Goya 2025: “Ainda Estou Aqui” leva Melhor Filme Ibero-Americano

A produção brasileira levou para casa o busto de bronze mais importante do cinema hispano

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Dirigido por Walter Salles, “Ainda Estou Aqui” levou mais um prêmio para casa. Dessa vez, o longa-metragem brasileiro venceu o Goya de Melhor Filme Ibero-Americano. Também conhecido como o “Oscar espanhol”, a premiação é a principal do cinema hispano. O Goya aconteceu no último sábado (08). 

Jorge Drexler, músico e amigo de Salles, representou “Ainda Estou Aqui” na premiação espanhola. Ele já havia vencido o Oscar de Melhor Canção em 2005 pelo filme “Diários de Motocicleta”, também dirigido por Salles.


Ainda Estou Aqui
Postagem oficial em comemoração ao Goya 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@sonypicturesbr)

Fernanda Torres e Salles não participaram da premiação devido a um conflito de agenda. Atualmente, ambos estão na Califórnia para eventos importantes, como a exibição especial de “Central do Brasil” ao lado de Guillermo del Toro e o Festival de Cinema de Santa Barbara, onde Torres receberá uma homenagem especial.

Torres homenageada em Santa Barbara

O Festival Internacional de Cinema de Santa Barbara, na Califórnia, é um dos diversos painéis que servem como um pré-evento ao Oscar 2025. Dessa vez, Torres juntamente com outros nomeados ao Oscar, será homenageada no evento. 

Juntamente com Torres, a espanhola Karla Sofía Gascón também está inclusa no Festival. Esse será, provavelmente, o primeiro encontro entre as atrizes após a onda de polêmicas fomentadas por Gascon.  

No painel, nomes como Sebastian Stan (“O Aprendiz”), Harris Dickinson (“Babygirl”), Ariana Grande (“Wicked”), Mikey Madison (“Anora”) e Selena Gomez (“Emilia Pérez”) também estarão presentes. 

O Festival Internacional de Cinema de Santa Barbara acontecerá entre os dias 4 a 15 de fevereiro. 

Polêmicas de Gascon com Torres

Além de “Emilia Pérez”, Karla Sofía Gascón também protagonizou uma série de polêmicas que vem lhe rendendo mais tempo na mídia do que o musical pessimamente concebido ao lado do francês Jacques Audiard. A atriz vem compondo uma série de acontecimentos que promete deixá-la isolada até mesmo da própria equipe. 


Jacques Audiard junto ao elenco de “Emilia Pérez” (Foto: reprodução/Instagram/@emiliaperezfilm)

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Gascon insinua a existência de uma campanha negativa contra ela e seu loga-metragem, “Emilia Pérez”, na corrida pelo Oscar 2025. A fala não repercutiu bem nas redes e foi o suficiente para levantar uma onda de comentários a respeito das atitudes controversas da atriz. 

Semana antes, Torres havia compartilhado um vídeo pedindo aos fãs brasileiros para não tornar a competição um palco de ódio gratuito e também para enviar apenas amor e boas energias a Gascon. A dicotomia de discursos tornou a atitude da espanhola ainda mais descabida pelo público. 

Em resposta aos atos de Sofía, o público trouxe de volta a luz diversas postagens da atriz no antigo twitter. Datados de 2020, em sua maioria, os textos exprimiam diversos discursos de ódio generalizado, um deles, inclusive, destinado à Academia do Oscar.

Com a repercussão das postagens da atriz, ela se viu sem apoio e deixada aos lobos inclusive por Audiard que criticou severamente a atriz com quem trabalhou e se classificou como decepcionado com as atitudes de Sofía. Além disso, o diretor ainda minou suas relações com a atriz. 

“Não falei com ela e não quero falar. Ela está em uma abordagem autodestrutiva na qual não posso interferir, e realmente não entendo por que ela continua.”

Além de Jacques, Karla Sofía Gascón também foi deixada de lado pela Netflix, que possui os direitos e distribuição do longa. O serviço de streaming afastou a atriz das divulgações e se negou a cobrir seus gastos em eventos oficiais e premiações, como o Oscar. 

A produção chegou aos cinemas brasileiros em 6 de fevereiro de 2025 e enfrenta a retração do público. 

Formado em Design Gráfico, mas com o coração sempre voltado para a escrita, busco me aventurar cada vez mais na área que tanto admiro. Encontrei na oportunidade como redator um caminho para crescer e me desenvolver profissionalmente, desbravando uma área vasta e, muitas vezes, subestimada. Posso não ter muito a dizer, mas tenho um universo inteiro para escrever.
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