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RIO DE JANEIRO – O PL [Partido Liberal] oficializou neste domingo (24) a candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição, em evento no Maracanãzinho. O ex-ministro da Defesa, Braga Netto, será o vice na chapa do ex-capitão. Em seu primeiro discurso como candidato, o mandatário dirigiu ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e convocou apoiadores a irem às ruas “uma última vez” no 7 de setembro (data em que o país comemora 200 anos de Independência).
“Esses poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis é o Poder Executivo e o Legislativo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da constituição. Isso interessa a todos nós”, afirmou. Logo no início, Bolsonaro disse que, durante seu governo, o povo tomou conhecimento sobre o que seria o STF – o público passou a entoar vaias e gritar “Supremo é o povo”; ele silenciou.
Bolsonaro chegou ao local da cerimônia acompanhado da primeira-dama Michele, de Braga Netto e sua esposa. O pastor Marco Feliciano (deputado federal por São Paulo) abriu o evento com uma oração, que foi seguida por discurso de Michele – a fala da esposa do mandatário concretizou uma expectativa do núcleo da campanha bolsonarista, que há meses vem pedindo a ela uma maior atuação nos atos como forma de melhorar a imagem de Bolsonaro junto ao eleitorado feminino.
Pesquisa Datafolha publicada em junho mostra que rejeição do presidente entre as mulheres chega a 61%, enquanto 30% dizem não votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de Bolsonaro na disputa pelo Planalto.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) participam de convenção nacional do PL neste domingo (24), no Rio de Janeiro – Ana Luiza Albuquerque/Folhapress
Em seu discurso, Michele tentou destacar os feitos do governo para as mulheres, além de fazer menções a fragmentos bíblicos e ao atentado a Bolsonaro em 2018, em Juiz de Fora. “Esse é o presidente que falam que não gosta de mulheres. A diferença é que ele faz, ele não quer se promover. Nós não queremos nos promover, nós queremos fazer, entregar, e esse é o nosso compromisso desde o dia 1 de janeiro de 2019”, disse.
Bolsonaro discursou logo em seguida. Em meio às suas falas, criticou Lula e o PT, atacou governadores e prefeitos pelas medidas para conter o novo coronavírus e voltou a afirmar que não existe corrupção no seu governo. Durante o pronunciamento, apoiadores do presidente vaiaram o STF e cantaram “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.
Aliados do presidente o aconselharam nos últimos dias a evitar críticas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e às urnas eletrônicas. A expectativa era de que ele fizesse um discurso “para fora”, que servisse para as ações do governo federal, especialmente para os mais pobres – como o presidente atua de improviso, porém, seria impossível prever o teor do discurso.
Atrás do palco principal, tremulava a bandeira do Brasil com a foto de Bolsonaro com apoiadores. Também estava estampado o slogan “Pelo bem do Brasil” que, conforme a In Magazinecontou na última sexta-feira (22), será a frase da coligação de Bolsonaro e faz referência à tese defendida pelo presidente de ‘luta do bem contra o mal’. O local escolhido pelo QG bolsonarista comporta um público de 11,8 mil pessoas.
Entre os aliados que marcaram presença na convenção estava o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) – único chefe de Poder presente. Ex-ministros, como João Roma [Cidadania], Eduardo Pazuello [Saúde], Teresa Cristina [Agricultura], Tarcísio de Freitas [Infraestrutura], estiveram no evento. O governador do Rio, Cláudio Castro, esteve no palco. O deputado federal Daniel Silveira (PTB) foi um dos políticos mais ovacionados no evento pelos apoiadores de Bolsonaro. Condenado a 08 anos e 09 meses de prisão pelo STF por crimes contra o Estado Democrático de Direito, Silveira recebeu o perdão presidencial do presidente.
O PL, conforme apuração da In Magazine, havia instruído todos a convidados a levarem seus cônjuges. A estratégia seria dar ao evento o tom da importância do papel das famílias. A cerimônia contou ainda com a apresentação da dupla sertaneja Mateus e Cristiano, que entoou o hino nacional e o jingle da campanha, “capitão do povo”.
A convenção do PL acontece a três meses das eleições, marcada para o dia 02 de outubro. De acordo com pesquisas eleitorais recentes, Bolsonaro aparece em segundo lugar nas intenções de voto. Quem lidera a corrida presidencial é o ex-presidente Lula – levantamento do final de junho do Datafolha mostra o petista com 47% das intenções ante 28% do mandatário.
As convenções partidárias estão previstas no calendário estabelecido pelo TSE e se constituem da última fase para a confirmação de um candidato. O período para a realização das convenções se iniciou em 20 de julho e vai até o dia 5 de agosto. Passado o período das convenções, as legendas têm até o dia 15 de agosto para registrarem as candidaturas no TSE.
