A Seleção Brasileira já sabe como será sua rota inicial na Copa do Mundo de 2026. O sorteio realizado em Washington, na tarde desta sexta-feira, definiu os 12 grupos da primeira fase e estabeleceu toda a logística dos compromissos de Carlo Ancelotti e seus atletas. Além da ordem e das datas das partidas, o evento também apontou onde o Brasil atuará e quais seleções podem aparecer pelo caminho nas etapas decisivas da competição.
No grupo C, o Brasil terá uma combinação de adversários que mistura força, peculiaridade e periculosidade. A estreia será contra o Marrocos, seguido por um confronto diante do Haiti e um encerramento diante da Escócia. Embora a comissão técnica desejasse atuar na costa oeste, a equipe ficará concentrada na região leste dos Estados Unidos, o que altera parte do planejamento inicial, sobretudo no que diz respeito a logística e deslocamentos.
Ajustes de rota: Brasil inicia campanha na costa leste
Os compromissos da fase de grupos confirmaram um cenário diferente do esperado pela comissão técnica. A estreia, marcada para 13 de junho, está prevista para Boston ou Nova York, cidades que já receberam grandes eventos internacionais e experimentarão forte presença de torcedores brasileiros. Seis dias depois, o duelo diante do Haiti será disputado em Boston ou na Filadélfia, mantendo o Brasil no mesmo eixo geográfico e reduzindo a necessidade de longos deslocamentos entre as primeiras rodadas.
O encerramento da fase de grupos, contra a Escócia no dia 24, está programado para Atlanta ou Miami. Ambas oferecem clima mais quente e alto índice de umidade, o que pode influenciar no desempenho físico, especialmente para equipes que atuaram em regiões mais frias no início do torneio. Para Ancelotti, o desafio será equilibrar a intensidade do elenco com as mudanças climáticas previstas ao longo da primeira fase.
Grupo definido do Brasil para o Mundial (Foto: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)
Caminhos possíveis: cenários para o mata-mata
A projeção para o mata-mata revela duelos que podem ser decisivos na caminhada brasileira. Se a Seleção avançar como líder do grupo C, enfrentará o segundo colocado do grupo F — formado por Holanda, Japão, Tunísia e uma seleção europeia que virá da repescagem. Esse compromisso ocorrerá no dia 29 de junho, em Houston. O confronto é considerado de alta dificuldade, principalmente pela presença de seleções com estilos contrastantes e reconhecida organização tática.
Caso o Brasil avance em segundo lugar, a Seleção terá pela frente o líder do grupo F, em partida que será disputada em Monterrey, no México. A mudança de país e o clima mais quente em altitude podem representar um desafio extra, exigindo adaptação rápida. Em ambos os cenários, o Brasil terá pouco tempo para ajustar estratégias, já que os confrontos da primeira fase estarão distribuídos em apenas 11 dias.
Se confirmar a classificação às oitavas, o calendário de cruzamentos também oferece possibilidades interessantes. Avançando como líder e superando os 16 avos de final, o Brasil entrará em campo no dia 5 de julho, um domingo, para enfrentar o vencedor do duelo entre os vice-líderes dos grupos E e I. Nesse cenário, seleções como Alemanha, França, Equador e Noruega podem surgir no caminho, desenhando um confronto de altíssimo nível técnico já nas oitavas de final.
Em caso de segundo lugar na fase inicial, o adversário das oitavas sairá do embate entre os vice-líderes dos grupos A e B. Isso amplia o leque de possibilidades, trazendo nomes como México, Suíça, Coreia do Sul, Canadá, Itália ou Dinamarca — dependendo da repescagem. Para Ancelotti, cada rota possui desafios específicos, e o desempenho na fase de grupos será determinante para moldar a jornada brasileira no torneio.
Todos os grupos definidos (Foto: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)
Confrontos de peso: possíveis duelos com Inglaterra e Argentina
Para as quartas de final, um possível Brasil x Inglaterra aparece como um dos grandes encontros projetados pelo chaveamento. Se as duas seleções confirmarem o favoritismo e liderarem seus grupos, o duelo ocorreria no dia 11 de julho, em Miami, prometendo ser um dos jogos mais midiáticos da competição. O histórico equilibrado entre as equipes adicionaria tempero ao confronto, que colocaria frente a frente dois dos elencos mais valiosos do Mundial.
Nas semifinais, outro clássico pode tomar forma: Brasil x Argentina. Para que isso aconteça, ambas as seleções precisariam avançar em primeiro ou segundo lugar em suas respectivas chaves, mantendo campanhas paralelas até o encontro. No entanto, se uma liderar e a outra terminar a fase inicial na vice-liderança, o duelo só aconteceria em uma eventual final.
A separação definida pelo ranking da Fifa ainda impede que Brasil enfrente França ou Espanha antes da decisão. Assim, qualquer encontro com essas potências só seria possível na grande final, caso ambos avancem como líderes das suas chaves e superem suas rotas no mata-mata.
Com o caminho oficialmente traçado, a Seleção Brasileira inicia sua preparação com o objetivo de transformar projeções em realidade. O sorteio definiu adversários, datas e regiões, mas o percurso dentro das quatro linhas seguirá dependendo da consistência, da adaptação e da capacidade de decisão de um elenco que chega aos Estados Unidos sob grandes expectativas.
