Taís Araújo interpreta Elza Soares em cinebiografia da cantora

A atriz Taís Araújo viverá Elza Soares em cinebiografia sobre a artista, segundo anúncio publicado pela revista norte-americana “Variety” nesta terça-feira (27). Com roteiro assinado por Patrícia Andrade e Viviane Pistache, a produção está prevista para começar a ser filmada no segundo semestre de 2026.

A informação foi confirmada por Andrea Barata Ribeiro, produtora da O2 Filmes. A produção também contará com a participação de Fernando Meirelles, cineasta brasileiro reconhecido internacionalmente e indicado ao Oscar.

Roteiro em desenvolvimento

O roteiro está sendo elaborado por Patrícia Andrade (Dois Filhos de Francisco), em parceria com Viviane Pistache (Cangaço Novo). Ainda não há nome confirmado para a direção e nem detalhes sobre os demais integrantes do elenco.

A produtora Andrea Barata Ribeiro destacou que Elza Soares teve uma trajetória marcada por superações, saindo da extrema pobreza e enfrentando tragédias, preconceitos e períodos de esquecimento, sempre com força para recomeçar.

Segundo ela, caso Elza fosse americana, poderia ser colocada ao lado de grandes nomes como Ella Fitzgerald.

Elza Soares em apresentação ao vivo no palco da Casa Natura Musical em 2018 (foto: reprodução/Mauricio Santana/Getty Images Embed)

Trajetória de Elza Soares

Com uma carreira que atravessou mais de seis décadas, Elza lançou 34 álbuns e foi reconhecida mundialmente por sua força vocal e presença artística única.

Entre seus maiores sucessos estão “Canta, Canta Minha Gente”, “Maria da Vila Matilde” e “Façamos (Vamos Amar)”. Seu disco mais recente, “Planeta Fome”, saiu em 2019.

A artista faleceu em 2021, aos 91 anos, deixando um legado musical e social de imensa relevância. Eleita cantora do milênio pela BBC, Elza foi celebrada por sua luta, sua arte e sua representatividade como mulher negra na música brasileira.

Taís Araújo já interpretou Elza anteriormente no longa “Garrincha: Estrela Solitária” (2003) e atualmente se destaca na televisão com o papel de Raquel Acioly no remake de “Vale Tudo”.

O novo projeto reafirma seu compromisso com personagens femininas potentes e histórias que ecoam além da ficção.