Foto destaque: Presidente Jair Bolsonaro (PL) e primeira-dama Michelle Bolsonaro durante convenção nacional do PL no Rio de Janeiro. Ricardo Moraes/Reuters
NATAL (RN) – O Unidade Popular (UP) oficializou neste domingo (24) a candidatura de Leonardo Péricles (MG) à presidência da República durante convenção partidária em Natal, capital do Rio Grande do Norte. A cerimônia aconteceu no SESC Cidade Alta e contou com a participação de militantes da sigla. Péricles é o quarto presidenciável a formalizar candidatura – será a primeira vez que a legenda terá um nome no pleito ao Planalto.
Bacharel em Direito, ele é o único homem negro a brigar pela cadeira presidencial nas eleições de outubro. A outra candidata negra a presidente é a postulante do PSTU, Vera Lúcia. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a UP, partido presidido por Péricles, foi a sigla com maior número proporcional de candidatos negros, com cerca de 70%.
Na última semana, Leonardo Péricles denunciou ataques racistas nas redes sociais. Reprodução/Instagram
Leonardo Péricles tem 40 anos e iniciou sua militância no movimento estudantil, ainda no movimento secundarista. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi diretor da União Nacional dos Estudantes. Ativista da luta antirracista, defende os direitos humanos e trabalhistas. Em 2020, foi vice na chapa encabeçada pela deputada federal Áurea Carolina (PSOL) na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte.
“Sou candidato à presidência do Brasil para defender os direitos dos trabalhadores e do povo pobre. A nossa luta é para acabar com a fome e o desemprego, construir o socialismo e livrar o nosso país da exploração”, diz Péricles. Dentre as propostas da UP, estão a auditoria da dívida pública, a reforma agrária e urbana, além da revogação das reformas trabalhista e da previdência.
As convenções partidárias estão previstas no calendário estabelecido pelo TSE e se constituem da última fase para a confirmação de um candidato. O período para a realização das convenções se iniciou em 20 de julho e vai até o dia 5 de agosto. Passado o período das convenções, as legendas têm até o dia 15 de agosto para registrarem as candidaturas no TSE.
Foto destaque: Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP). Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
RIO DE JANEIRO – O PL (Partido Liberal) oficializa em convenção a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição no próximo domingo (24), em evento com expectativa de reunir cerca de 12 mil apoiadores do mandatário. O evento acontece no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, berço político do ex-capitão.
Com o slogan da coligação “Pelo Bem do Brasil”, a coligação deve imprimir as cores verde e amarelo e ressaltar a tese utilizada pelo mandatário desde março, que supõe a existência de uma luta entre o bem e o mal. A cerimônia, prevista para durar algumas horas, também deve ter dupla sertaneja e até cabine para os mais jovens gravarem TikTok.
Mateus e Cristiano cantarão o hino nacional e o jingle da campanha, “capitão do povo”. “É o capitão do povo que vai vencer de novo/ Ele é de Deus, e pode confiar/ Defende a família e não vai te enganar”, diz estrofe da canção.
Candidatos fluminenses, dirigentes do PL, como Valdemar da Costa Neto, e todo o clã Bolsonaro devem estar presentes no palanque da cerimônia. Apenas o presidente discursará – aliados o aconselharam a evitar ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro. O foco, segundo interlocutores, deve ser nos programas sociais colocados na rua pelo governo federal, como o Auxílio Brasil.
Cerimônia acontece no Maracanãzinho; expectativa é reunir mais de 12 mil apoiadores. Reprodução/PL/Sympla
A convenção deve destacar, ainda, o slogan “liberdade e fé”, palavras consideradas marcantes para o governo e o presidente. A expectativa é que Bolsonaro explore no discurso o tema do slogan e os mais diferentes assuntos e temas que enalteçam sua candidatura, principalmente com falas propositivas sob ações e realizações de seu governo, conforme estratégia traçada entre o núcleo de campanha e o governo federal.
A primeira-dama, Michelle, considerada peça-chave pela campanha, foi convidada a discursar, mas ainda não confirmou se o fará, segundo relatos. Evangélica, ela é vista como um bom cabo eleitoral do mandatário entre as mulheres, fatia do eleitorado em que ele mais precisa melhorar seu desempenho. Pesquisa do Datafolha de junho mostra que 61% deste segmento rejeita o presidente.
A abertura dos portões será às 8h22 e a presença de Bolsonaro está prevista para 11h22. O anúncio da convenção nacional do PL estimula os convidados a irem de verde e amarelo. O evento deve ter um palco em “T” para que Bolsonaro ande na passarela no meio do público; área de imprensa, na pista; duas áreas VIPs, sendo uma para autoridades eleitas e outra para candidatos apoiados, na pista; e uma área reservada para as caravanas de apoiadores, na arquibancada.
CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS: O QUE SÃO?
