30 dias de guerra: Veja o estado atual da Ucrânia e previsões para o futuro

Infelizmente, já se passaram 30 dias do início das invasões russas em solo urcraniano e as operações que especialistas previam que poderiam ser rápidas, devido a superioridade militar de Moscou, se mostraram demoradas e destrutivas, onde os ucranianos apresentaram maior resistência.

Durante este período, a guerra se tornou a maior crise militar da Europa desde a Segunda Guerra Mundial e, já no primeiro dia de guerra, há um mês, cidades ucranianas foram bombardeadas. 

Em seguida, a Rússia começou a invadir a Ucrânia pelas frentes pelo norte, leste e sul, mas, não imaginava se deparar com o contra-ataque da Ucrânia que foi forte e, depois dos primeiros avanços, comprometeu os ataques da Rússia.


 

Bombardeios na Ucrânia Reprodução/Jornal da USP.


De acordo com as estimativas da ONU, já se somam mais de 3,6 milhões de pessoas que deixaram a Ucrânia, sendo a grande maioria em direção a Polônia e há uma estimativa de mais de 900 mortes de civis, podendo ser um número ainda maior já que atualmente o país se encontra sem a presença de jornalistas.

Quais serão os próximos passos da Rússia?

De acordo com o Institute for the Study of War, instituto americano especializado no estudo de guerras, os próximos passos da Rússia seriam tomar Mariupol para liberar as tropas russas para reforçar outras frentes.

Ainda, alcançar Jryvyi Rih e isolar Zaporizhiya, também ao sul de Kiev. Assim, em Kharkiv, os ataques continuam focados em Izyum, mas sem as tropas avançarem pela cidade.

Neste cenário, Kherson também continua ocupada, enquanto Mykolayiv e Odessa não devem receber a presença das tropas russas. Em contrapartida, em Kiev as tropas avançam para atacar diretamente o centro da cidade e também prosseguem atacando Sumy e Chernihiv.

É importante ressaltar que, conforme as tropas não avançam, a Rússia segue perdendo soldados e armamentos.

Quais as previsões para o futuro?

Entre as previsões para o futuro estão a possibilidade de negociações diplomáticas entre os dois países. Apesar de parecer distante entre os especialistas, ainda sim é uma das possibilidades para cessar o conflito, mas as negociações seguem sem acordos entre Rússia e Ucrânia.

Além dessa possiblidade, há também a previsão da vitória Rússia em poucas semanas conquistando Kiev e a costa litorânea do Mar Negro. De acordo com especialistas, uma vez estabelecido o cerco, em poucas semanas se consolida a vitória dos russos.

Em contrapartida, há também a possibilidade da vitória da Rússia, porém mais demorada. Neste caso, em função da alta resistência das tropas ucranianas, a vitória das tropas russas pode ser retardada, mas, ainda sim, com perdas significativas.

Isso porque, a Rússia já teve mais de uma centena de bilhões de dólares congelados de contas do seu Banco Central no exterior, além de enfrentar várias sanções econômicas e políticas para o país.

Para finalizar, outro cenário previsível seria o envolvimento direto da Otan na guerra, mas, este cenário é considerado quase impossível de acontecer segundo os especialistas.

Dessa forma, após vários encontros entre delegações da Rússia e da Ucrânia e ainda mediações por líderes internacionais, os termos colocados pelo país russo para o fim da guerra foram: Desmilitarização da Ucrânia; Reconhecimento, pela Ucrânia, da anexação da Crimeia pelos russos e Reconhecimento da independência de Donetsk e Luhansk.

Assim, nas últimas conversas, líderes da Rússia e da Ucrânia, viram a possibilidade de um acordo caso a Ucrânia adote o status neutro e assim, receberia garantias internacionais de segurança. Mas, essa possibilidade abrange apenas os dois primeiros pontos que mencionamos anteriormente sem citar territórios.

Foto Destaque: Miliares russos são vistos em tanques de guerra na região da cidade portuária de Mariupol, na Ucrânia, no dia 20 de março de 2022 Foto: Reprodução/ Alexander Ermochenko/Reuters.

