“Ainda Estou Aqui” faz história no Prêmio Platino e consagra o cinema brasileiro

Primeiramente, é importante enfatizar que o cinema brasileiro vive um momento histórico. No último domingo (27), o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, conquistou três dos maiores troféus da 12ª edição do Prêmio Platino, realizado em Madri, na Espanha. Inclusive, foi a primeira vez que uma produção do Brasil ganhou a grande categoria […]

28 abr, 2025
Foto destaque: Ainda Estou Aqui (reprodução/G1- Globo)
Foto destaque: Ainda Estou Aqui (reprodução/G1- Globo)
Foto destaque: Ainda Estou Aqui (reprodução/G1- Globo)

Primeiramente, é importante enfatizar que o cinema brasileiro vive um momento histórico. No último domingo (27), o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, conquistou três dos maiores troféus da 12ª edição do Prêmio Platino, realizado em Madri, na Espanha. Inclusive, foi a primeira vez que uma produção do Brasil ganhou a grande categoria da noite, considerada a mais importante do audiovisual ibero-americano, que inclui as produções audiovisuais da América Latina, Espanha, bem como Portugal.

O drama, baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, apresenta a Fernanda Torres interpretando a Eunice Paiva, a ativista política e a mãe do autor, com uma atuação bastante elogiada e premiada. Na cerimônia, a atriz Valentina Herszage — que vive Vera Paiva no filme — e o produtor Rodrigo Teixeira representaram a Fernanda e o Walter, que não puderam comparecer. Durante o discurso lido por Rodrigo Teixeira, o diretor destacou a necessidade de resgatar memórias que ainda ecoam no presente brasileiro.

Ainda Estou Aqui concorria com grandes nomes como Pedro Almodóvar (O Quarto ao Lado), Arantxa Echevarría (La Infiltrada) e Luis Ortega (El Jockey), mostrando ainda mais o peso da conquista. O filme já havia feito história ao vencer o Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional, outro feito inédito para o Brasil.


Valentina Herszage e Rodrigo Teixeira recebem o prêmio de Melhor Filme por Ainda Estou Aqui no Prêmio Platino 2025 (Vídeo: reprodução/X/@Dantinhas)

Brasil também brilha com série sobre Ayrton Senna

Para finalizar, além do sucesso nas salas de cinema, o streaming brasileiro também teve forte destaque no Prêmio Platino. A série Senna, que retrata a trajetória do inesquecível ídolo Ayrton Senna, venceu na categoria de Melhor Criação de Série. A produção da Netflix foi assinada por Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi e Patrícia Andrade. Além disso, disputava em outras três categorias, incluindo Melhor Minissérie. Apesar da significativa presença brasileira com onze produções indicadas — um recorde na história da premiação — o prêmio de Melhor Minissérie ficou com a colombiana Cem Anos de Solidão, adaptação da obra de Gabriel García Márquez. Ainda assim, o saldo brasileiro foi consideravelmente positivo, reafirmando a resistência e força do país no cenário audiovisual internacional.

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