Carlos Belmonte deixa direção de futebol do São Paulo após goleada histórica

O São Paulo vive uma das semanas mais turbulentas de sua temporada. A contundente derrota por 6 a 0 para o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, desencadeou uma série de movimentos internos que expuseram rupturas políticas, desgaste de gestores e questionamentos profundos sobre a condução do departamento de futebol. Um dia após o revés no Maracanã, Carlos Belmonte decidiu entregar o cargo e não é mais diretor de futebol do clube. Sua saída ocorre em meio a disputas internas, perda de autonomia e crescente pressão de conselheiros e torcedores.

Paralelamente à decisão de Belmonte, um grupo de opositores iniciou nesta sexta-feira a coleta de assinaturas para protocolar um pedido de impeachment contra o presidente Julio Casares no Conselho Deliberativo. O documento apresentado menciona suposta gestão temerária e solicita o afastamento imediato do mandatário. O movimento amplia o clima de instabilidade e reforça a percepção de que o clube atravessa um momento crítico nos bastidores.

Poucas horas depois da articulação oposicionista, o São Paulo divulgou uma nota oficial confirmando a saída de Belmonte e de outros dois profissionais: Nelson Marques Ferreira e Fernando Bracalle Ambrogi. No comunicado, o clube afirmou que o executivo Rui Costa e o coordenador Muricy Ramalho permanecem no comando do futebol e responsáveis pelo planejamento de 2026, reforçando a continuidade da estrutura técnica apesar das mudanças na direção.

Ruptura política e desgaste crescente

A saída de Carlos Belmonte não foi um episódio isolado, mas o desfecho de um processo de desgaste que se intensificou nos últimos meses. A relação com Julio Casares já não era das mais harmoniosas, marcada por divergências políticas e disputas internas. A possibilidade de ambos se enfrentarem na próxima eleição presidencial, prevista para dezembro do ano que vem, fomentou ainda mais a tensão.

Mesmo antes da goleada no Rio de Janeiro, Belmonte já estava fragilizado dentro do clube. Suas decisões passaram a ser questionadas e sua influência no CT da Barra Funda diminuiu gradualmente. Interlocutores próximos apontavam que o diretor se sentia isolado, embora não demonstrasse intenção de deixar o cargo. Ainda assim, a pressão crescente, somada aos maus resultados em campo, corroeu seu espaço de atuação.

A derrota por 6 a 0 para o Fluminense, considerada uma das mais duras da história recente do São Paulo, funcionou como gatilho. A repercussão negativa e o clima de revolta entre torcedores e conselheiros aceleraram a decisão de Belmonte, que optou por antecipar seu desligamento.


São Paulo postou ima nota após saída de seu Diretor Esportivo (Foto: reprodução/Instagram/@saopaulofc)


Interferência e perda de autonomia no CT da Barra Funda

O episódio que mais simbolizou o enfraquecimento de Belmonte ocorreu em outubro, com a chegada do superintendente Marcio Carlomagno ao CT da Barra Funda. Determinada por Casares no dia seguinte à derrota por 3 a 0 para o Mirassol, a nomeação tinha como objetivo formal “contribuir no planejamento estratégico e orçamentário para 2026”. Na prática, porém, Carlomagno passou a exercer funções tradicionalmente atribuídas ao diretor de futebol.

O documento que oficializou sua atuação listava como responsabilidades o acompanhamento do orçamento do departamento, a participação nas metas esportivas e a promoção de alinhamento entre as áreas internas do CT. Tais atribuições interferiam diretamente no cotidiano de Belmonte, diminuindo seu poder decisório. Gradativamente, Carlomagno se tornou peça central na estrutura, enquanto o diretor passou a ser visto como figura secundária.

A nova dinâmica provocou desconforto e alimentou especulações sobre uma transição velada no comando do futebol. Fontes internas relatavam que o ambiente ficou mais tenso, com disputas por protagonismo e indefinições sobre responsabilidades. Mesmo assim, Belmonte tentava manter uma atuação discreta e evitar confrontos diretos com o presidente.

Crise institucional e incertezas para 2026

A conjunção entre a goleada histórica, a renúncia do diretor de futebol e o pedido de impeachment intensifica a sensação de crise no São Paulo. A oposição se movimenta para responsabilizar Casares por decisões administrativas e pelo desempenho irregular da equipe. O pedido de afastamento, ainda em fase inicial de coleta de assinaturas, indica que a disputa pelo comando do clube deve se acirrar nos próximos meses.

Com a confirmação das saídas, Rui Costa e Muricy Ramalho assumem maior protagonismo na reconstrução do departamento de futebol. Ambos já estavam envolvidos no planejamento para 2026, mas agora terão de lidar também com o desafio de reorganizar o ambiente interno e retomar a confiança dos torcedores.

O clube ainda não anunciou substitutos para as funções vagas, mas a expectativa é de que novas definições ocorram nos próximos dias. Em meio à pressão por resultados, o São Paulo enfrenta a necessidade urgente de reestruturar sua gestão, garantir estabilidade e recuperar a competitividade após semanas marcadas por turbulências e decisões dramáticas.

A saída de Carlos Belmonte simboliza mais do que a mudança de um dirigente: evidencia um São Paulo imerso em conflitos internos, questionamentos políticos e incertezas profundas sobre seu futuro imediato e a condução de seu projeto esportivo.

Champions League vive rodada eletrizante com 64 gols e reviravoltas marcantes

A quinta rodada da fase de liga da Champions League entregou exatamente o que os torcedores esperam do torneio: intensidade, gols em abundância e jogos imprevisíveis. Na soma das partidas disputadas na terça-feira (25) e na quarta-feira (26), foram 64 gols, sendo 22 no primeiro dia e 42 no segundo, formando uma das jornadas mais produtivas da atual edição.

A terça-feira começou com um dos resultados mais surpreendentes da semana: o Chelsea derrotou o Barcelona por 3 a 0 em Londres, em um duelo marcado pela firmeza defensiva inglesa e pela falta de criatividade do time catalão. Em Manchester, outro choque de forças terminou com vitória surpreendente do Bayer Leverkusen, que superou o Manchester City por 2 a 0 mesmo atuando na casa do rival.

O segundo dia elevou ainda mais o nível de emoção. Com goleadas, viradas e atuações individuais impressionantes, a quarta-feira deixou claro que a competição caminha para um dos anos mais imprevisíveis de sua história recente.