Presidente da Ucrânia declara: Mariupol está em ruínas

Nessa quarta-feira (23), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou através de um vídeo que: “Não resta nada de Mariupol”. Ainda afirmou que centenas de pessoas estão em situação desumana e impossibilitada de sair do local que está sem água, medicamentos e comida.

Além disso, imagens de satélites mostram a cidade toda destruída após bombardeios russos que acontecem desde o fim de fevereiro na região.


Imagem de satélite disponibilizada pela Maxar Technologies mostra prédios em chamas, em Mariupol, Ucrânia. (Foto: Reprodução/G1)


Zelensky também disse que, mais de 7 mil pessoas já conseguiram deixar a cidade nas últimas 24 horas e que há mais de uma semana estão tentando organizar “corredores humanitários estáveis para os moradores“. Em contrapartida, as tentativas tem sido barradas pelas tropas russas.

É importante ressaltar que Mariupol é uma cidade fundamental para a Rússia por servir de ponte terrestre entre as forças russas na Crimeia, no sudoeste e os territórios sob controle russo no norte e leste.

Dessa forma, dificilmente a Rússia cederia um espaço tão importante e iria até o fim para ocupar toda a extensão, inclusive, com a expulsão de civis da região de Mariupol.

Em contrapartida, os moradores estão esperançosos, isso porque, as conversas entre Rússia e Ucrânia podem estar avançando, apesar dos dois lados admitirem que as negociações têm sido difíceis e sem avanços. Ainda, Mariupol se encontra sem a presença de jornalistas há uma semana, desde que a equipe da agência Associated Press deixou a cidade.

Assim, com a ausência de profissionais para relatar os últimos acontecimentos, torna- se cada vez mais complicado saber a situação atual da região, a não ser pela presença de satélites.

Ademais, a Ucrânia acusa a Rússia de bombardeios em locais civis da cidade, como maternidade e teatros que serviam de abrigos para crianças. Ainda, também acusa as forças russas de dispararem contra civis desarmados que protestavam contra a ocupação russa na cidade de Kherson, no sul do país, mas o presidente russo nega todas as acusações.

Diante das acusações, também fica cada vez mais difícil as negociações entre os países, tendo em vista que, para a grande maioria dos especialistas, a guerra só cessará com a rendição da Ucrânia e a “vitória” da Rússia sobre o país. 

Dessa forma, até este momento, a ONU (Organização das Nações Unidas) estima que ao menos 3,5 milhões de pessoas tenham deixado a Ucrânia por causa da guerra indo para países como a Polônia, que tem recebido os refugiados e com a ajuda de voluntários do mundo inteiro!

Foto Destaque: Reprodução/G1.

Guerra entre Rússia e Ucrânia: Estresse pós traumático e a saúde mental

Depois de semanas de conflito, as negociações entre Rússia e Ucrânia estão avançando para um possível cessar-fogo, mas, apesar disso, o medo do que pode acontecer futuramente ainda rodeia parte da população mundial.

De acordo com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), já são mais de 1,7 milhão de pessoas que deixaram suas casas desde o início da invasão do país pela Rússia, causando vários problemas mentais como o transtorno de estresse pós-traumático em pessoas que viveram a situação de crise como a guerra.

Entre os principais sintomas estão insônia, irritabilidade, mudanças de humor e inquietação inesperada.

Dessa forma, é necessário trabalhar psicologicamente a mentalidade dessas pessoas para que problemas maiores não possam ocorrer, levando a quadros clínicos mais perigosos como alteração do sono, sensação de angústia, flashbacks e sentimentos físicos fazendo com que o indivíduo se prenda naquela situação.

Além disso, a pressão de ter de tomar decisões importantes também faz com que as pessoas se sintam inseguras. De acordo com especialistas, quando existe um trauma muito grande e uma situação crítica que se prolonga, por exemplo da guerra, você tem aquele salto de adrenalina pelo corpo em uma situação aguda, como uma bomba que explode, mas a longo prazo você tem uma liberação tônica de cortisol que como medida de defesa pode levar a lapsos de memória.

Como lidar com os traumas da guerra?

Depois de ter um diagnóstico preciso, é importante fazer tratamentos para o estresse pós-traumático para contribuir com a redução dos danos associados ao conflito, principalmente no caso de crianças expostas ao trauma.


Mulher sentada com estresse pós-traumático. (Foto: Reprodução/CanvaPro).