As convenções partidárias são reuniões realizadas por partidos e federações. Nelas, são definidas as candidaturas, bem como a formação ou não das coligações. No caso das coligações eleitorais deste ano, os partidos e federações definem seus candidatos de 20 de julho a 05 de agosto. Escolhidos os nomes, as siglas têm até 15 de agosto para registrar as candidaturas junto à Justiça Eleitoral.
Foto destaque: Bolsonaro oficializa candidatura à reeleição no Rio de Janeiro. Alan Santos/PR
SÃO PAULO – Ex-secretária especial de Cultura no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Regina Duarte terá de devolver R$ 319,6 mil da Lei Rouanet, após ter a prestação de contas de um projeto seu reprovada. A informação consta em edição do Diário Oficial da União de ontem (21).
A negativa do recurso apresentado pela empresa A Vida é Sonho Produções Artísticas, cujos donos são a atriz e seus filhos, é assinada pelo atual secretário especial de Cultura, Hélio Ferraz de Oliveira. A peça que teve a prestação de contas reprovada se chama Coração Bazar e, segundo apuração da revista Veja, o então Ministério da Cultura, em 2018, já havia reprovado a prestação de contas do referido espetáculo – o valor captado por Duarte para a produção foi de R$ 321 mil.
Decisão negativa consta de publicação do Diário Oficial da União de ontem (21)
Filho da atriz e um dos sócios da empresa, André Duarte disse ao jornal O Estado de São Paulo que a reprovação da prestação de contas aconteceu por um detalhe, o qual ele chama de “descuido”. Segundo Duarte, “o que levou à recusa foi o fato de não apresentarem os comprovantes de que a peça não tinha cobrado ingressos nas apresentações realizadas entre 2004 e 2005, contrapartida do projeto que constava do contrato”. A In Magazine procurou a empresa e aguarda posicionamento.
Regina Duarte chegou à Secretaria Especial de Cultura a convite de Bolsonaro, logo após a queda de Roberto Alvim – que divulgou um vídeo em que faz referência a símbolos do Nazismo. Ela foi a quarta pessoa a assumir o posto como secretária da área no governo.
A administração da secretaria, porém, não agradou o setor cultural, que chegou a pedir a demissão de Duarte – a atriz não durou muito tempo no cargo: foi exonerada por Bolsonaro em 2020, com a promessa de um cargo na Cinemateca Brasileiro, o que não aconteceu. Em seu lugar, assumiu o ator Mário Frias, que deixou o posto neste ano.
Conhecida como a “namoradinha do Brasil”, Regina Duarte nasceu em França, no interior de São Paulo, em 1947. Em 2018, ela declarou apoio ao então candidato Jair Bolsonaro, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. Segundo a atriz, o ex-capitão teria o que considerou ser “humor brincalhão típico dos anos 1950, que faz brincadeiras homofóbicas, mas que são da boca pra fora, coisas de uma cultura envelhecida, ultrapassada”. A última novela em que Regina atuou foi Tempo de Amar (2017), escrita por Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago.
Foto destaque:
Regina Duarte durante reunião da Secretária Especial da Cultura do Ministério da Cidadania, em Brasília Isac Nóbrega/PR
BRASÍLIA – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a proibição da venda, importação e publicidade dos cigarros eletrônicos, conhecidos popularmente como vape. A decisão foi tomada na última quarta-feira (06), após os diretores aprovarem uma Avaliação de Impacto Regulatório (AIR) sobre o produto. Na prática, a comercialização está suspensa. A agência estuda ainda abrir uma consulta pública à sociedade sobre o tema.
Desde 2009 a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 46 do órgão já vedava a comercialização dos dispositivos eletrônicos, segundo o artigo 1º da norma. “Fica proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos, e-cigaretes, e-ciggy, ecigar, entre outros, especialmente os que aleguem substituição de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e similares no hábito de fumar ou objetivem alternativa no tratamento do tabagismo”.
A avaliação feita por técnicos do órgão durante o estudo para elaboração do AIR é de que não ficou comprovado nenhum tipo de benefício dos dispositivos eletrônicos no tratamento do tabagismo, ou mesmo que eles sejam menos prejudiciais que o cigarro. Pelo contrário, no estudo os especialistas afirmam que a emissão de vapor pode causar ainda mais dependência química.
Após a votação do AIR, que foi aprovada por unanimidade, a diretora da Anvisa responsável pelo setor que regula a indústria do tabaco, Cristiane Jourdan, afirmou que, mesmo que houvesse apenas uma alteração “para detalhar as regras sobre os registros dos DEFs [dispositivos eletrônicos para fumar], poderia colocar em risco a saúde da população, principalmente crianças e adolescentes”.