Virada emocionante na Dinamarca e a história dos torcedores

Na Dinamarca, o Copenhagen venceu o Kairat por 3 a 2, conquistando sua primeira vitória nesta edição da Champions. A partida, além dos cinco gols, ficou marcada por um gesto de fair play: o clube dinamarquês presentou os dez torcedores cazaques que viajaram quase 4.700 km para apoiar sua equipe. O gesto viralizou nas redes sociais e ganhou elogios de torcedores de diversos países.

Dentro de campo, o Copenhagen dominou o primeiro tempo e abriu o placar com Dadason após boa jogada de Robert, destaque da equipe. Na etapa final, Larsson ampliou em cobrança de pênalti e, pouco depois, Robert fez o terceiro em jogada de persistência. O Kairat reagiu no fim com Satpaev e Baybek, mas não conseguiu evitar a derrota. Com o resultado, o Copenhagen chegou aos quatro pontos e está na 29ª posição da tabela, enquanto o time cazaque permanece em 35º, com apenas um ponto.


Copenhagen vence o Kaiarat em casa (Foto: reprodução/Getty Images Embed/IDA MARIE ODGAARD)


PSG vence Tottenham em jogo caótico e com show de Vitinha

Um dos duelos mais aguardados da rodada foi o encontro entre Paris Saint-Germain e Tottenham, que terminou em 5 a 3 para o time francês, em uma partida cheia de reviravoltas. O Tottenham chegou a estar duas vezes à frente do placar, mas não resistiu à atuação brilhante de Vitinha, autor de três gols — dois deles verdadeiras pinturas.

Os Spurs abriram o placar com Richarlison após assistência de Kolo Muani, mas logo antes do intervalo Vitinha empatou em chute de primeira. No começo da etapa final, Kolo Muani marcou novamente para os ingleses, mas o PSG virou rapidamente com gols de Vitinha e Fabián Ruiz. Pacho fez o quarto, e Kolo Muani ainda diminuiu para 4 a 3 antes do meia português fechar o placar em cobrança de pênalti. Com a vitória, o PSG chegou a 12 pontos e ocupa a terceira colocação, enquanto o Tottenham caiu para 15º, com oito pontos.


PSG faz um jogo eletrizante contra o Spurs na França (Vídeo: reprodução/YouTube/TNT Sports Brasil)


Arsenal mantém 100% de aproveitamento; Liverpool sofre

A rodada também confirmou o excelente momento do Arsenal, único clube com 100% de aproveitamento após cinco jogos. Os Gunners venceram o Bayern de Munique por 3 a 1 em Londres, com gols de Timber, Madueke e Gabriel Martinelli — que voltou após lesão e já soma quatro tentos nesta Champions. O Bayern, líder até então, caiu para a quarta posição.


Os Gunners vence o alemães no Norte de Londres (Vídeo: reprodução/YouTube/TNT Sports Brasil)


O Liverpool, por sua vez, vive momento turbulento. Jogando em casa, foi goleado por 4 a 1 pelo PSV, em atuação marcada por erros defensivos e falta de reação no segundo tempo. Driouech marcou duas vezes e comandou o triunfo dos holandeses. A pressão sobre o técnico Arne Slot aumenta, já que esta é a terceira derrota por três gols de diferença em poucas semanas.

Mbappé brilha com quatro gols e mantém Real vivo entre os líderes

No duelo mais insano do dia, o Real Madrid venceu o Olympiacos por 4 a 3, fora de casa, com quatro gols de Mbappé, que alcançou nove gols em cinco jogos na Champions. O francês decidiu em diferentes tipos de jogadas: finalização precisa, cabeceio, infiltração em velocidade e toque tranquilo após passe de Vinícius Júnior, que deu duas assistências.

O Olympiacos chegou a sonhar com o empate e marcou três vezes, com Chiquinho, Taremi e El Kaabi, mas a força ofensiva do Real prevaleceu. Os espanhóis agora têm 11 pontos e ocupam a quarta posição.


Real Madrid vence na Grécia de virada (Vídeo: reprodução/YouTube/TNT Sports Brasil)


Atalanta, Sporting e Atlético também triunfam

A Atalanta construiu uma vitória relâmpago contra o Eintracht Frankfurt: três gols entre os 15 e os 20 minutos do segundo tempo garantiram o 3 a 0 fora de casa. Lookman, Ederson e De Ketelaere marcaram. O resultado coloca o time italiano na 10ª posição.

O Sporting venceu o Brugge por 3 a 0 e entrou no G-8, enquanto o Atlético de Madrid derrotou a Inter por 2 a 1, com gol salvador de Giménez nos acréscimos, subindo para a 12ª posição.

A 5ª rodada da Champions League 2025/26 ficará registrada como uma das mais vibrantes dos últimos anos. Foram 64 gols, placares inesperados, reviravoltas dramáticas e atuações individuais impressionantes. A disputa pela classificação segue aberta, e a próxima rodada promete ainda mais emoção para os torcedores apaixonados pelo maior torneio de clubes do mundo.

Flamengo arranca empate no fim, mantém vantagem e fica a um passo do título do Brasileirão

O Flamengo adiou a chance de sacramentar o título nacional, mas deixou Belo Horizonte ainda mais próximo da conquista. Em duelo tenso na Arena MRV, válido pela 36ª rodada, o time carioca buscou um empate por 1 a 1 contra o Atlético-MG com gol salvador de Bruno Henrique aos 46 minutos do segundo tempo. O resultado, apesar de frustrar a ambição de festa antecipada, manteve o Rubro-Negro em situação extremamente favorável na liderança.

A equipe de Filipe Luís mostrou força e volume ofensivo, criando inúmeras oportunidades e parando em uma atuação inspirada do goleiro Everson, protagonista do duelo ao lado de Bruno Henrique. Com 75 pontos, o Flamengo abriu ainda mais vantagem para o Palmeiras, que perdeu para o Grêmio, e agora depende apenas de uma vitória simples diante do Ceará, na próxima quarta-feira, para levantar o troféu. Cruzeiro e Palmeiras seguem vivos apenas por matemática, enquanto os cariocas seguem sólidos rumo ao objetivo.

Pressão, chances e protagonismo dos goleiros

O confronto começou equilibrado, mas logo o Flamengo passou a ditar o ritmo e mostrar superioridade técnica. Ainda que o Atlético-MG tenha aberto o placar primeiro, o time carioca produziu muito mais no setor ofensivo. Em jogadas pelo alto e arrancadas pelos lados, o Rubro-Negro chegou a acertar a trave duas vezes, com Samuel Lino e Pulgar, além de exigir defesas difíceis de Everson em diversos momentos.