Além disso, o tratamento pode ser realizado a partir de acompanhamento psicológico e psiquiátrico, com o uso de medicação quando prescrito pelo profissional de saúde, assim como, outros tratamentos que possam ajudar a reduzir o evento traumático no cérebro do indivíduo.

Dessa forma, contar com o apoio familiar e social também é importante tanto no tratamento quanto na prevenção do estresse pós-traumático, além de se, por acaso você não estiver vivenciando o conflito, tente assistir o mínimo de notícias catastróficas, mantenha uma rotina de alimentação e exercícios físicos e cuida da sua saúde mental.

Foto destaque: Pessoa no meio do caos que está acontecendo no mundo tentando se proteger. Reproducação/CanvaPro.

 

Idoso acamado ou cadeirante: Jeitos de evitar as lesões por pressão

Inicialmente, com o passar dos anos, os idosos podem começar a ter doenças e fraturas que ocasionam restrição ou perda da mobilidade, deixando-os acamados ou cadeirantes, isso se deve na maioria das vezes, pela perda óssea devido a idade.

Além de todo desconforto causado, ficar muito tempo deitado ou em uma mesma posição também traz novas consequências, como é o caso da chamada “lesão por pressão” – conhecida anteriormente como escaras de decúbito. 

Assim, esse problema é uma lesão de pele em algum local do corpo que esteja próxima de uma região óssea, sendo também chamada de úlcera por pressão, isso porque, os idosos acamados pressionam o local com o corpo e a fricção com o lençol pode acabar piorando.


Idosos se ajudando na mobilidade (Foto: CanvaPro)


Entre as condições que aumentam a frequência de lesões em idosos estão a sensibilidade da pele, necessidade de permanecer em uma mesma posição, fricção com lençol e cobertores, incontinência urinária e fecal, desnutrição ou sobrepeso entre outras condições.

Quais são as consequências das lesões por pressão nos idosos?

Entre as consequências estão a vermelhidão no local pressionado, que pode virar ferida profunda sendo comum nas costas, calcanhares, glúteos, cóccix, orelhas, cabeça, omoplatas e ombros.

Isso porque, as lesões ocorrem quando há interrupção do fluxo de sangue para a pele, ou seja, surge uma área avermelhada e dolorida que pode ficar roxa. Se não for tratada, a pele ainda pode se romper e surgir uma nova infecção.

Além disso, dependendo da gravidade e da condição física da pessoa, as úlceras levam dias ou meses para cicatrizar, e se agrava no caso de diabéticos por comprometer a cicatrização.

Ademais, as lesões também recebem uma classificação entre graus e estágios, por exemplo, no Grau I, a vermelhidão desaparece no momento em que o local é pressionado. Em contrapartida, no grau IV, a ferida é extensa e profunda, atingindo músculos e muitas vezes, ossos.

Dessa forma, o tratamento também varia de acordo com o grau em que está a lesão.

Quais os cuidados para evitar as lesões?

Entre os cuidados estão ajudar o idosos a se movimentar mais, sendo o ideal fazer com que ele mude de posição a cada duas horas para evitar a pressão no local e assim garantir que a pele não se machuque.

Além disso, também é recomendado observar com frequência se há alguma lesão no idosos para iniciar os tratamentos de imediato, assim como, deve-se investir em adesivos de pele em locais que são mais suscetíveis e observar a pele pelo menos uma vez ao dia.

Ademais, também deve-se manter a pele do idoso limpa e seca, mas hidratada com um produto adequado para estimular a circulação do sangue e você também precisa evitar a umidade na pele, principalmente nos casos de idosos que utilizam fraldas.

Ainda, manter uma alimentação saudável também é um passo importante para uma rotina de cuidados para evitar as lesões.

Foto Destaque: Idoso cadeirante sendo cuidado. Reprodução/ CanvaPro.

Máscara de proteção: Maneiras de guardar após uso em transporte público

Entre os governos que já liberaram o uso da máscara em espaços abertos está o governo de São Paulo que também anunciou nesta quinta-feira (17) o fim da obrigatoriedade do uso também em ambientes fechados, exceto em locais como unidades de saúde e no transporte coletivo.

