Diretor do filme “O Brutalista” defende uso de IA  

Segundo ele, o uso da ferramenta não interferiu na atuação dos atores e nos diálogos de língua inglesa

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Foto Destaque: Imagem de divulgação do filme "O Brutalista" (Reprodução/A24/Terra)

Em entrevista para a revista Deadline, Brady Corbet, diretor do filme “O Brutalista”, defendeu o uso da ferramenta de inteligência artificial em seu novo longa-metragem. De acordo com Corbet, todas as imagens do filme foram feitas à mão por artistas. No entanto, o diretor confirma que houve o uso da tecnologia na edição de diálogos em húngaro, para refinar certas vogais. 

O cineasta afirmou que a IA não interferiu nas performances dos atores principais, Adrien Brody e Felicity Jones.  Além disso, Corbet disse que o uso da tecnologia não foi voltado para a criação de imagens e que a equipe editorial do longa criou intencionalmente projeções que parecem renderizações digitais ruins por volta de 1980.


Polêmica sobre o uso de IA em filmes

O editor Dávid Jancsó, em entrevista para a RedShark News, confirmou o uso da inteligência artificial nos sons do diálogo. Para justificar a utilização da ferramenta, o montador que é fluente em húngaro, disse que a língua é uma das mais difíceis de aprender a pronúncia correta. Além disso, o programa foi usado com o consentimento dos atores principais.


Imagem do filme “Emilia Pérez (Foto: reprodução//Paris Filmes/ Cinebuzz)

Outro caso de uso de inteligência artificial em um filme foi no longa-metragem “Emília Perez”. O filme do diretor Jacques Audiard utilizou a tecnologia para a correção de voz da atriz espanhola Karla Sofía Gascón. O engenheiro de som Cyril Holtz, afirmou para o portal CST, que a voz da atriz foi um desafio devido a sua transição de gênero. O técnico de som declarou que, por conta da transição, algumas notas vocais eram difíceis de serem atingidas pela atriz. 

Sinopse de “O Brutalista”

O filme de Brady Corbet conta a história do arquiteto judeu e húngaro László Tóth, e de sua esposa Erzsébet que fogem da Europa no pós-guerra e chegam à América para reconstruirem suas vidas. No novo país, László se estabelece na Pensilvânia, onde conhece o industrial rico Harrison Lee Van Buren que lhe oferece um sonho americano: projetar um grande monumento modernista para moldar a paisagem do novo país que habita. 



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