Do outro lado, o Galo tratou de responder com velocidade e inteligência nas transições. Aos 33 minutos da etapa inicial, Dudu fez jogada brilhante pela esquerda, superou Emerson Royal e cruzou para Bernard, que finalizou sem chances para Agustín Rossi. O gol inflamou o estádio e deu mais confiança aos mineiros, que passaram a explorar erros defensivos do Flamengo em busca do segundo gol.

Apesar do cenário, o time visitante se manteve agressivo. O lateral Ayrton Lucas e Samuel Lino tiveram boas finalizações ainda no primeiro tempo, mas Everson continuou seguro. A solidez do setor defensivo atleticano sustentou a vantagem parcial até o intervalo, mesmo com a pressão constante do adversário.


Melhores momentos do empate na Arena MRV (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Reviravoltas e domínio rubro-negro no segundo tempo

Na volta para a etapa complementar, Filipe Luís acionou Jorginho e Arrascaeta para aumentar a criatividade e a intensidade. A estratégia deu resultado imediato: o Flamengo empurrou o Atlético-MG para o campo defensivo e transformou o jogo em ataque contra defesa. Samuel Lino seguiu como um dos mais incisivos, novamente parando no goleiro adversário após cabeceio aos 13 minutos.

Aos poucos, o Galo tentava responder em contra-ataques, e Gonzalo Plata quase ampliou ao acertar a trave em lance que silenciou a torcida visitante. O ritmo seguiu acelerado, com o Flamengo cercando a área adversária e cruzamentos insistentes buscando Bruno Henrique e Léo Pereira. A cada chegada, Everson consolidava ainda mais sua atuação monumental, segurando finalizações difíceis e orientando a defesa em momentos de maior pressão.

Porém, mesmo com o brilho do camisa 22, o sufoco rubro-negro encontrou recompensa nos acréscimos. Após cruzamento de Danilo, Bruno Henrique subiu mais alto que todos e cabeceou firme, colocando justiça no placar pela insistência ofensiva apresentada durante todo o confronto.


Bruno Henrique marca o gol de empate do Flamengo (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Pedro Vilela)


Caminho aberto para o título e foco dividido com a Libertadores

Mesmo com a vitória escapando por detalhes, o Flamengo encerrou a noite com motivos para comemorar. O tropeço do Palmeiras em Porto Alegre ampliou a vantagem na liderança, deixando o campeonato nas mãos dos cariocas. Uma vitória simples contra o Ceará, no Maracanã, basta para confirmar o troféu.

Enquanto isso, Flamengo e Palmeiras viajarão para Lima, onde disputarão a final da Copa Libertadores no sábado. A decisão continental traz um elemento adicional ao fim de temporada, exigindo equilíbrio físico e emocional de ambos os elencos. Ainda assim, no Brasileirão, a lógica indica um Rubro-Negro muito próximo de coroar sua campanha com mais um título nacional — resultado de constância, força coletiva e decisões certeiras ao longo da competição.

Palmeiras tem trio liberado após julgamento no STJD por críticas à arbitragem

O Palmeiras respirou aliviado após o julgamento desta segunda-feira na 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O zagueiro Gustavo Gómez, o lateral-esquerdo Joaquín Piquerez e o auxiliar técnico João Martins foram avaliados por críticas feitas à arbitragem durante o duelo contra o Flamengo, realizado no Maracanã, em 19 de outubro. Com a decisão, todos estão aptos para atuar nesta reta final do Campeonato Brasileiro, restando apenas três rodadas para o encerramento da competição.

As denúncias envolvendo o trio estavam relacionadas às manifestações contra a condução de Wilton Pereira Sampaio, árbitro responsável pelo comando do clássico. Piquerez e João Martins foram expulsos ao longo da partida, enquanto Gómez entrou na mira da Procuradoria por declarações contundentes durante a entrevista ainda no gramado. As possíveis punições poderiam variar até seis jogos de suspensão, cenário que deixava o elenco em alerta em um momento crucial da temporada.

Gómez é absolvido e se livra de punição

Durante o julgamento, a Procuradoria do STJD apresentou a denúncia citando trechos das falas de Gustavo Gómez, que questionou de maneira incisiva a postura do árbitro no clássico. Segundo o relatório, o defensor afirmou que Sampaio seria “um dos mais soberbos do futebol mundial”, além de sugerir que ele “tem alguma coisa contra o Palmeiras, com o sucesso do Palmeiras”. O paraguaio também relatou que o juiz teria “fechado o microfone para falar besteira para mim”, o que acentuou o tom crítico de suas declarações.

Apesar do conteúdo considerado grave pela acusação, a defesa do capitão alviverde conseguiu convencer os auditores de que não houve intenção de desrespeito à integridade do árbitro, mas sim um desabafo em meio ao calor do pós-jogo. Com isso, Gómez acabou absolvido, escapando de qualquer tipo de sanção e permanecendo liberado para seguir à disposição do técnico Abel Ferreira nesta reta decisiva do Brasileiro.

A decisão trouxe alívio ao clube, já que o zagueiro é uma das principais referências do elenco e peça essencial para o sistema defensivo. Em um campeonato marcado pelo equilíbrio entre os postulantes ao título, perder seu líder dentro de campo poderia gerar impacto significativo.


Zagueiro Gustavo Gómez (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Alexandre Schneider)


Piquerez recebe advertência e João Martins tem punição

Enquanto Gómez saiu ileso, o julgamento de Joaquín Piquerez seguiu outra linha. O lateral-esquerdo havia sido enquadrado no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de ofensas ou atitudes contrárias ao respeito à arbitragem. De acordo com a denúncia, o uruguaio teria dito a Wilton Pereira Sampaio: “você está de sacanagem, veio aqui só pra roubar a gente”, frase considerada ofensiva pelos procuradores.

A Comissão Disciplinar entendeu que a conduta ultrapassou o limite aceitável, mas decidiu converter a punição de uma partida de suspensão em simples advertência. Na prática, Piquerez não precisará cumprir nenhum jogo fora, mantendo-se apto a entrar em campo já no próximo compromisso do Palmeiras.


Lateral – esquerdo Joaquín Piquerez (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sports Press Photo)


João Martins, auxiliar técnico da comissão de Abel Ferreira, também foi analisado durante a sessão. Ele respondia ao artigo 258 do CBJD, que envolve atitudes contrárias à disciplina ou à ética esportiva. Expulso no clássico por reclamações enérgicas, Martins recebeu punição de uma partida de suspensão. Contudo, como já havia sido retirado do jogo no próprio dia do confronto, a pena foi considerada automaticamente cumprida, sem gerar novas ausências no banco de reservas.

