Em um post recente nas redes sociais, Angélica fez um apelo contundente diante dos números que expõem a violência contra a mulher no Brasil — apontando que, atualmente, em média, quatro mulheres são assassinadas por dia. Com base nessa realidade, a apresentadora refletiu sobre a formação das novas gerações.
Segundo ela, transformar o cenário exige mais do que leis ou punições: é preciso “criar meninos maiores”, jovens e homens que saibam lidar com frustrações, respeitar mulheres e assumir responsabilidades com empatia, empoderamento e dignidade. A mensagem, endereçada a toda a sociedade, reacende o debate sobre educação, masculinidade e o papel da família na prevenção da violência de gênero.
O que significa “criar meninos maiores”
No desabafo, Angélica reforça que “meninos maiores” não se referem apenas a idade, mas a uma maturidade emocional e moral, algo que os prepare para lidar com relações afetivas e familiares de forma saudável. Ela destaca comportamentos como: saber lidar com um término sem recorrer à agressão; cuidar de mulheres em vulnerabilidade; aceitar que igualdade de gênero e respeito valem mais que orgulho; ouvir, dialogar e ser capaz de empatia.
Angélica em seu relato (Vídeo: reprodução/Instagram/@angelicaksy)
Para ela, criar esse tipo de masculinidade implica educar meninos para que compreendam e respeitem o próprio valor humano das mulheres — suas mães, irmãs, parceiras e amigas — e, assim, quebrar ciclos de violência antes que comecem. A proposta aparece como uma alternativa de base: transformar o machismo estrutural por meio da formação desde a infância.
Urgência social e papel coletivo
Ao lembrar que o Brasil contabiliza, em média, quatro feminicídios por dia, Angélica reforça que não dá mais para encarar esses crimes como tragédias isoladas. Na visão da apresentadora, cada caso representa uma falha coletiva de famílias, de educação, de sociedade e evidencia a necessidade urgente de ação concreta.
Ela defende que prevenir a violência de gênero não se limita ao combate ao agressor: é fundamental prevenir desde a base, construindo novas gerações com valores de respeito, empatia e justiça. Sua mensagem, veiculada nas redes, busca gerar reflexão e mobilização com o intuito de evitar mortes e romper com um padrão que ainda vitima milhares de mulheres todos os anos.
Angélica, mãe de três filhos, aproveitou sua voz pública para transformar dor em chamado à responsabilidade. Ao insistir que “criar meninos maiores” é condição fundamental para que mulheres deixem de ser assassinadas por gênero, ela aponta para um futuro possível, mas que passa pela educação, pelo respeito e pela postura de cada um.