Vista externa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os cigarros eletrônicos são aparelhos alimentados por bateria de lítio e um cartucho ou refil, que armazena o líquido. Esse aparelho tem um atomizador, que aquece e vaporiza a nicotina. O aparelho traz ainda um sensor, que é acionado no momento da tragada e ativa a bateria e a luz de led. A temperatura de vaporização da resistência é de 350°C. Nos cigarros convencionais, essa temperatura chega a 850°C. Ao serem aquecidos, os DEFs liberam um vapor líquido parecido com o cigarro convencional.
Foto destaque: Usuário de cigarro eletrônico. Reprodução/VEJA
FEIRA DE SANTANA – O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta sexta-feira (1º) os governadores da região Nordeste que foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei que estabelece um teto da alíquota do ICMS sobre os combustíveis e agradeceu ao Senado por ter aprovado a PEC (proposta de emenda à Constituição) que autoriza uma série de benesses à população às vésperas da eleição e fora do teto de gastos.
As declarações do mandatário foram feitas durante visita às obras do rodoanel em Feira de Santana, cidade localizada a 100 km da capital Salvador. O ex-ministro da Cidadania e pré-candidato ao governo do Estado, João Roma, esteve presente no evento, que contou com vaias e xingamentos ao ex-presidente Lula e ao governador Rui Costa (PT).
Conhecida por ‘PEC Kamikaze’, a proposta a que Bolsonaro se referiu foi aprovada na noite de ontem (30) pelo Senado com medidas que terão um custo de R$ 41,25 bilhões. O texto autoriza o governo a turbinar programas sociais, como o Auxílio Brasil, e ainda dribla a lei eleitoral, que impõe restrições ao uso da máquina pública para beneficiar candidatos em detrimento de outros.
Texto aprovado ontem pelo Senado chegou a ser chamado de “PEC Kamikaze” pelo ministro Paulo Guedes. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Ao falar sobre a PEC, Bolsonaro errou ao dizer que o valor do Auxílio Brasil havia sido de R$ 400 para R$ 700 – pelo contrário, o benefício passa a ter R$ 600, valido até dezembro deste ano. A medida tem viés claramente eleitoral, vez que o presidente estava sob pressão de aliados para aprovar um pacote social na tentativa de tirá-lo do segundo lugar nas intenções de votos.
É no Nordeste em que o mandatário possui maior rejeição: 65%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nada de braçadas na dianteira da disputa pelo Palácio do Planalto, com 59% das intenções antes 19% de Bolsonaro.
Ainda em Feira de Santana, o presidente cobrou reconhecimento pela recente baixa no preço dos combustíveis e provocou os governadores dos nove estados do Nordeste que ingressaram na Justiça contra a lei que fixa um teto na alíquota do ICMS. “Infelizmente, os nove governadores do Nordeste entraram na Justiça contra redução de impostos estaduais. Não querem colaborar com o povo. […] Querem arrecadar cada vez mais e extorquir o contribuinte brasileiro”, disse.
Antes de chegar ao local da solenidade, o presidente participou de uma motociata que partiu do Aeroporto da cidade – João Roma estava na garupa de Bolsonaro. Diferentemente das outras ocasiões, o mandatário usou capacete e só o retirou minutos antes de chegar ao evento – na plateia, manifestantes usavam camisetas com as cores das bandeiras do Brasil; algumas pediam intervenção militar, outras falavam em voto impresso.
Bolsonaro fica na Bahia até sábado (02), quando participa de outra motociata em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil na Bahia. Outros presidenciáveis, como Lula, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e a senadora Simone Tebet (MDB), também desembarcam na capital baiana nesta sexta-feira.
Hoje é o último dia permitido pela Justiça Eleitoral em que o chefe do Executivo ou qualquer outro candidato pode participar de inauguração de obras públicas.
Foto de Destaque: O presidente Jair Bolsonaro, do PL. Evaristo Sá/AFP
BRASÍLIA – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse nesta sexta-feira (1º), durante a última sessão do recesso de julho, que a Corte atuará no sentido de garantir o bom funcionamento das eleições, convocadas para outubro. O magistrado sinalizou ainda que os demais ministros permaneceram unidos em torno da defesa da Constituição.
“O Supremo Tribunal Federal permanecerá vigilante e sempre à altura da sua mais preciosa missão, a de guardar a Constituição Federal, com zelo pela segurança jurídica, com atenção ao sentimento constitucional da população brasileira, mantendo sua vigilância suprema em prol da higidez da realização das eleições no nosso país”, disse.
Fux, que deixou a presidência do STF em setembro e passou o bastão para a ministra Rosa Weber, fez um discurso com tom de despedida. Ao citar os dez ministros que integram a Corte, Fux os agradeceu pelo que chamou de “convívio harmonioso”.