A decisão foi vista como coerente pela defesa palmeirense, que argumentou que as contestações feitas por Piquerez e João Martins ocorreram em um contexto de tensão exacerbada, comum em partidas de grande rivalidade. Ainda assim, a comissão reforçou a orientação interna para evitar falas que possam gerar novos processos disciplinares.


Auxiliar técnico, João Martins do Palmeiras (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sports Press Photo)


Julgamento mantém Palmeiras com força máxima na reta final

Com o veredito, o Palmeiras mantém seus principais nomes disponíveis para a sequência final do Campeonato Brasileiro. O time vive um momento de disputa intensa e qualquer desfalque por questões disciplinares poderia representar prejuízo técnico considerável. A absolvição de Gómez, especialmente, é tratada internamente como um reforço moral.

O clube, no entanto, deve intensificar o discurso de equilíbrio e cautela nas relações com a arbitragem. A diretoria alviverde tem participado de debates sobre transparência e modernização das decisões no futebol brasileiro, mas reforça que eventuais críticas públicas precisam respeitar os limites estabelecidos pelo código disciplinar.

O episódio envolvendo o trio demonstra novamente como a temperatura de clássicos decisivos influencia o comportamento de atletas e comissões técnicas. Apesar disso, o STJD optou por respostas graduais, evitando punições que pudessem desproporcionalmente afetar o equilíbrio competitivo do campeonato. Assim, com o trio liberado, o Palmeiras segue seu foco total na busca pela melhor posição possível no Brasileirão, agora sem a sombra de suspensões que poderiam comprometer a reta final do torneio.

Hamilton admite maior frustração da carreira após temporada turbulenta com a Ferrari

Há três anos, Lewis Hamilton classificou 2011 como o pior período de sua carreira. Entretanto, diante do cenário vivido nesta temporada de 2025, o heptacampeão já não tem dúvidas: o atual campeonato superou todos os limites de desgaste, pressão e decepções. Mesmo após uma corrida de forte recuperação no GP de Las Vegas, no último domingo, em que saiu de 19º para terminar em oitavo, o britânico deixou claro que o resultado não amenizou a sensação de impotência que marcou seu ano ao lado da Ferrari.

Em tom abatido, Hamilton desabafou ainda no paddock. Ele afirmou que, apesar de estar tentando tudo para melhorar seu desempenho, nada parece funcionar. A frustração acumulada ao longo das 22 etapas o faz olhar para 2025 como a pior temporada de sua trajetória. O piloto, que chegou à equipe italiana com expectativas elevadas e grandes planos, enfrenta agora uma realidade totalmente diferente da imaginada no começo do ano.

Um fim de semana que resumiu o drama de Hamilton

O GP de Las Vegas simbolizou o que tem sido o campeonato do britânico. Antes mesmo da largada, Hamilton já havia deixado claro que não nutria esperanças para o encerramento da temporada, após uma classificação traumática no sábado sob chuva, em que terminou na última posição do grid. Segundo ele, esse foi apenas mais um episódio que reforçou sua percepção de que vive o pior ano de sua carreira na Fórmula 1.

Mesmo assim, o britânico protagonizou uma recuperação expressiva nas primeiras voltas. Largando com pneus duros, conseguiu ganhar sete posições rapidamente, beneficiado pelo toque entre Oscar Piastri e Liam Lawson. Apesar disso, enfrentou novos sustos: raspou no muro da curva 12 e foi atingido na traseira por Alexander Albon, que posteriormente recebeu punição de cinco segundos. Com as paradas estratégicas de Fernando Alonso e Oliver Bearman, Hamilton conseguiu aparecer entre os dez primeiros ainda na volta 18, um alívio temporário em meio ao caos que se tornou a temporada.

A Ferrari, entretanto, voltou a apresentar dificuldades já conhecidas. Os problemas com o sistema de freios, que perseguem o time ao longo de 2025, reapareceram e preocupavam Hamilton no rádio. Apesar das limitações, o britânico ultrapassou Esteban Ocon para assumir o nono lugar e, conforme pilotos à sua frente foram aos boxes, chegou a alcançar a quinta posição antes de realizar seu pit stop na volta 30.


Carro de Lewis Hamilton (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sam Bagnall)


Estratégia contestada e desgaste emocional à flor da pele

O ritmo do carro com pneus médios, porém, caiu drasticamente. Hamilton travou uma dura disputa com Fernando Alonso, conseguindo segurar a posição, mas viu seu desempenho despencar e acabou preso em décimo lugar. Irritado com o rendimento e com a estratégia adotada, o heptacampeão questionou seu engenheiro, Riccardo Adami, sobre a decisão da equipe.

No rádio, Hamilton demonstrou incredulidade ao tentar entender como caiu posições mesmo acreditando que tinha ritmo para avançar. Adami, por sua vez, afirmou que era preciso analisar os dados antes de conclusões definitivas. O diálogo expôs o desgaste entre piloto e equipe, marcado por dúvidas, falhas de comunicação e resultados abaixo do esperado.

A corrida ainda reservou uma reviravolta após a bandeirada: as desclassificações de Lando Norris e Oscar Piastri por irregularidades na prancha do assoalho garantiram ao britânico duas posições a mais, fechando o dia em oitavo e somando quatro pontos. Contudo, o avanço discreto pouco contribuiu para alterar o desfecho da temporada. Hamilton permanece em sexto no Mundial, com 152 pontos, enquanto seu companheiro Charles Leclerc, com performance mais regular, chegou a 226 pontos, ocupando o quinto lugar.


Hamilton durante o  GP de Las Vegas (Vídeo: reprodução/X/Formula 1)


Ferrari perde terreno e futuro do britânico segue cercado de incertezas

A temporada de estreia de Hamilton pela Ferrari ainda não teve nenhum pódio — fato que pesa emocionalmente e simboliza a distância entre o que foi prometido e o que realmente aconteceu em pista. Do outro lado da garagem, Leclerc conseguiu evoluir ao longo do ano, mas também enfrenta dificuldades em transformar boas corridas em vitórias, prolongando o jejum do time na categoria.