Em que pese haja flexibilizações, alguns cuidados necessários para manter a máscara como uma proteção contra a Covid-19. Entre eles estão: 

1. Evitar pendurar a máscara no braço, queijo, amassar ou colocar no bolso.

2. Evitar a umidade.

3. Verificar o ajuste de proteção.

Dessa forma, podemos concluir que os cuidados são básicos, mas faz com que a máscara se proteja contra vírus e bactérias e a entrada do novo coronavírus.

Por que deve-se usar máscara de proteção em locais como transporte público e como armazenar depois?

De acordo com os especialistas, apesar de estarmos com a redução dos casos da Covid-19, a máscara ainda é um dos principais meios de proteção, principalmente, em ambientes fechados e com aglomeração.

Dessa forma, terminais de ônibus são locais considerados de alto risco para contaminação por Covid-19, assim como, espaços fechados e com alta densidade de pessoas também exigem o uso da máscara de proteção como é o caso do transporte público, reforçando a importância de sua utilização e o armazenamento adequado.


 

Máscaras de proteção (Reprodução/CanvaPro)


Segundo Diego Xavier, epidemiologista e pesquisador do Observatório Covid-10 da Fiocruz: “Os meios de transporte têm uma aglomeração enorme, então a gente precisa manter esses cuidados. O ideal é que a pessoa tenha um um saco plástico para colocar sua máscara com cuidado sem tocar na parte de dentro da máscara”. Ainda enfatiza sobre a importância da utilização das máscaras como uma pedida protetiva de política pública.

Depois de guardar a máscara, lave sempre as mãos ou utilize álcool em gel, isso porque, a máscara na parte de fora estará contaminado, daí a importância de lavar as mãos e utilizar o álcool em gel.

Além disso, retirar e colocar a máscara várias vezes também ajuda a afrouxar o material, ou seja, isso também precisa ser feito com cuidado. Assim, o recomendado é que, quando você puxe o ar para dentro, a máscara colapse para dentro também como um balão murchando.

Ademais, observe também a cor do elástico, se não estiver mais branco, troque por outra máscara.

Dessa forma, é preciso entender que a máscara funciona como um filtro, assim, ela deve estar em condições adeuqadas para filtrar. Se estiver suja, molhada ou com qualquer outro problema, já terá tido sua eficiência comprometida.

Foto destaque: Homem com máscara em supermercado. Reprodução/CanvaPro.

Sarcófago de chumbo encontrado na catedral de Notre-Dame em Paris

No subsolo da catedral de Notre-Dame em Paris, em construção um sarcófago de chumbo do século XIV foi encontrado. Assim, os vestígios foram encontrados no ponto onde o corredor central da nave encontra com a estrutura lateral (transepto) da catedral. Ainda não se sabe quem teria sepultado ali.

Em 15 de abril de 2009, a catedral de Notre-Dame sofreu um incêndio que derrubou toda a estrutura do telhado. E como parte das obras de reconstrução, um andaime enorme com cerca de 100 metros de altura será instalado nesse cruzamento para reconstruir a torre.


 

Ministra da Cultura da França Roselyne Bachelot dá entrevista perto de sarcófago de chumbo encontrado na Notre-Dame de Paris — Reprodução: Julien de Rosa/AFP


Ainda por perto, os arqueólogos também encontraram os restos de um antigo jubé, ou coro alto e tentam desenterrar o achado. Importante dizer que, o jubé era um coro de pedra, adornado com figuras esculpidas, que durante séculos separou o coro do resto da igreja, sendo o da Notre-Dame construído por volta de 1230 e destruído no início do século XVIII.

Nessa terceira-feira (15), perto da superfície, um arqueólogo limpava delicadamente as mãos esculpidas e estendidas, como se estivesse implorando. E em cestos de plástico, retirados do solo, encontravam-se o busto de um homem barbudo e vegetais esculpidos, com vestígios da tinta com que foram criados.

De acordo com Dominique García, presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Arqueológicas: “A descoberta deste sarcófago nos permitirá entender melhor as práticas e ritos funerários da Idade Média”.

Ademais, na catedral de Notre-Dame vários outros restos humanos já foram encontrados desde a sua construção, principalmente, de responsáveis pelo templo ou personalidades religiosas.

