Cinema brasileiro faz história: Ainda Estou Aqui vence prêmio máximo da crítica internacional

A The International Federation of Film Critics anunciou que o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” foi o grande vencedor do FIPRESCI Grand Prix. De acordo com a organização, o filme conquistou o prêmio de Melhor Filme de 2025, triunfando sobre obras renomadas como “Brutalista”, “O Agente Secreto” e “Pecadores”. A Votação Com a participação de […]

05 set, 2025
Foto Destaque: Capa do filme Ainda Estou Aqui (reprodução/Facebook/Participante Anônimo)
Foto Destaque: Capa do filme Ainda Estou Aqui (reprodução/Facebook/Participante Anônimo)
Capa do filme Ainda Estou Aqui.

A The International Federation of Film Critics anunciou que o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” foi o grande vencedor do FIPRESCI Grand Prix. De acordo com a organização, o filme conquistou o prêmio de Melhor Filme de 2025, triunfando sobre obras renomadas como “Brutalista”, “O Agente Secreto” e “Pecadores”.

A Votação

Com a participação de 739 avaliadores de 75 nações, a seleção destacou a obra brasileiro-francesa dentre os filmes que estrearam a partir de 1º de julho de 2024. Walter Sales será homenageado com a premiação na cerimônia de abertura do 73º Festival de San Sebastián, em 19 de setembro, data em que o filme também será apresentado. Esta marcará a sexta vez que o realizador participa do festival espanhol, desde sua primeira aparição com “Terra Estrangeira” em 1995.

Em cartaz em 30 países, “Ainda Estou Aqui” cativou mais de 8,3 milhões de pessoas. No Brasil, após 21 semanas de exibição, o filme despediu-se dos cinemas com cerca de 5,8 milhões de espectadores. Atualmente, está disponível no Globo Play, onde alcançou o maior lançamento da plataforma.


Trailer do filme Ainda Estou Aqui (Vídeo: reprodução/Youtube/ingresso.com)


Primeiro Oscar

O filme alcançou um marco histórico, presenteando o Brasil com sua primeira estatueta do Oscar na categoria de “Melhor Filme Internacional”. No entanto, o grande destaque da noite foi Anora, que conquistou cinco prêmios, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção para Sean Baker e Melhor Atriz para Mikey Madison. Baker, por sua vez, estabeleceu um novo recorde no Oscar, ao receber quatro prêmios pelo mesmo filme, um feito inédito na história da premiação.

A trama, que se passa na década de 70, retrata um Brasil mergulhado em crise sob o jugo da ditadura militar. Inspirada nas lembranças de Marcelo Rubes Paiva acerca de sua mãe, Eunice Paiva, a história verídica acompanha uma mãe de cinco filhos forçada a se redescobrir como ativista após o sequestro do marido pela polícia militar, que o faz desaparecer sob custódia.

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