O pódio duplo da Mercedes em Las Vegas agravou ainda mais a situação da Ferrari no Mundial de Construtores. A equipe alemã chegou a 431 pontos, ampliando a distância para a italiana, que possui 378 e ocupa apenas a terceira colocação, atrás também da RBR.

Com apenas mais uma etapa pela frente, Hamilton chega ao fim de 2025 com um peso emocional inédito e inúmeras dúvidas sobre o que poderá recuperar sua melhor forma na próxima temporada. O heptacampeão, acostumado a quebrar recordes e disputar títulos, agora busca entender como transformar frustração em motivação — e como ajudar a Ferrari a retomar o caminho da competitividade. O futuro, por enquanto, permanece aberto. Mas a certeza de Hamilton é clara: esta foi, de fato, a pior temporada de sua vida.

Cruzeiro domina o Corinthians no Mineirão e garante vaga na Libertadores

O Cruzeiro vive um momento de afirmação técnica e emocional na temporada, e a vitória por 3 a 0 sobre o Corinthians, neste domingo, no Mineirão, reforçou essa trajetória ascendente. Com uma atuação sólida, organizada e dominante, a equipe mineira não apenas confirmou presença na fase de grupos da Libertadores de 2026, como também mostrou que chega forte para o encontro entre os clubes na semifinal da Copa do Brasil, marcado para os dias 10 e 14 de dezembro. A vantagem construída ainda ampliou a confiança do grupo, que vem acumulando resultados expressivos.

Do outro lado, o Corinthians atravessou mais uma noite de dificuldades. Sem criatividade, pouco agressivo e com falhas recorrentes no sistema defensivo, o time paulista sofreu com a intensidade do adversário e praticamente não conseguiu reagir. O revés deixou a equipe estacionada nos 45 pontos e sem possibilidades de alcançar o G-7, reduzindo seu caminho ao continental à conquista da Copa do Brasil ou ao surgimento de um eventual G-8. Em campo, entretanto, o cenário foi de enorme disparidade.

Kaio Jorge brilha e decide mais uma vez

A partida começou com o Cruzeiro tomando a iniciativa e pressionando desde os primeiros minutos. A equipe mineira criou oportunidades claras antes mesmo de abrir o placar, com Arroyo levando perigo em chute cruzado e Villalba desperdiçando chance importante dentro da área. O Corinthians só conseguiu finalizar aos 21 minutos, com Hugo desviando de cabeça, mas o lance estava impedido. A resposta cruzeirense veio de forma imediata e eficiente.

Após chute de Arroyo defendido parcialmente, Kaio Jorge apareceu para aproveitar o rebote e inaugurar o marcador. A bola na rede aumentou o ritmo da Raposa, que continuou ditando o jogo com mais volume ofensivo e maior controle da posse. Lucas Silva arriscou de fora, Arroyo voltou a aparecer livre na área, e a pressão seguia constante. O Corinthians demonstrava enorme dificuldade para fechar espaços e cadenciar as ações defensivas.

No segundo tempo, o roteiro não mudou. Logo aos seis minutos, Arroyo fez boa jogada pela direita, cruzou na área e, após sobra, Kaio Jorge finalizou com precisão para ampliar. Com dois gols marcados, o atacante chegou a 21 na competição, isolando-se ainda mais na artilharia e abrindo vantagem sobre Arrascaeta e Vitor Roque. A atuação consistente do camisa 9 reforçou sua importância na excelente campanha cruzeirense.

Mesmo com o 2 a 0 no placar, o Cruzeiro não recuou. Yuri Alberto tentou diminuir em cabeceio que passou perto, mas, logo depois, a Raposa encaixou um contra-ataque veloz conduzido por Kaio Jorge. Arroyo recebeu, dominou e bateu firme para marcar o terceiro. A dupla, decisiva, foi o ponto alto ofensivo da equipe mineira. A partir desse momento, o Corinthians tentou esboçar uma reação, mas pecou na execução e ainda perdeu José Martínez, expulso por cotovelada em Matheus Pereira.

Nos acréscimos, o Cruzeiro chegou a balançar as redes mais uma vez com Sinisterra, após passe de letra de Gabigol. Contudo, o VAR anulou o lance ao apontar falta do colombiano no início da jogada. Apesar da anulação, o domínio mineiro durante toda a partida não deixou dúvidas sobre a superioridade apresentada no Mineirão.


Melhores momentos da vitória da Raposa no Mineirão (Vídeo: reprodução/YouTube/TNT Sports Brasil)


Cruzeiro amplia invencibilidade

Com a vitória, o Cruzeiro alcançou 68 pontos, manteve-se firme na terceira colocação e encurtou a distância para o Palmeiras, atual vice-líder, para apenas dois pontos. O resultado ainda ampliou a invencibilidade da equipe no Brasileiro para dez jogos, consolidando um momento de estabilidade raro na competição. Além disso, garantiu matematicamente a vaga direta na fase de grupos da Libertadores, coroando uma campanha marcada por regularidade.


Kaio Jorge o artilheiro do Cruzeiro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Pedro Vilela)


A situação do Corinthians, entretanto, passou a ser mais preocupante. Com 45 pontos, o time não tem mais chance de entrar no G-7 e depende exclusivamente da Copa do Brasil para chegar ao torneio continental. Caso o título não venha, a equipe precisará torcer para que Cruzeiro ou Fluminense levantem a taça e abram um possível G-8 no campeonato. No cenário atual, o desempenho alvinegro gera dúvidas às vésperas do duelo decisivo pela semifinal.

Agora, as equipes voltam a campo no fim de semana. O Cruzeiro enfrenta o Ceará, no Castelão, no sábado, às 21h. Já o Corinthians recebe o Botafogo, no domingo, às 16h, na Neo Química Arena, ainda em busca de respostas dentro das quatro linhas e tentando reencontrar estabilidade antes do mata-mata.

Flamengo embala na reta final e derrota o Bragantino no Maracanã

O Flamengo encerrou sua passagem pelo Maracanã na temporada com uma atuação dominante e convincente. Na noite deste sábado, o time comandado por Tite venceu o Bragantino por 3 a 0, em partida válida pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, resultado que mantém o clube carioca firme na briga pelo título nacional. Com gols de Arrascaeta, Jorginho e Bruno Henrique, o Rubro-Negro deixou para trás a frustração do clássico perdido para o Fluminense e reencontrou o caminho da confiança a poucos dias da final da Libertadores.