Segundo o arquólogo responsável pela escavação Christophe Besnier, “Você pode vislumbrar pedaços de tecido, cabelo e uma almofada de folhas em cima da cabeça, um fenômeno bem conhecido, quando os hierarcas religiosos eram enterrados”, explica o arqueólogo.  Ainda acrescenta: “O fato de estes elementos vegetais ainda se encontrarem no interior mostra a priori um estado de conservação muito bom do corpo”.

“É uma grande emoção, esta catedral representa toda a história de Paris, e encontrar-se diante desses vestígios é extremamente impressionante”, afirmou a ministra da Cultura, Roselyne Bachelot, ao pé do sarcófago.

Dessa forma, podemos perceber o quanto esses vestígios contam o que aconteceu com nossos antepassados, sendo impotante tratá-los com a mesma importância de se estivessem vivos. Ainda, há muito para aprender com esses vestígios, precisamos saber escutar e observar. 

Foto destaque: Arqueólogos trabalham na Notre-Dame —Reprodução: Julien de Rosa/AFP

Corte de Justiça da ONU determina: Rússia deve suspender as operações na Ucrânia

Nessa quarta-feira (16) a Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haian, ordenou que a Rússia interrompa as operações militates na Ucrânia de imediato. E além disso, o tribunal das Nações Unidas também ordenou que os dois países evitem quaisquer ações que possam agravar ou estender o conflito.

Há duas semanas, a Ucrânia apresentou uma ação à CIJ argumentando que a Rússia teria invadido de forma ilegal sob falsas alegações de que autoridades ucranianas estavam cometendo um genocídio nas regiões de Luhansk e Donestk. No dia 7, a Rússia enviou uma carta ao tribunal, solicitando que o caso fosse arquivado por falta de jurisdição, mas o pedido foi negado.


 

Protestos contra a guerra entre Rússia e Ucrânia. (Reprodução/Pexels)


De acordo com a juíza norte-americana Joan E. Donoghue, presidente da CIJ, em uma decisão divulgada nesta quarta, o CIJ exige que a Rússia suspenda “imediatamente as operações militares especiais iniciadas em 24 de fevereiro”, data do começo da invasão. Ainda afirma: “A Ucrânia tem o direito plausível de não estar sujeita a operações militares da Federação Russa com o objetivo de prevenir e punir suposto genocídio no território da Ucrânia”, afirmou Donoghue.

Volodymyr Zelensky, presinte da Ucrânia, comemorou a notícia em uma mensagem postada no Twitter e chamou a decisão de “vitória”. Ainda afirma: “A ordem é obrigatória sob o direito internacional. A Rússia deve cumprir imediatamente. Ignorá-la isolará ainda mais a Rússia”.

Em contrapartida, ainda que seja de cumprimento obrigatório sob o direito internacional, a CIJ não possui os meios necessários para fazer com que a Rússia respeite a determinação.

 Desde o inicio da guerra, a Rússia já avançou sobre parcelas significativas da Ucrânia: no nordeste, leste e sudeste da Ucrânia. Mas a maior parte do país segue sob domínio da Ucrânia, inclusive, a capital kiev. De certa forma, os russos seguem enfrentando resistência ndos ucranianos na capital Kiev.

Ainda, especialistas militares de países como o Reino Unido afirmam que a invasão russa “estagnou em todas as frentes”. Infelizmente, as consequências da guerra serão muitos mesmo se ela terminar neste momento, assim, quanto mais se estender mais consequências negativas trará para ambos os países e também para o mundo inteiro.

Foto destaque: Homem na guerra entre Rússia e Ucrânia. Reprodução/Pexels.

22º dia de conflito: Veja os principais acontecimentos sobre a Guerra na Ucrânia

Ontem (16) a guerra na Ucrânia chegou ao seu 22°dia e, com acontecimentos que se desdobram para o possível cessar-fogo entre os dois países.

