Ausência de comando técnico gera incertezas no Santos

Clube enfrenta lentidão em negociações e incertezas ameaçam planejamento de 2025

Manu Almeida Por Manu Almeida
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Foto destaque: Marcelo Teixeira, presidente do Santos (reprodução: Raul Baretta/Santos/Lance)

O Santos atravessa um momento delicado na montagem de sua comissão técnica para 2025, o que tem impactado diretamente o planejamento da próxima temporada. 

Após a saída de Fábio Carille, em novembro, o clube enfrenta dificuldades que atrasam o planejamento da próxima temporada, incluindo decisões sobre o elenco e a preparação para competições importantes, como o Campeonato Paulista, que começa em 15 de janeiro.

Além disso, o time tem compromisso em um amistoso, a Orlando Cup – Pro Series, onde enfrentará o Atlético Nacional-COL em 11 de janeiro, nos Estados Unidos. Campeão da Série B em 2024, o Santos retornará à elite do futebol brasileiro, disputando também a Série A e a Copa do Brasil. 

A diretoria santista prioriza um técnico estrangeiro, e tinha como opção Luís Castro como seu “plano A”. Contudo, o treinador português, que comandou o Botafogo em 2022 e recentemente comandou o Al-Nassr, time de Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita, indicou que só pretende trabalhar novamente no segundo semestre de 2025.

Outra opção considerada foi Gustavo Quinteros, atual técnico do Vélez Sarsfield, mas ele só definirá seu futuro após o fim do Campeonato Argentino.


Técnico Gustavo Quinteros é alvo do Santos para 2025 (Foto: reprodução/Vélez/Lance)

Enquanto o novo treinador não é anunciado, o clube enfrenta dificuldades para fechar contratações, aumentando a pressão sobre a diretoria. O Santos tentou trazer de volta Gabriel Barbosa, ex-Flamengo, mas o atacante acertou com o Cruzeiro. Outro alvo foi Dudu, do Palmeiras, que ainda negocia rescisão contratual.

Além dos desafios esportivos, o Santos precisa lidar com desafios financeiros e de mercado, buscando equilíbrio entre a contratação de um nome de peso e a execução de um projeto esportivo sólido, o que aumenta a complexidade das negociações. A demora na definição do treinador já gera críticas da torcida, que teme que os atrasos possam prejudicar o desempenho nos campeonatos que o clube irá disputar. 

O presidente Marcelo Teixeira comentou a situação em entrevista ao GE, afirmando que a diretoria está trabalhando com cautela para garantir escolhas estratégicas. “Nós estamos recebendo críticas negativas, eu concordo, admito, mas daqui a pouco vocês vão entender por que são essas estratégias. Eu não posso, não consigo divulgar. São compromissos existentes, são contratos que estão… em vigência, eu não posso antecipar fatos”, declarou.

Com as negociações em andamento e o tempo como um inimigo, o Santos precisa agir rapidamente para garantir estabilidade e competitividade na próxima temporada. A definição do treinador será essencial para organizar o elenco e restaurar a confiança da torcida.