A ministra Rosa Weber assume a presidência da Corte, em setembro. Foto: Reprodução/Migalhas
“Não poderia deixar de expressar meus profundos agradecimentos aos pares pelo apoio incondicional que me foi destinado nesta difícil, porém honrosa, tarefa de conduzir os trabalhos do Supremo Tribunal Federal. Sou extremamente grato pelo convívio harmonioso e por nos mantermos unidos em torno dos valores que importam, ou seja, a defesa democrática e a dignidade da instituição a qual todos nós pertencemos”, concluiu.
Durante o discurso, Fux ainda ressaltou o papel do STF no combate à desinformação, além das inúmeras parcerias firmadas com órgãos de vários setores. Alvo preferencial do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores, o Supremo tem se destacado na defesa da democracia, como no âmbito do Programa de Combate à Desinformação da Corte, que tem por objetivo o combate às práticas que afetam a confiança das pessoas no Supremo, distorcem ou alteram o significado das decisões e colocam em risco direitos fundamentais e a estabilidade democrática.
“Em um cenário de aumento expressivo de notícias falsas ou deturpadas, tanto sobre o conteúdo das decisões tomadas por esta Corte, como sobre seus próprios ministros e servidores, tornou-se premente um reforço institucional para compreender como essa desinformação é propagada e quais contramedidas podem ser tomadas a fim de garantir à sociedade brasileira informações claras, reais, objetivas e verdadeiras sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal”, finalizou o ministro.
Foto de Destaque: O presidente do STF, Luiz Fux. Rosinei Coutinho/SCO/STF
SÃO PAULO – O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), tem dito a aliados que pode desistir de concorrer ao Palácio dos Bandeirantes no pleito de outubro próximo em nome de uma aliança nacional entre seu partido e o PT. Com a eventual saída, o ex-prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, colheria os dividendos políticos de França.
A In Magazine apurou que durante uma reunião com a cúpula do PSB, na última segunda-feira (27), França admitiu pela primeira vez que poderia sair da disputa pelo governo estadual. A saída já era esperada por petistas para os próximos dias. O comunicado oficial, no entanto, deve demorar. Isso porque dois movimentos ainda são aguardados pelo pessebista.
O primeiro seria a decisão do PSD em apoiar França ou o ex-ministro Tarcísio de Freitas, candidato de Bolsonaro no maior colégio eleitoral do país. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o apoio da legenda seria imprescindível para manter a candidatura pessebista. Procurado pela In Magazine, França disse não depender de apoios para manter sua pré-candidatura.
O ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Márcio França (PSB) reunidos – Arquivo pessoal/19.11.2021
Além disso, uma reunião entre dirigentes petistas e pessebista, marcada para esta quinta-feira (30), definiria alguns dos impasses estaduais na arrumação dos palanques, sendo o de São Paulo o principal deles.
Desde quando o ex-governador Geraldo Alckmin, hoje no PSB, passou a ser ventilado para a vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula (PT), a cabeça da chapa na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes é alvo de embates internos entre ambas as legendas: De um lado o PT, com Fernando Haddad, que não cogita desistir da candidatura para apoiar França. Do outro, França, que até então afirmava não pensar em abdicar da majoritária.
De acordo com levantamento Datafolha de abril, Haddad lidera a briga pelo Palácio dos Bandeirantes com 29% das intenções de voto, seguido por França com 20%.
Caso desista, Márcio França pode ser candidato ao Senado na chapa encabeçada pelo PT. Aliados do ex-governador disseram à CNN Brasil que ele deve esperar o cenário na corrida pela Casa Alta de Brasília depurar – a grande preocupação seria o apresentador José Luiz Datena, cotado para a vaga na chapa de Tarcísio, que nesta quinta-feira (30) desistiu de concorrer.
A saída de França, contudo, não deve ser isolada. No PSB, articula-se que ela seja uma condição para o PT equacionar impasses em outros estados, como o Rio Grande do Sul. No palanque gaúcho, ambas as legendas duelam pela cabeça da majoritária – o PSB defende o nome de Bento Albuquerque, enquanto o PT apoia Edegar Pretto.
Questionado pela In Magazine sobre a possibilidade de desistência, França não quis responder.
Foto destaque: Este é Márcio França, ex-governador de São Paulo. Reprodução/AssessoriaPSB
A novela envolvendo rumorosos embates no PSDB chegou ao fim nesta segunda-feira (23). O ex-governador de São Paulo, João Dória, retirou sua pré-candidatura à presidência da República após uma crise que rachou o tucanato ao meio. Com a renúncia, a senadora Simone Tebet (MDB) ganha mais força para representar a chamada ‘terceira via’ na disputa pelo Palácio do Planalto.
“Entendo que não sou o candidato da cúpula do PSDB, e aceito. Sempre busquei e continuarei buscando o consenso, ainda que ele seja contrário a mim. Saio de coração ferido e de alma leve”, disse o ex-governador durante pronunciamento – que estava acompanhado da esposa, Bia Dória, do presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, e de aliados.