A vitória não apenas trouxe ânimo para a decisão continental, mas também recolocou o Flamengo em posição favorável no Brasileirão. Com 74 pontos, o time abriu quatro de vantagem sobre o Palmeiras, que tropeçou na rodada ao empatar, e segue dependendo de uma combinação de resultados para confirmar a conquista. Enquanto os cariocas miram Belo Horizonte para o confronto decisivo contra o Atlético-MG, o Bragantino permanece estacionado nos 45 pontos, em oitavo lugar, encerrando a rodada sem ameaçar os mandantes.

Primeira etapa de pressão rubro-negra esbarra na defesa paulista

O jogo começou com o Flamengo ocupando o campo adversário e ditando o ritmo desde os primeiros minutos. A equipe mostrava organização, boa troca de passes e insistência pelo lado direito, mas encontrou resistência na sólida postura defensiva do Bragantino. Mesmo com maior posse de bola e com jogadas bem construídas, o Rubro-Negro teve dificuldade para transformar o volume ofensivo em finalizações certeiras.

A melhor oportunidade da primeira etapa veio em uma bola aérea. Varela subiu bem e cabeceou firme, exigindo grande defesa de Cleiton, que evitou o gol carioca. Apesar da pressão, o Bragantino também oferecia perigo. Em alguns momentos, a equipe paulista aproveitou os espaços deixados pelo Flamengo para encaixar contra-ataques rápidos. Embora Rossi não tenha sido acionado com frequência, esses avanços serviram de alerta para o time da casa, que ainda buscava ajustar a marcação no meio-campo.

Mesmo com o placar zerado, o Flamengo saiu para o intervalo transmitindo a sensação de que o gol era apenas questão de tempo. A intensidade, a movimentação e a presença constante no ataque mostravam um time determinado a resolver o jogo ainda no segundo tempo — e foi exatamente o que aconteceu.


Melhores momentos da vitória do Flamengo sobre o Bragantino (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Bruno Henrique muda o cenário e Fla decide em 22 minutos

A segunda etapa começou com emoção dos dois lados. Logo aos três minutos, o Bragantino criou sua melhor chance, levando perigo e silenciando por alguns segundos o Maracanã. O lance, porém, pareceu acordar definitivamente o Flamengo. No minuto seguinte, Jorginho recuperou a bola no ataque e acionou Arrascaeta, que mostrou frieza e precisão para abrir o placar, colocando o time carioca na rota da vitória.

Depois do gol, o domínio se transformou em controle absoluto. Bruno Henrique, que entrou no intervalo, deu profundidade e velocidade às jogadas ofensivas. Sua presença mudou o ritmo do time e desmontou a defesa adversária. Aos 18 minutos, Hurtado colocou a mão na bola dentro da área, e o árbitro apontou pênalti. Jorginho assumiu a responsabilidade e ampliou, batendo com segurança e fazendo o segundo do Flamengo.

O terceiro veio aos 26 minutos e coroou a atuação coletiva. Bruno Henrique, sempre decisivo, recebeu na área e finalizou com precisão, selando o placar e inflamando a torcida que lotou o Maracanã em uma espécie de despedida antes da grande final continental. A vantagem construída permitiu ao time administrar o jogo até o apito final, sem abrir brechas para qualquer reação do Bragantino.


Bruno Henrique marca na reta final do jogo (Foto: reprodução/Getty images Embed/Sports Press Photo)


Reta final eletrizante e combinação necessária pelo título

Com a vitória, o Flamengo chega à reta final embalado e mantendo viva a esperança de conquistar o Campeonato Brasileiro de 2025. A conta é simples, ainda que delicada: para garantir o troféu na próxima rodada, precisa vencer o Atlético-MG na Arena MRV e torcer por um triunfo do Grêmio sobre o Palmeiras em Porto Alegre. Qualquer outro cenário prolonga a disputa até os últimos compromissos do calendário.

A equipe volta a campo na terça-feira, às 21h30, em Belo Horizonte, para a última partida antes da decisão da Libertadores, marcada para o dia 29, em Lima. Já o Bragantino joga na quarta-feira, às 19h, quando recebe o Fortaleza em Bragança Paulista, tentando encerrar o campeonato com um resultado positivo. O Maracanã se despediu do Flamengo em 2025 com festa, gols e confiança renovada. Agora, resta ao time transformar a boa atuação em combustível para os desafios que podem definir a temporada.

Botafogo supera o Grêmio em jogo movimentado e garante vaga na Libertadores

A abertura da 35ª rodada do Campeonato Brasileiro entregou tudo o que se espera de uma reta final de competição: emoção, reviravoltas, gols e disputa intensa por objetivos decisivos. No Estádio Nilton Santos, o Botafogo venceu o Grêmio por 3 a 2 em uma partida vibrante, marcada por um início arrasador do time carioca e por uma tentativa de reação gremista que só não se completou por detalhes. O resultado confirma matematicamente o Fogão na próxima edição da Conmebol Libertadores — no mínimo na fase preliminar — e mantém vivas as ambições do clube de terminar entre os primeiros colocados.

A equipe alvinegra começou a noite com total controle das ações, apresentando intensidade, velocidade e precisão nas infiltrações ofensivas. Antes de o relógio marcar 20 minutos, o Botafogo já vencia por 2 a 0, construindo uma vantagem que seria determinante para o desfecho da partida. Do outro lado, o Grêmio teve dificuldade para se encontrar em campo durante boa parte da primeira etapa, e apesar da reação no segundo tempo, pagou caro pelo início abaixo da sua média. No fim, o Tricolor deixou o Rio de Janeiro sob risco de perder posições importantes na classificação.

Botafogo impõe ritmo forte e abre vantagem

O domínio botafoguense ficou evidente desde o apito inicial. Compacto, agressivo e com saída de bola rápida, o time carioca não deu tempo ao Grêmio para respirar. Aos 14 minutos, Savarino quase marcou um golaço ao acertar o travessão em um chute colocado. No rebote, Artur tentou completar, Volpi não segurou e a bola ainda desviou em Noriega antes de sobrar para Cuiabano. Livre, o lateral apenas empurrou para o gol vazio, abrindo o placar e inflamando a torcida presente no Nilton Santos.

Sem dar espaço para reação, o Botafogo aumentou a vantagem pouco depois. Em contra-ataque veloz, Danilo avançou pelo meio e acionou Artur. Com habilidade, o camisa 7 driblou Gustavo Martins e finalizou no canto esquerdo, superando Volpi e colocando o 2 a 0 no marcador. A atuação segura da equipe anfitriã fez com que o Grêmio demorasse a entrar no jogo. Apenas na reta final do primeiro tempo, André Henrique apareceu duas vezes com perigo, mas em ambas finalizou sem direção.

