Ainda Estou Aqui vence Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano no Chile
O filme Ainda Estou Aqui, do cineasta Walter Salles, foi condecorado neste sábado (27) com o Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano. Foi a primeira vez que a premiação foi concedida pela Academia de Artes Cinematográficas do Chile e marca o 66º troféu do longa-metragem brasileiro. Produção iluminada O Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano […]
O filme Ainda Estou Aqui, do cineasta Walter Salles, foi condecorado neste sábado (27) com o Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano. Foi a primeira vez que a premiação foi concedida pela Academia de Artes Cinematográficas do Chile e marca o 66º troféu do longa-metragem brasileiro.
Produção iluminada
O Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano foi recebido pela produtora de Ainda Estou Aqui, Maria Carlota Bruno, que representou toda a equipe de sucesso. Em seu discurso, ela exaltou a celebração latino-americana do cinema falado em português e espanhol. A produtora completou sua fala refletindo sobre a descoberta do significado de “lihuen”: “luz”. Para Carlota, o filme busca, justamente, iluminar a história da família de Eunice Paiva, que representa tantas outras histórias de tempos ditatoriais.
Postagem de anúncio do Prêmio Lihuen vencido por ‘Ainda Estou Aqui’
(Vídeo: reprodução/Instagram/@academiacinechile)
O diretor Walter Salles, ao falar da premiação, lembrou da ditadura do Chile, que começou em 1973 e foi até 1990. Ele exaltou a forma como o país lidou com os ditadores após a redemocratização, sem aplicação da Lei de Anistia e com a criação do Museu da Memória e dos Direitos Humanos.
Recordistas
Desde a sua estreia no Festival de Veneza de 2024, Ainda Estou Aqui acumula 66 troféus, sendo o maior vencedor da história do cinema brasileiro e desbancando grandes clássicos do cinema nacional, como Central do Brasil. Entre os principais prêmios estão: Oscar de Melhor Filme Internacional, Melhor Roteiro no Festival de Veneza, Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres (Eunice Paiva) e Prêmio do Público no Festival Internacional de Vancouver.

Mais de 30 países e 8,3 milhões de pessoas assistiram à história do sequestro de Rubens Paiva e na luta de Eunice Paiva que, enquanto busca respostas sobre o desaparecimento de seu marido, tem que criar cinco filhos sozinhos. No Brasil, o filme ficou 21 semanas em exibição nos cinemas, com 5,8 milhões de espectadores.