A decisão de abdicar da disputa teria sido tomada no domingo (22). Dória conversou com o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, e com seus familiares. No diálogo com o aliado, Garcia foi objetivo e afirmou que a candidatura de Dória atrapalharia seu projeto de reeleição, o que poderia pôr fim à dinastia de 28 anos dos tucanos no estado.
“O Brasil precisa de uma alternativa para oferecer aos eleitores que não querem os extremos. Que não querem aquele que foi envolvido em escândalos de corrupção. E nem aquele que não deu conta de salvar vidas, não deu conta de salvar a economia e que envergonha nosso país em todo o mundo”, destacou.
Dória é o oitavo nome da terceira via a desistir da disputa somente neste ano. Em novembro passado, ele havia vencido o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nas prévias do partido. Nomes como Luciano Huck, Alessandro Vieira, Luiz Henrique Mandetta (UB), Sérgio Moro (UB) e Rodrigo Pacheco (PSD) também abdicaram de suas pré-candidaturas.
Com desistência de Dória, Simone Tebet ganha força para representar terceira via na disputa ao Planalto. (Foto: Reprodução/SBTNews)
O tucano vivia um inferno astral dentro do próprio partido para tentar manter de pé sua pré-candidatura à presidência. Dória não contava com o apoio nem de Araújo, que chegou a coordenar a campanha do ex-governador paulista, mas foi destituído da função após atritos. Paralelamente às rusgas, existiam negociações entre PSDB, MDB e Cidadania para escolha de um nome para representar a chamada ‘terceira via’.
Nos últimos dias, o grupo anunciou a estratégia que definiria este nome: a contratação de uma pesquisa prévia para identificar o nome com menor rejeição. O resultado já havia apresentado internamente, mas a sinalização era de que Tebet fosse escolhida com base na alta rejeição de Dória.
A manutenção da pré-candidatura do ex-governador paulista rachou o tucanato. Enquanto uma ala defendia Dória com o argumento de que sua atuação no combate à pandemia fora essencial para mostrar um legado, outra parte pedia pela empreitada de Tebet. No PSDB ainda existem os que querem uma candidatura própria do partido, que não seja Dória e tampouco defendida no grupo da terceira via – o nome de Leite encontra eco nesta defesa.
Com a falta de apoio, o tucano ameaçou desistir da disputa em março, ao mesmo tempo em que implodiria o palanque em São Paulo. Dória chegou a avisar aliados de que ficaria no governo paulista, movimento que, em tese, significaria uma desistência – para concorrer à presidência, seria preciso abdicar de cargos públicos. No mesmo dia, porém, ele voltou atrás e formalizou a renúncia. O movimento foi visto por tucanos como uma estratégia para garantir que o PSDB reafirmasse seu nome.
Leia abaixo a íntegra do pronunciamento do ex-governador de São Paulo João Dória, ao qual In Magazine teve acesso:
Boa tarde a todos.
Esse é um pronunciamento importante. Hoje é um dia de respostas, mas também um dia de perguntas. As pessoas sempre me perguntam por que eu deixei uma vida de conforto à frente das minhas empresas bem-sucedidas para entrar na política?
Sou filho de um político cassado pelo golpe militar de 64. Meu pai, tal como eu, começou a vida pobre, mas lutou, trabalhou e alcançou uma vida confortável, dono de uma das maiores agências de publicidade do Brasil. Até o dia que decidiu lutar por um Brasil melhor, inspirado por Franco Montoro.
Nele, era urgente a necessidade de servir ao povo brasileiro, de combater a desigualdade e a injustiça social. Doria, meu pai, foi eleito deputado federal e, em abril de 64, foi cassado pelo golpe militar. Perdeu seus direitos políticos, todos os seus bens e foi obrigado a viver no exílio. Dois desses 10 anos de exílio, eu, meu irmão, Raul, e minha mãe, Maria Silvia, estivemos ao lado do nosso pai.
Inspirado pelos seus ideais e também motivado por Franco Montoro colaborei desde cedo com a vida pública. Com Mário Covas, fui Secretário de Turismo de São Paulo. Por conta de uma gestão bem sucedida, fui convidado a presidir a Embratur, emblematicamente criada por um projeto de lei de autoria de meu pai na Câmara. Como militante e ativista, organizei, a pedido de Franco Montoro, o histórico comício das Diretas Já em 25 janeiro de 1984, aqui em São Paulo.
Com dedicação e trabalho, construí uma carreira sólida na iniciativa privada e coloquei de pé um grupo empresarial de sucesso. Em 2015, marcava o auge de uma recessão brutal que dizimou empregos, levou a inflação às alturas e destruiu sonhos. Nada muito diferente do que enfrentamos hoje. Inconformado, acompanhava as medidas econômicas de um governo incompetente e o desvio de dinheiro público.