O cenário obrigou Mano Menezes a agir já no intervalo. O treinador promoveu as entradas de Cristaldo e Pavon, buscando dar mais agressividade e criatividade ao setor ofensivo, que pouco produziu nos primeiros 45 minutos.


Melhores momentos da vitória do Glorioso sobre o tricolor gaúcho (Video: reprodução/YouTube/TNT Sports Brasil)


Grêmio reage, pressiona, mas Marçal marca e garante a vitória

As mudanças gremistas surtiram efeito imediato. Logo aos três minutos da etapa complementar, Pavon recebeu pela direita, cruzou na medida e encontrou André Henrique, que subiu mais alto que a defesa botafoguense para descontar de cabeça. O gol animou o visitante, que passou a jogar mais adiantado e a rodar a bola com maior lucidez.

Aos 12 minutos, Cuéllar arriscou de fora da área e obrigou Léo Linck a fazer grande defesa, mantendo a vantagem alvinegra. No lance seguinte, foi a vez de Marlon Freitas testar Volpi, que espalmou firme. O Botafogo ainda chegou a ter um pênalti marcado a seu favor, mas após revisão no VAR, o árbitro anulou a decisão.

Mesmo com o cenário mais equilibrado, o Fogão conseguiu se impor novamente na bola parada. Aos 37 minutos, após escanteio cobrado na área, David Ricardo ajeitou de cabeça, e Marçal — que não é exatamente conhecido pelo jogo aéreo — completou também de cabeça, anotando o terceiro gol e recolocando uma boa margem no placar.

O Grêmio, porém, não desistiu. Pavon voltou a aparecer bem pela direita e cruzou para Carlos Vinicius diminuir nos instantes finais. No último lance do jogo, o Tricolor ainda teve a chance do empate, mas a finalização saiu pela linha de fundo, frustrando a tentativa de arrancar um ponto fora de casa.


Botafogo garante a classificação para a Libertadores do ano que vem (Foto: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)


Situação dos clubes após o confronto

Com o triunfo, o Botafogo chega aos 58 pontos e segue na quinta colocação, apenas dois atrás do Mirassol, que ainda atua na rodada. Além disso, abriu 13 pontos para o Bragantino, oitavo colocado, diferença suficiente para garantir a presença no G-7, uma vez que restam apenas 12 pontos em disputa. O objetivo agora é mirar um lugar ainda mais alto na tabela.

Já o Grêmio permanece em 12º, com 43 pontos, mas corre o risco de ser ultrapassado por Vasco, Ceará e até pelo rival Internacional até o encerramento da rodada. A equipe gaúcha ainda precisa somar pontos importantes para confirmar uma posição mais tranquila na parte intermediária da classificação.

A 36ª rodada será distribuída ao longo da próxima semana. O Grêmio volta a campo na terça-feira, às 21h30, contra o Palmeiras, na Arena. O Botafogo, por sua vez, terá um intervalo maior e só jogará no domingo, dia 30, diante do Corinthians, na Neo Química Arena.

Barcelona goleia no retorno ao Camp Nou e assume liderança de LaLiga

O Barcelona viveu uma tarde de celebração e autoridade em seu reencontro com o Camp Nou. Neste sábado, a equipe comandada por Hansi Flick goleou o Athletic Bilbao por 4 a 0 e assumiu a liderança de LaLiga, aproveitando a margem aberta antes da partida do Real Madrid, que joga apenas no domingo. A atuação segura, eficiente e intensa fez o torcedor catalão reviver o ambiente de um estádio que, mesmo em obras, recebeu cerca de 45 mil pessoas e pulsou como nos melhores momentos.

O triunfo também marcou um retorno simbólico. Desde maio de 2023, o Camp Nou não recebia uma partida oficial, e a volta não poderia ter sido mais marcante. Com gols de Lewandowski, Fermín López e dois de Ferran Torres, o Barça mostrou força coletiva, soube acelerar quando necessário e neutralizou as investidas mais perigosas do adversário basco. A equipe saiu aplaudida e deixou uma sensação clara: está de volta à disputa pelo título com protagonismo.

Intensidade desde o apito inicial e vantagem construída cedo

O Barcelona iniciou a partida com postura agressiva, imprimindo ritmo forte desde os primeiros segundos. A pressão alta logo surtiu efeito, obrigando o Athletic Bilbao a errar saídas de bola e dando ao time da casa o controle territorial que tanto buscava. Com apenas três minutos de jogo, Lewandowski abriu o placar ao aproveitar uma jogada bem trabalhada pela direita. O polonês, atento e rápido, finalizou com precisão para colocar os catalães em vantagem.

A partir do gol, o Barça manteve o domínio, alternando posse consciente com transições rápidas. O Athletic tentou responder, principalmente pela velocidade de seus pontas, mas parou em Joan García, que fez intervenções importantes na reta final da primeira etapa. O goleiro mostrou segurança, evitando que o adversário crescesse emocionalmente no jogo.

Quando tudo indicava que o intervalo chegaria com apenas um gol de diferença, Ferran Torres apareceu para ampliar. Em finalização aparentemente controlável, Unai Simón falhou e permitiu o 2 a 0. O lance esfriou qualquer reação bilbaína e aumentou a confiança dos mandantes, que entraram no vestiário com vantagem justa e construída com imposição.


Melhores momentos da goleada do Barça no retorno ao Camp Nou (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


Segundo tempo controlado e atuação coletiva que empolga

A volta para o segundo tempo manteve o Barcelona em ritmo firme, mas com maior controle e menos necessidade de acelerar. Com o Athletic Bilbao mais exposto, tentando diminuir o prejuízo, o Barça encontrou espaços para transitar com troca de passes rápidas e infiltrações. Fermín López, sempre participativo entre as linhas, marcou o terceiro após boa construção pelo meio. Sua finalização certeira mostrou maturidade de quem segue conquistando espaço na equipe principal.

O quarto gol veio novamente dos pés de Ferran Torres, que vive fase goleadora e demonstrou confiança ao completar uma jogada em velocidade. O atacante vem se consolidando como uma das figuras mais regulares do time nesta temporada, aproveitando bem as oportunidades e imprimindo intensidade nas ações ofensivas.

