5 mulheres no esporte que levaram o Brasil ao pódio

Roberta Rodrigues Por Roberta Rodrigues
7 min de leitura

Se você pesquisar o termo “atleta” no Google, grande parte dos resultados mostram homens. Mas, e as mulheres no esporte, onde estão? Arrasando mundo à fora, com todas as certezas e apostas.

É fato que, lá em 1894, quando surgiram os Jogos Olímpicos, as mulheres eram proibidas de participar ou assistir. No entanto, quatro anos depois, modalidades como golfe e tênis passaram a aceitá-las, uma vez que suas disputas não envolvem contato físico.

À medida que os anos passaram, as atletas femininas provaram na prática que elas poderiam praticar todas as outras modalidades. Graças a elas, hoje podemos celebrar inúmeras vitórias. Principalmente das brasileiras.

Então, que tal conhecermos a jornada dessas mulheres no esporte?

1. Rebeca Andrade


Campeã Olímpica, Rebeca Andrade (Foto: Reprodução/GettyImages


Rebeca nasceu em Guarulhos, município de São Paulo e foi criada pela sua mãe junto com seus 6 irmãos. Sua participação no universo do esporte começou muito cedo e aos seis anos de idade, a atleta já fazia parte do programa de Iniciação Esportiva da Prefeitura.

O programa atende gratuitamente cerca de 5.000 crianças e jovens entre 6 e 17 anos de idade, que se desenvolvem em várias modalidades. Surpreendentemente, aos 8 anos, Rebeca passou a integrar o time de alto rendimento da ginástica olímpica.

Não é à toa que, no auge dos seus 22 anos, Rebeca se tornou uma das favoritas na modalidade para as Olimpíadas de Tóquio: conquistou uma medalha de ouro na disputa de salto e uma de prata no individual geral.

2. Rayssa Leal


Rayssa Leal, medalhista olímpica (Foto: Reprodução/GettyImages)


Nascida em Imperatriz, cidade do Maranhão, Rayssa Leal tem apenas 13 anos e já conquistou o posto de uns dos maiores nomes no mundo do skate. Mesmo muito nova, a jovem tem uma história e tanto dentro do esporte.

Tudo começou aos seis anos, quando um amigo do seu pai enxergou na menina um grande potencial. Tanto é que não demorou muito para que Rayssa viralizasse na internet com o vídeo que garantiu o seu apelido de “fadinha do skate”.

Vestida de Sininho, personagem da Disney, a atleta acertou um heelflip – manobra em que o skate sai do chão e dá um giro inteiro para o lado. E esse foi só o começo de um futuro repleto de apresentações e títulos.

Em 2021, Rayssa conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio,e, logo em seguida, faturou o campeonato SLS (Street League Skateboard), em Los Angeles.

3. Ana Marcela Cunha


Ana Marcela, campeã olímpica (Foto: Reprodução/GettyImages)


A baiana Ana Marcela começou a nadar com dois anos de idade e, desde então, não parou mais. Aos 12, foi convocada para a Seleção Brasileira de piscina e com 14 já nadava em águas abertas. Atualmente, a atleta carrega um dos maiores nomes da categoria e já foi eleita seis vezes a melhor do mundo em maratona aquática.

Sua primeira Olimpíada foi a de 2008, aos 16 anos, em Pequim. Na sequência, não se classificou para a competição em Londres, mas voltou em 2016 para os Jogos do Rio de Janeiro.

A nadadora também integra o Programa Atletas de Alto Rendimento do Ministério da Defesa, além de ser terceiro-sargento da Marinha e ter prestado continência após a vitória de 2021, em Tóquio.

Nas águas da do Parque Marinho de Odaiba, Ana Marcela se consagrou mais uma vez. Desde o início da prova se manteve entre as primeiras colocadas, demonstrando resistência e tática.

4. Mayra Aguiar


Mayara Aguiar, medalhista olímpica (Foto: Reprodução/GettyImages)


Gaúcha e natural de Porto Alegre, Mayra começou a lutar judô aos seis anos de idade e passou por diversos esportes até se encontrar na modalidade. A atleta teve aulas de balé, atletismo, além da natação e ginástica olímpica. Mas, não teve jeito: o amor veio pelo tatame!

Aos 14 já integrava a Seleção Brasileira Júnior de Judô e, aos 15, conquistou sua primeira medalha em Campeonatos Mundiais de acordo com sua idade. Foi só questão de tempo para surgirem mais oportunidades, medalhas e muito reconhecimento.

No entanto, foi somente em 2021, no templo de artes marciais Nippon Budokan que a atleta se tornou a primeira brasileira com três medalhas olímpicas em um esporte individual. Mayra conquistou a medalha de bronze na categoria meio-pesado (até 78kg), por manter a sul-coreana Hyun-Ji Yoon imobilizada durante 20 segundos.

5. Bia Ferreira


Bia Ferreira, medalhista olímpica (Foto: Reprodução/GettyImages)


A soteropolitana Bia Ferreira carrega o boxe em seu sangue e tornou-se atleta da modalidade por influência do pai, Raimundo Ferreira, antigo tricampeão baiano e bicampeão brasileiro.

Em 2016, Bia foi convidada pela Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) para auxiliar outra medalhista olímpica, Adriana Araújo, nos Jogos do Rio de Janeiro. Logo após o período de treinamentos, ela foi indicada pela própria entidade como atleta revelação de alto rendimento da modalidade.

No ano seguinte, a judoca tornou-se titular de sua categoria na seleção brasileira, e segue em plena ascensão na carreira. Desde então, Bia lutou em 28 competições e ganhou 27 medalhas.

Entretanto, a mais importante delas chegou no fim nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, quando a pugilista conquistou uma medalha de prata e uma de ouro, na categoria leve (até 60kg).

Por fim, além de conhecer as histórias de vida de 5 mulheres no esporte que levaram o Brasil ao pódio, aprendemos também que seja no esporte, na política, na música ou em qualquer outra profissão, lugar de mulher é onde ela quiser! Quais são os seus palpites sobre os próximos passos – ou medalhas – dessas atletas na próxima edição dos Jogos Olímpicos?

 

Foto destaque: Mulher fazendo ginástica artística. Reprodução/Divulgação

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