Em 2016, seguindo os passos de meu pai, decidi disputar uma eleição. No PSDB, participei de três prévias: para prefeito, para governador e para presidente da República. As três únicas prévias na história do partido. Venci as prévias em 2016. E, logo depois, venci as eleições para a prefeitura da maior cidade do país em primeiro turno. Fato inédito na história política de São Paulo.
Guardo as melhores lembranças da prefeitura e guardo as melhores lembranças do meu amigo Bruno Covas. Tenho orgulho de ter zerado a fila de exames nos postos de saúde, com o inédito Corujão da Saúde. Atendemos a população em situação de rua com os Centros de Acolhimento, recuperamos praças, avenidas e ruas. Promovemos a maior inclusão de crianças desassistidas no redimensionamento das creches e escolas municipais. Lançamos os programas de concessão do Parque do Ibirapuera, do Pacaembu e do Anhembi, entre outras conquistas importantes para a cidade.
Em 2018, novamente disputei e fui vitorioso nas prévias do PSDB para a eleição a governador do Estado de São Paulo. Mais uma vez, vencias prévias e venci as eleições, sendo eleito governador de São Paulo.
Tenho orgulho de ter feito uma gestão transformadora no estado, reconhecida até mesmo por adversários. Diante do desafio histórico da pandemia, me empenhei pessoalmente para trazer ao Brasil 124 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Procurei fazer o certo. Salvamos vidas e a economia.
Na pandemia, São Paulo cresceu 5 vezes mais do que o Brasil, gerando um terço de todos os novos empregos do país. Por todo o território nacional, a vacina foi sinal de esperança, salvando milhões de brasileiros. Vencemos com a ciência, os discursos do ódio, das fake news e o negacionismo.
Assim como na saída da prefeitura, quando deixei o comando da cidade nas mãos do saudoso Bruno Covas, desta vez também deixei o governo de São Paulo em boas mãos. Rodrigo Garcia está levando em frente um trabalho que começou com uma equipe de craques . E que, certamente, lhe renderá a vitória nas eleições desse ano. Rodrigo será reeleito governador de São Paulo.
Em dezembro do ano passado disputei as prévias do partido para ser candidato a presidente da República e, mais uma vez, as venci.
Fica aqui minha gratidão aos brasileiros da cidade de São Paulo que me deram mais de 3 milhões de votos na prefeitura. E aos quase 11 milhões de votos ao governo de São Paulo. E aos mais de 17 mil militantes do PSDB que me escolheram como candidato a presidente do Brasil.
Agradeço também aos mais de 6 milhões de brasileiros que, nas pesquisas de opinião pública, já se manifestaram a intenção de votar no meu nome para presidente antes mesmo do começo da campanha eleitoral.
O Brasil precisa de uma alternativa para oferecer aos eleitores que não querem os extremos. Que não querem aquele que foi envolvido em escândalos de corrupção e nem aquele que não deu conta de salvar vidas. Não deu conta de salvar a economia e que envergonha nosso país em todo mundo.
Para esta missão, coloquei meu nome à disposição do partido. Hoje, nesse 23 de maio, serenamente entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o consenso , o diálogo, o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal.
O PSDB saberá tomar a melhor decisão do seu posicionamento para as eleições desse ano. Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve. Com a sensação inequívoca do dever cumprido, de missão bem realizada. Com boa gestão e sem corrupção.
Saio com o sentimento de gratidão e a certeza de que tudo que fiz foi em benefício de um ideal coletivo em favor dos paulistanos, do paulistas e dos brasileiros. Saio como entrei na política: repleto de ideias, com a alma cheia de esperança e o coração pulsante. Confiante na força do povo brasileiro que tem fé na vida e fé em Deus.
Peço desculpas pelos erros. Se me excedi foi por vontade de acertar. Se exagerei foi pela pressa em fazer com perfeição. Se acelerei foi pela urgência que as ações públicas exigem. Os acertos foram frutos do trabalho em equipe. Da ousadia e da coragem e do propósito que sinto em perseguir. Sempre, sempre fazer bem feito o que tem que ser feito. Respeito e trabalho. Fazer do possível o impossível. Esse é meu mantra e levo por onde eu for.
Agradeço a minha equipe aguerrida, aos membros do partido que sempre me defenderam, aos que lutaram ao meu lado, que foram leais e defenderam a democracia interna do partido e defendem como eu a liberdade e igualdade no Brasil.
Agradeço também aos colaboradores que estiveram comigo na prefeitura e no governo do estado. Que se empenharam pelos resultados históricos. Que juntos alcançamos. Agradeço também aos militantes do PSDB, extraordinários guerreiros que nunca me abandonaram. Agradeço a Deus pela disposição que sempre me deu. Pela capacidade de trabalho, senso de justiça e paz no coração.
