Taylor Swift recusou uma oferta de 100 milhões de dólares para a exchange de cripto ativos FTX em 2021. De acordo com o próprio advogado responsável pelo caso, Adam Moskowitz, a cantora recuou após perguntar à empresa sobre os ativos que eles negociavam.
Ao podcast The Scoop, Moskowitz apontou que Swift quis ir pesquisar a fundo as verdadeiras intenções da empresa, diferente de outras celebridades como o comediante Larry David e os atletas Shaquille O’Neal e Tom Brady. A artista teria perguntado, durante as negociações, à FTX se os valores mobiliários movimentados por eles eram registrados pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA(SEC, na sigla em inglês). Seu conhecimento sobre o assunto teria vindo de seu pai, Scott Swift, que tem relação com o banco Merrill Lynch.
O advogado reforçou durante a gravação que Taylor foi a única famosa que conferiu se a empresa poderia estar burlando a lei. A ação coletiva movida por Adam pede 5 bilhões de dólares de artistas que promoveram os ativos não registrados.
Logo da FTX. (Reprodução/Reuters/Dado Ruvic)
A FTX entrou em falência em novembro de 2022 após uma crise de liquidez que levou à suspensão de saques de usuários da plataforma. O ex-CEO da exchange, Sam Bankman-Fried, é acusado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos por fraude. Sam teria enganado investidores por levantar 1,8 bilhão sem revelar que fundos de alguns clientes da empresa estariam sendo desviados para o seu fundo de hedge cripto, Alameda Research LLC.
Entre as iniciativas que a empresa pretendia desenvolver com a compositora estava a venda de Tokens Não Fungíveis(NFTs, na sigla em inglês) seus.
A lei dos Estados Unidos diz que ativos mobiliários, títulos financeiros com oferta pública destinados a investidores, precisam ser registrados na SEC, seguindo uma série de padrões de governança, como prevenção de lavagem de dinheiro e obediência a sanções.
Foto destaque: Taylor Swift no VMAs 2022. (Reprodução/Reuters/Eduardo Munoz)