O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” conquistou um feito inédito e histórico. O longa, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, teve três indicações ao Oscar 2025 na última quinta-feira (23). Segundo a revista Variety, uma das mais importantes do meio artístico, apontou que os votantes da Academia vão assistir ao filme brasileiro após o feito.
Chances de vitória
Com a vitória no Globo de Ouro 2025 e suas participações em diversos programas nos Estados Unidos, fizeram com que o filme tivesse um retorno positivo para os votantes da premiação mais importante do cinema. O apoio dos internautas brasileiros nas redes sociais também contribuiu positivamente para o filme ser falado no mundo todo e atrair, ainda mais, as atenções dos membros da Academia.
Apesar do barulho feito na indicação ao Oscar, Fernanda Torres não foi indicada aos prêmios SAG e BAFTA. Com isso, a brasileira não vai enfrentar as oponentes pelo prêmio de Melhor Atriz até a data do Oscar. Isso deixa a premiação no escuro para todos. A atriz brasileira terá Demi Moore, Karla Sofia Gascón, Cynthia Erivo e Mikey Madison como concorrentes.
Estatísticas contra
Com a não indicação ao SAG e BAFTA de Fernanda Torres, as estatísticas não ficam a favor da brasileira no Oscar 2025. Desde a criação do SAG Awards, no ano de 1995, só três atores ganharam o prêmio no Oscar sem sequer ser indicado no SAG. Segundo a Variety, as chances de vitória são baixas. A história e as estatísticas não estão do lado de Torres.
Desde o início do SAG Awards em 1995, apenas três atores ganharam um Oscar sem ao menos receber uma indicação ao SAG: Marcia Gay Harden por “Pollock” (2000), Christoph Waltz por “Django Livre” (2012) e Regina King por “Se a Rua Beale Falasse” (2018). Todos os três estavam em categorias coadjuvantes. Ganhar um Oscar de atuação sem indicações ao SAG e ao BAFTA? Harden e King conseguiram isso. Que tal sem os dois mencionados e o Critics Choice? Isso foi apenas Harden. Para Fernanda Torres, uma vitória desafiaria a história.
“Ainda Estou Aqui”
O longa “Ainda Estou Aqui” se passa no Brasil de 1971, em plena ditadura militar brasileira. O filme é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice Paiva e Rubens Paiva. O enredo conta a história de uma mãe de cinco filhos que tem que se reinventar em seu ativismo quando seu marido, na época o deputado federal Rubens Paiva,sequestrado pela ditadura militar e desaparece nas mãos dos militares brasileiros.