No último domingo (02), Claudia Sheinbaum venceu as eleições presidenciais no México. Após a vitória, a atriz Salma Hayek se manifestou por meio de uma postagem em seu Instagram, utilizando uma imagem do Anjo da Independência, um monumento simbólico na Cidade do México. Na legenda, Salma fez um apelo pela abolição do feminicídio no México, um problema persistente no país latino-americano.
Publicação de Salma Hayek sobre a vitória de Claudia Sheinbaum (Reprodução/Instagram/@salmahayek)
Normalmente, a atriz não se posiciona em assuntos políticos. No entanto, Hayek é ativista no combate à violência contra a mulher.
Após a mensagem esperançosa de Salma Hayek, um questionamento é levantado: o porquê do povo mexicano acreditar tanto em Claudia Sheinbaum.
Claudia Sheinbaum
A atual presidente, Claudia Sheinbaum, é doutora em física, o que lhe rendeu o apelido de “La Doctora”. Como ex-prefeita da Cidade do México e cientista, ela fez parte de um painel climático das Nações Unidas que recebeu o Nobel da Paz.
Além de ter sido a primeira mulher a ocupar o cargo na nação mexicana, também é a primeira pessoa com herança judaica. Tais fatos surpreendem, pois quando falamos de México, a cultura patriarcal e conservadora é bastante presente no território. Ambos pilares são derrubados com a eleição de Sheinbaum.
Seu companheiro de partido, o ex-presidente, Andrés Manoel López Obrador, passa o bastão para doutora em um momento bastante positivo do partido Morena, a esquerda do México. Esse olhar positivo só foi conseguido por meio de práticas em prol do bem-estar social bem sucedidos.
Feminicídio no território mexicano
Com um perfil tão distinto em comparação aos presidentes anteriores do México, Claudia Sheinbaum traz a esperança de mudanças significativas para o país. Entre tantas prioridades, a luta contra o feminicídio precisa estar em foco, dado que é uma questão premente no território.
Contudo, no mesmo domingo em que se comemorava a vitória de Sheinbaum, a prefeita de Cotija, Yolanda Sánchez Figueroa, foi assassinada enquanto voltava da academia para casa. Esse contraste marcou o dia com duas polaridades: o progresso e o retrocesso.
Tal fatalidade traz um maior holofote para a questão a ser resolvida no mandato de Claudia Sheinbaum, assim como foi expresso pela ativista e atriz, Salma Hayek.