Entre os acontecimentos que marcaram essa quarta-feira (16) estão:

  • Rússia exige que Ucrânia não ingresse na Otan e rejeite a proteção dos Estados Unidos e países aliados nas negociações que ocorrem entre as delegações dos dois países para um possível cessar-fogo.
  • Joe Biden disse considerar Putin um “criminoso de guerra”.
  • A Corte Internacional de Justiça ordenou que a Rússia suspenda as operações militares na Ucrânia.
  • Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, planeja conversar com membros do parlamento alemão por vídeo nessa quinta feira (17).
  • Chanceler Olaf Scholz irá receber o chefe da Otan Jens Stoltenberg para falar sobre situação no leste europeu. Em seguida, eo chefe da Otan e a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, irão realizar uma conferência de imprensa.
  • Para conversar sobre as implicações políticas da guerra na Ucrânia, irá ocorrer em Paris a coletiva de imprensa da OCDE (órgão de segurança do continente europeu).

Estima-se que a guerra entre Rússia e Ucrânia que ocorre em solo ucraniano ainda possa estar apenas no começo e, já provocou centenas de mortes de civis e forçou 2 milhões de pessoas a saírem de suas casas. Dessa forma, a situação humanitária da Ucrânia tem sido alertada por várias organizações internacionais e recebido sinal de alerta.

De acordo com o professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, Kai Enno Lehmann, a guerra está “indo mal em todos os sentidos” para a Rússia. Para ele, “o país não fez progresso como se esperava, não chegou a capturar a capital Kiev, além de várias outras cidades grandes e importantes da Ucrânia e continua completamente isolada do mundo em termos políticos e econômicos”, disse, em entrevista à CNN Rádio.


Mulher chora no protesto pelo fim da Guerra entre Rússia e Ucrânia. (Reprodução/Pexels)


Em contrapartida, faz uma ressalva: “Isso não é necessariamente uma boa notícia para a Ucrânia, as próximas semanas, se não houver solução diplomática, serão piores para a Ucrânia, em termos de intensidade do conflito”. Ainda complementa, “Uma notícia ruim para Rússia não significa uma boa notícia para a Ucrânia”.

Ademais, o especialista também vê a situação do presidente russo como desconfortável. Para ele: “ele tinha reputação de ser frio e calculista, mas a guerra está indo mal para ele, se estendendo mais, perdeu homens e material, precisa de alguma coisa que possa vender para o povo russo”.

Dessa forma, é inegável que uma guerra nunca traz apenas vantagens nem mesmo para o vencedor, assim, podemos concluir que em uma guerra não há vencedores. 

Foto destaque: Crianças pedem o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Reprodução/Pexels.

Ministério da Saúde confirma dois primeiros casos de variante Deltacron no Brasil

Na manhã dessa terça-feira (15), o Ministério da Saúde por meio do ministro Marcelo Queiroga, confirmou os dois primeiros casos da variante Deltacron no Brasil, uma combinação de mutações da Delta e da Ômicron. De acordo com o ministro, os casos foram detectados no Amapá e no Pará.

“Essa é uma variante de importância que requer monitoramento”, disse Queiroga. Em contrapartida, minimizou os impactos da nova variante no Brasil: “Vivemos em um ambiente pandêmico, surgem variantes do vírus, algumas variantes são de importância, outras são de preocupação. Tudo o que acontece nos países nós observamos”, completou.

Para ele, o Brasil vive uma constante redução dos casos do novo coronavírus e há cidades brasileiras que já estão sob controle. Mas ressaltou a necessidade de continuar a vigilância e não aglomerarmos para que a capacidade do sistema de saúde responder as possíveis variantes possa continuar em alta.

E ainda enfatiza,“Se eu tiver que indicar uma medida, é a aplicação da dose de reforço. É importante. Então, se você não tomou, procure uma unidade de saúde”, alertou o ministro da saúde.


O uso da máscara ainda torna-se importante (Foto: Reprodução/Pexels)


O que já se sabe sobre a Deltacron?

Segundo os especialistas, a Deltacron teria surgido a partir de um processo chamado de recombinação. Na ocasião, duas variantes do coronavírus SARS-CoV-2 — a Delta e Ômicron — infectaram um único paciente de forma simultânea. Assim, durante o processo de reprodução viral, trocaram parte do material genético e se criou uma nova cepa, como sugerem os pesquisadores.

E além disso, ainda segundo os pesquisadores, a Deltacron “é semelhante aos [casos] relatados de outros 15 pacientes amostrados em janeiro de 2022 na Europa”.