Com o placar já encaminhado, o Barcelona administrou a vantagem, rodou a bola e esfriou qualquer tentativa de reação dos visitantes. O Athletic Bilbao criou poucas chances reais no segundo tempo e novamente encontrou Joan García bem posicionado quando conseguiu finalizar. A defesa catalã, por sua vez, mostrou solidez, controlando as ações sem grandes sustos.


Barcela estreia a temporada em sua casa (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Alex Caparros)


Retorno ao Camp Nou marca nova fase e liderança momentânea

Mais do que os três pontos, o Barcelona celebrou um momento simbólico. O retorno ao Camp Nou, ainda em obras, trouxe energia renovada ao clube e aproximou o time de sua identidade histórica. O público, embora menor do que o habitual devido à capacidade reduzida, fez muito barulho e transformou o reencontro em uma festa.

O resultado deixa o Barça na liderança de LaLiga, superando o Real Madrid na tabela. Ambos têm a mesma pontuação, mas a vitória deste sábado amplia a vantagem momentânea dos catalães, enquanto aguardam o duelo dos merengues contra o Elche no domingo, às 17h. A disputa promete ser intensa, mas o desempenho diante do Athletic Bilbao indica que o Barcelona está preparado para brigar até o fim.

A goleada por 4 a 0, construída com autoridade e equilíbrio, reforça o momento positivo do elenco e dá sinais de que o trabalho de Hansi Flick está no caminho certo. O Camp Nou voltou a pulsar — e o Barcelona, ao que tudo indica, também.

Chelsea vence, Forest surpreende e rodada da Premier League esquenta disputa por vagas no topo

A Premier League retornou neste sábado (22) para a 12ª rodada trazendo uma sequência de partidas que mexeram diretamente nas pontas opostas da tabela. Logo às 09h30, Burnley e Chelsea abriram o dia no Turf Moor, num duelo que marcou a ascensão do time londrino à vice-liderança após uma vitória por 2 a 0 longe de casa. Os Blues controlaram o jogo com autoridade e mostraram evolução em setores que vinham sendo criticados, especialmente no ataque, que enfim encontrou fluidez e equilíbrio.

A parte da tarde ampliou a emoção com cinco confrontos simultâneos às 12h. Bournemouth, Brighton, Fulham, Liverpool e Wolverhampton entraram em campo em compromissos que foram desde viradas dramáticas até tropeços inesperados. A combinação dos resultados redesenhou o meio da tabela e acentuou a disputa pelas primeiras posições, com equipes reforçando pretensões europeias enquanto outras tentam escapar da zona de ameaça.

Chelsea consolida força e abre a rodada com vitória segura

O dia começou com a atuação sólida do Chelsea, que venceu o Burnley por 2 a 0 fora de casa, chegando à vice-liderança da competição. Mesmo com a pressão inicial do time anfitrião, os londrinos demonstraram organização tática e souberam controlar o ritmo da partida. O triunfo reforça o crescimento da equipe, que se mantém firme na corrida pelo título e mantém boa sequência no campeonato.

Com o resultado, os Blues atingem uma marca importante neste início de temporada e dão sinais de consistência. Já o Burnley, que tentou equilibrar as ações, deixou o gramado sob vaias da própria torcida, ampliando a preocupação em relação ao desempenho defensivo, que voltou a apresentar falhas decisivas.


Chelsea vence fora de casa (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Nathan Stirk)


Bournemouth reage, Brighton vira, Fulham respira e Sunderland

A tarde reservou histórias distintas e cheias de nuances. No Vitality Stadium, Bournemouth e West Ham protagonizaram um empate movimentado em 2 a 2. Os visitantes chegaram a abrir dois gols de vantagem com Callum Wilson, mas permitiram a reação dos mandantes, que empataram com Ünal e Tavernier. O resultado deixa o Bournemouth na sétima posição, agora com 19 pontos, consolidando uma campanha estável. Para o West Ham, o empate tem sabor agridoce: sai momentaneamente da zona de rebaixamento, subindo para o 17º lugar, mas ainda demonstra fragilidade defensiva.


Bournemouth e West Ham ficaram apenas no empate (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Richard Heathcote)


Em Brighton, o clima foi de alívio e tensão. Os donos da casa bateram o Brentford por 2 a 1 em um jogo decidido nos detalhes. Igor Thiago abriu o placar para os visitantes, mas Welbeck e Hinshelwood comandaram a virada. O atacante brasileiro ainda teve a chance de empatar no fim, mas desperdiçou um pênalti que poderia mudar o desfecho da tarde. A vitória leva o Brighton aos 19 pontos e à quinta colocação, mantendo o time firme na luta por vaga no G-4, enquanto o Brentford estaciona em 16 pontos, no 12º posto.


Melhores momentos da vitória do Brighton (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


No Craven Cottage, o Fulham conseguiu um triunfo importante diante do surpreendente Sunderland. Raúl Jiménez marcou o gol da vitória por 1 a 0 já nos minutos finais, resultado que dá à equipe londrina um respiro significativo na briga contra a parte baixa da tabela. Com 14 pontos, o Fulham abre distância do Leeds, primeiro time da zona de rebaixamento, que tem 11. O Sunderland, sensação da temporada, caiu para o sexto lugar, ficando com 19 pontos.

Nottingham calou Anfield, enquanto Wolves afunda

O resultado mais impactante do dia aconteceu em Anfield. O Nottingham Forest derrotou o Liverpool por 3 a 0, conquistando sua primeira vitória fora de casa no campeonato e impondo ao time de Salah a sexta derrota em 12 jogos. Murillo, Savona e Gibbs-White foram os responsáveis pelo placar surpreendente, construído com eficiência e aproveitamento das falhas defensivas do adversário.


Liverpool perde em casa para o Forest (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)


Mesmo com o retorno de Alisson, que voltou após dois meses lesionado, o Liverpool teve dificuldade para transformar posse de bola em finalizações perigosas. O time chegou a registrar 80% de domínio no primeiro tempo, mas não conseguiu furar a barreira montada pelo Forest. A derrota derruba ainda mais o moral da equipe, que segue irregular e distante da zona de classificação europeia. O Nottingham, por outro lado, sobe para a 16ª posição e respira fora da zona de perigo.

Fechando a faixa das 12h, o Crystal Palace venceu o Wolverhampton por 2 a 0, fora de casa, com gols de Muñoz e Yéremy Pino. O triunfo coloca a equipe de Oliver Glasner dentro do G-4, alcançando 20 pontos e consolidando uma arrancada surpreendente. O Wolves segue em situação dramática, com apenas dois pontos somados em 12 jogos, isolado na lanterna e sem sinais de reação.