COB mantém esperanças para as Olimpíadas apesar de desafios em 2023

Mariana Suzuki Por Mariana Suzuki
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O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) permanece otimista em meio a resultados difíceis em 2023, marcados por atletas lesionados, exaustos e enfrentando desafios de saúde mental durante um ciclo olímpico reduzido a apenas três anos. 

Os atletas enfrentam altos e baixos em meio a um ciclo olímpico mais curto e inúmeras adversidades, enquanto o COB mantém a confiança para os próximos jogos.

Desafios para as próximas Olimpíadas

Em entrevista ao portal ge, Ney Wilson, diretor de esportes de alto rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), essas oscilações nos resultados não são motivo de alarme, mas sim parte natural do esporte de alto nível. “Esses altos e baixos de resultados não são coisas que acendem o alerta, não vejo como alerta, vejo como natural. A gente teve alguns insucessos esperados”, afirmou Wilson. Ele também destacou a importância de compreender o momento de cada atleta, especialmente aqueles que enfrentaram desafios de lesões ou fizeram escolhas pessoais, como Isaquias Queiroz e Alison dos Santos.

Isaquias Queiroz, quatro vezes medalhista olímpico na canoagem, optou por um ano sabático em 2023, passando mais tempo com a família e treinando menos. Enquanto isso, Alison dos Santos, campeão mundial nos 400m com barreiras em 2022, enfrentou cinco meses de recuperação de lesão.


Alison dos Santos fica fora do pódio e termina em 5º lugar na final dos 400m. Foto: Reprodução/Sanzy_lifestyle


Outros nomes de destaque, como Mayra Aguiar, do judô, e Bruno Fratus, na natação, ainda não competiram em 2023. Ana Marcela, especialista em águas abertas, enfrentou uma longa recuperação de lesão e ficou em quinto lugar no Mundial. Essas situações atípicas levantam a discussão sobre a dificuldade dos atletas em lidar com um ciclo olímpico mais curto, de apenas três anos, entre 2021 e 2024.

Um ano atípico para os atletas

Normalmente, os atletas têm um período pós-Olimpíadas para se recuperarem antes de iniciar um novo ciclo de treinamento. Contudo, com apenas três anos entre os Jogos, essa pausa não foi uma opção. Segundo a psicóloga do esporte, Carla Di Pierro, ressaltou que essa redução no tempo de recuperação pode aumentar a ansiedade e a pressão sobre os atletas, tornando o planejamento ainda mais crucial.

Apesar dos desafios enfrentados pelos atletas brasileiros em 2023, Wilson mantém o otimismo em relação aos Jogos de Paris. “A gente caminha bem para fazer ótimos Jogos Pan-Americanos e chegar muito bem nos Jogos Olímpicos, mantendo o padrão de resultados dos últimos dois ciclos olímpicos”, afirmou. À medida que o Brasil continua sua preparação para os Jogos Olímpicos de Paris, a resiliência e a determinação dos atletas serão testadas mais uma vez, na busca pelo sucesso no palco esportivo mundial.

Foto destaque: Isaquias Queiroz e Jacky Goldmann conquistam vaga na semifinal do Mundial da canoagem na Alemanha. Reprodução: Fábio Canhete/ CBCa

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