“Estamos cientes disso, é uma combinação das variantes Delta e Ômicron. Foi detectada na França, na Holanda e na Dinamarca. Isso era algo esperado dado que há uma intensa circulação dessas variantes”, enfatizou a diretora técnica da OMS, Maria Van Kerkhove em coletiva de imprensa na semana passada.

É importante ressaltar que, até o momento, a Organização Mundial da Saúde não classificou a Deltacron como uma Variante de Preocupação ou Variante de Interesse. Mas ainda sim, precisamos continuar tomando a primeira, segunda e as doses de reforço da vacina além de tomar todas as outras medidas protetivas para que a pandemia possa futuramente se tornar uma endemia.

Dessa forma, o vírus será controlado e a vida em sociedade poderá retornar a normalidade ou, como dizem, ao novo normal. Ainda se aguarda também os resultados das pesquisas recentes com a nova variante.

Foto Destaque: Walterson Rosa/MS

Pandemia sem previsão do fim: 2 anos e nenhuma certeza

Desde 11 de março de 2020, o mundo vive uma pandemia mundial assolada pelo Novo Coronavírus. Assim, neste dia, a Organização Mundial da Saúde declarava o estado de pandemia um século após a tragédia da gripe espanhola que também teria levado milhões de pessoas.


Mãe colocando máscara em criança. (Reprodução/Pexels)


Dois anos depois, a falta de vacinas para milhares de pessoas e a alta taxa de transmissão, ainda são fatores que mantêm o status de pandemia inviabilizando o seu fim.

Em contrapartida, segundo especialistas o mundo está caminhando para o fim da pandemia devido a redução de casos e controle da doença, sendo difícil encará-la pelas novas possíveis variantes e os locais onde a vacina ainda não chegou, por exemplo, várias partes do continente africano.

No Brasil, já foram registrados mais de 654 mil óbitos em decorrência do coronavírus, sendo o segundo país com mais mortes em todo mundo, atrás, apenas, dos Estados Unidos e a continuidade das constantes variantes faz com que a OMS não possa declarar a endemia, quando uma doença é recorrente, mas não há aumento significativo de casos e a população convive com ela.

Dessa forma, a Organização Mundial da Saúde alega ainda ser prematuro decretar o término da pandemia: “É muito cedo para cantar vitória. Ainda há muitos países com baixa cobertura vacinal e alta transmissão”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Assim, não há indicadores exatos que ajudem a determinar quando o mundo deixará de estar em uma pandemia, sendo necessário continuar com o amplo acesso à vacinação e a redução cada vez maior da transmissão do coronavírus.

Novo normal: proteção não pode parar 

Desde janeiro, passado o pico da variante ômicron, o Brasil tem sido palco da queda de casos e de mortes da variante, fazendo com que vários estados decretem o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras. 

Além disso, vários outros países também já decretaram o fim da obrigatoriedade do uso das máscaras e a volta de torneios de futebol, peças de teatro, cinema e outros eventos em que há aglomeração de pessoas.

Apesar disso, o maior desafio ainda é fazer com que a vacina chegue a todos os locais do mundo, isso porque, ainda há lugares em que não há nem 10% da população vacinada. Este cenário ocorre também pela falta de insumos e geladeiras, ou seja, condições favoráveis para a vacinação.

Dessa forma, 56,8% da população mundial tem as duas doses ou dose única da vacina, segundo o dado mais recente da OMS, no dia 6. No Brasil, esse percentual é de 72,9%.

Enquanto outras regiões do mundo não são vacinadas, novas variantes podem surgir, como ressalta Felipe Naveca, virologista e pesquisador da Fiocruz Amazônia: “A teoria mais aceita para a ômicron é que ela surgiu na África a partir de uma pessoa que ficou por muito tempo infectada. Isso permitiu ao vírus acumular um elevado número de mutações.” E conclui: “A melhor maneira de não subestimarmos o SARS-CoV-2 é continuarmos estudando como ele evoluirá.”

Em suma, é preciso continuar tomando todas as preocupações necessárias, sem aglomerações e utilizando as máscaras nos locais em que ela é obrigatória e, mesmo se não for, utilize sempre que se sentir desprotegido. Além claro, de tomar todas as doses necessárias para proteção.

Foto destaque: Enfermeiros com máscaras para o novo coronavírus (Reprodução: Pexels)