Agradeço igualmente à minha família, à Bia e aos meus queridos filhos Johnny, Felipe e Carolina, e ao meu querido irmão, Raul, que aqui está ao lado da Bia, minha esposa. Eu tenho uma linda família, quero preservar essa família.
Agradeço também a todos os verdadeiros amigos que sempre me apoiaram em todas, em todas as minhas decisões. Por fim, relembro aqui o belo poema atribuído a Cora Coralina: ‘Tem mais chão os meus olhos do que o cansaço das minhas pernas. Mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros. Mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça’.
Seguirei. Seguirei como observador sereno do meu país. Sempre à disposição para lutar a guerra para a qual eu for chamado. Na vida pública ou na vida privada. Que Deus proteja o Brasil.
Muito obrigado. Até breve.
Foto destaque: João Dória desiste de pré-candidatura ao Palácio do Planalto. Reprodução/G1
SÃO PAULO – Juntos há mais de quatro anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, devem oficializar a união na próxima quarta-feira (18), em uma cerimônia para mais de 100 convidados. O local do evento está sendo mantido sob sigilo, mas o horário foi revelado – às 19h – após pedido das convidadas, que argumentaram precisar da informação para saber qual tipo de maquiagem usariam.
A lista de convidados já ultrapassa a casa dos 150. A previsão, em meados de março, era de que a cerimônia seria restrita apenas a pessoas mais próximas. Hoje, porém, tem-se certeza de que o evento vai reunir diversas personalidades políticas, além de artistas e familiares.
Do total, trinta convidados são da família do petista – os cinco filhos, com noras e genros, filhos, oito netos, irmãos e os cunhados. Os sobrinhos de Lula devem ficar de fora da cerimônia devido à restrição de convidados.
Partiu do casal, por exemplo, incluir amigos próximos na lista, como o compositor Chico Buarque e sua esposa, Carol Propner – que são padrinhos da união. Foi através de ambos que Lula e Janja se conheceram e começaram a namorar em 2017, durante um jogo do Politeama, time do coração de Buarque.
No ano seguinte, Lula seria preso, mas a relação permaneceria intocável. Janja, que morava em Curitiba – onde fica o prédio da Superintendência da PF (Polícia Federal), no qual o petista cumpria pena, o visitava semanalmente.
Artistas como Daniela Mercury, Gilberto e Flora Gil, além de Malu Verçosa, já têm o nome na relação de convidados.
Aliados mais próximos do ex-presidente também estão dentre os convidados. O ex-governador da Bahia, hoje Senador, Jaques Wagner é um dos petistas que estarão na cerimônia. Na apertada lista ainda constam os nomes da presidente do PT, Gleisi Hoffman, do ex-governador de São Paulo e de sua esposa, Geraldo Alckmin e Lu Alckmin, do ex-prefeito de São Paulo e sua cônjuge, Fernando e Ana Estela Haddad, além do ex-governador do Piauí, Welligton Dias.
A relação de políticos não se encerra por aí. A presença do ex-ministro Aloízio Mercadante, dos deputados federais Rui Falcão e Alexandre Padilha, este último médico da família, e do deputado estadual Emídio Souza são esperadas no evento. Responsável pela defesa de Lula, o advogado Cristiano Zanin também foi convidado. Ele deve chegar acompanhado de sua esposa, Valeska, filha de Roberto Teixeira e afilhada do petista.
O local onde a cerimônia será realizada segue em segredo, nem mesmo os convidados sabem. Reprodução/Estado de Minas
Janja também fez questão de incluir na lista, funcionários e seguranças que trabalham com o ex-presidente. Os seguranças foram dispensados do trabalho para festejarem com o casal.
A bênção deve ser dada por dom Angélico Sândalo Bernardino, que conhece Lula desde os anos 1970. Os noivos se arrumaram em locais separados, seguindo a tradição católica segundo a qual o noivo não pode ver a companheira antes do enlace. Janja vai usar um vestido assinado pela estilista Helô Rocha.
A socióloga vai usar no casamento um vestido longo, em organza (tecido feito de seda) na cor off white e coberto de bordados feitos por moradoras de Timbaúba dos Batistas, uma cidade da região do Seridó, sertão do Rio Grande do Norte.
Aos 76 anos, Lula entrará de cabeça na disputa pelo retorno ao Palácio do Planalto já com a primeira-dama oficial. Ambos moram juntos, em São Paulo, desde que Lula saiu do cárcere, em 2019. A socióloga aposentada de 55 anos também acompanha o ex-presidente em suas agendas políticas, e tem suas colaborações impressas no discurso do petista.
Fora dos holofotes, os dois vivem uma vida a sós, na companhia da cachorra do casal, cujo nome é Resistência, alusão ao período no qual Lula e Janja estiveram separados.
Foto destaque: Lula e Janja se conheceram em 2017, através de Chico Buarque e Carol Propner. Reprodução/Uol