizadas. O lucro da Amazon foi de US$ 252 milhões, ou US$ 0,52 por ação. Foi alcançado US$ 32,7 bilhões em vendas, sendo de acordo com a previsão da companhia de que seria entre US$ 31 bilhões e US$ 33,5 bilhões.

A queda da empresa em relação anterior é evidente, com o lucro líquido de US$ 7,8 bilhões ou lucro por ação de US$ 10,30, no segundo trimestre deste ano. O que representa aumento de 48,8% em relação ao segundo trimestre de 2020. 

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No segundo trimestre as vendas alcançaram US$ 58 bilhões, enquanto no quesito de serviços, como o Amazon Prime e o Kindle Unlimited alcançaram US$ 55,07 bilhões. As vendas do Prime Day, onde há ofertas somente para assinantes do Amazon Prime, quebraram o recorde da empresa chegando a 250 milhões de vendas.

Para o quarto trimestre do ano, a companhia prevê uma receita entre US$ 42 bilhões e US$ 45,5 bilhões.

Foto destaque: Christian Wiediger/Unsplash

A companhia passa por uma crise judicial devido às informações contidas em documentos vazados pela ex-diretora Frances Haugen, nos documentos é mostrado os dados de uma pesquisa interna realizada pelo próprio Facebook em que constata dados negativos em que a empresa priorizou lucro ao invés da segurança do usuário. Por esse motivo a empresa estuda também a possibilidade de um rebranding, uma mudança de nome para afastar a imagem da empresa  das recentes informações vazadas pela ex-funcionária.

Porém, do lado financeiro, o Facebook está em um período extremamente positivo de crescimento. No terceiro trimestre deste ano, a companhia teve um lucro líquido de US$ 9,2 bilhões, um crescimento de 17% em relação ao ano passado, e em receita US$ 29 bilhões, um crescimento de 35% em relação ao ano passado. Outro dado divulgado pela companhia foi o crescimento de 6% de usuários ativos, contabilizando 1,93 bilhão. Vale ressaltar que somente no mesmo dia que os dados foram ao público, as ações do Facebook cresceram 3%.

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No entanto, mesmo com o panorama positivo, a incerteza do futuro da empresa ainda é grande por se aventurar em diversos mercados além da publicidade. Um exemplo disso é que a divisão de tecnologia terá seus dados divulgados separadamente e segundo David Wehner, diretor financeiro, o investimento no Facebook Reality Labs irá diminuir o lucro operacional do ano em US$ 10 bilhões.

Segundo Mark Zuckerberg, presidente executivo, o investimento grande na área de novas tecnologias é para transformar o Facebook em uma empresa de “metaverso”. Isso justifica a compra da Oculus, empresa de realidade virtual, e diversos investimentos relacionados, incluindo os planos de contratar 10 mil funcionários. David Wehner também afirmou que a partir do quarto trimestre deste ano o Facebook Reality Labs será separado de outros aplicativos da companhia.

_{Investimento da companhia no metaverso só tem crescido (Foto: Forbes / Getty Images)}

“Polêmicas acontecem há anos e não limitaram o crescimento da plataforma. O Facebook poderia encontrar um caminho de diálogo e transparência para revitalizar a própria marca. Um caminho de mudança de estratégia de branding e postura pode mostrar para o público que a empresa, como um todo, está mudando e querendo evoluir ouvindo os clientes. É possível mudar as diretrizes, valores, ofertas, sem mudar de nome. É sobre recomeçar – não do zero – e ganhar novamente a confiança das pessoas e até mesmo um novo público, mas sem perder os atuais. Metaverso é uma outra construção, com muito potencial, mas com o risco de se tornar uma fuga.” diz Andrea Mendonça, chief growth officer da B&Partners.co e especialista em estratégias de branding.

“Estamos vendo, há algum tempo, outras redes sociais trazendo mais opções de conteúdo, engajamento, modelo comercial e formato. Se a estratégia for de renovação e de mudança de proposta pode fazer sentido. E não podemos esquecer que existe a marca Mark Zuckerberg, a maior força está aí e o maior impacto vem dela, para o bem e para o mal, qualquer movimento vai repercutir“, conclui Mendonça.

Foto destaque: Descrição: Aumento de usuários do Facebook nesse trimestre. Créditos: Pixabay / geralt

Recentemente a EXAME realizou a premiação Melhores e Maiores 2021, durante o painel “As techs invadem o MM” Alex Szapiro, líder da repartição do Brasil e parceiro operacional do SoftBank Group International, participou de um debate mediado por Lucas Agrela, jornalista especializado em tecnologia , com as participações de Guilherme Pacheco, cofundador e membro do conselho da Mosaico (dona dos comparadores de preços Buscapé, Zoom e Bondfaro), e Roberto de Carvalho, vice-presidente da América do Sul da Dynatrace.

Durante o debate, Szapiro deixou claro pensar semelhante a Jeff Bezos a respeito do crescimento de startups, que é necessário buscar e reter talentos, resolver um problema do consumidor,  ter resiliência, construir uma cultura empresarial forte e estar preparado para se adaptar e mudar o curso dos negócios se necessário.

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“O time precisa ser muito bom. Ele precisa ser forte e se complementar. É isso que fará a diferença no final do dia. As coisas mudam tão rápido que os empreendedores precisam estar prontos para mudar o negócio. A falha é importante. Em outros países, a falha é muito bem vista porque mostra que o empreendedor já passou por grandes problemas antes. A simplicidade, por fim, é muito importante. A Apple, por exemplo, conseguiu no hardware e no software surpreender o cliente. Todo mundo acha que a simplicidade é fácil, mas ela precisa de muito suor e energia para ser atingida” diz Alex Szapiro durante o debate.

“As falhas vão acontecer o tempo inteiro e as empresas precisam lidar com elas o tempo todo. A questão é como reagimos a elas. Se a interface ou a experiência do usuário não estiverem funcionando bem, a empresa não pode demorar horas para corrigir essa falha. Esse tempo de resposta precisa ser repensado. E isso requer o uso de inteligência artificial. Em relação à experiência do usuário, as empresas precisam avaliar se faz sentido como o processo tem sido feito. Vejo grandes empresas ainda monitorando isso por amostragem, sendo que estamos em um momento da tecnologia que nos permite olhar para a experiência de milhões de clientes em tempo real” completa Carvalho da Dynatrace, ressaltando que erros fazem parte do processo de crescimento.

_{Veja o vídeo completo (Reprodução: Youtube / exame)}

“Foco e persistência. O caminho para o sucesso não é linear. É preciso construir valor persistindo no negócio no longo prazo. Levamos duas décadas até abrir o capital da empresa” finaliza Pacheco da Mosaico, falando sobre adaptação e o tempo que pode levar.

Não há um caminho correto para que uma startup dê certo, mas seguindo as dicas de pessoas experientes, aumentam as chances de que seu negócio cresça e prospere.

Foto destaque: Reuters / Issei Kato