Com possível mudança no calendário, FIFA se envolve em mais uma polêmica

Com possíveis mudanças no calendário, a FIFA vem acumulando polêmicas. O plano de transformar completamente o calendário a partir de 2024, tendo como vitrine principal a Copa do Mundo a cada dois anos, e não a cada quatro anos como de costume, desde sua criação em 1930, foi a mais recente. Por outro lado, a […]

05 out, 2021

Com possíveis mudanças no calendário, a FIFA vem acumulando polêmicas. O plano de transformar completamente o calendário a partir de 2024, tendo como vitrine principal a Copa do Mundo a cada dois anos, e não a cada quatro anos como de costume, desde sua criação em 1930, foi a mais recente. Por outro lado, a entidade promete agrupar jogos da seleção nacional para reduzir o número de viagens de atletas e a interrupção de torneios de clubes.

Em entrevista ao colunista Martín Fernandez, publicada pela GE, Arsene Wenger, ex-treinador do Arsenal e entusiasta do projeto, explicou que pretende “tornar o calendário mais simples e claro”, “focar em jogos verdadeiramente significativos”, respeitando os jogos de clubes e seleções da temporada. “Esse movimento é consistente com outros esportes promovidos pela organização, por exemplo, a partir de 2026, o número de participantes da Copa do Mundo na América do Norte aumentou de 32 para 48 países.”

Confederações da Ásia e da África mostraram mais simpatia ao projeto e ao novo calendário.

 

Confronto

Por outro lado, há resistência nos dois principais centros do esporte: Europa e América do Sul. Se a Copa for realizada a cada dois anos, terá impacto nas partidas da Copa do Mundo Feminina e no Futebol Olímpico. O gerente provou isso em entrevista ao “Times” britânico. Mas se considerarmos que a maioria dos países da UE raramente participam de Campeonatos do Mundo, eles também têm margem para ver a vantagem de aumentar a frequência dos eventos.

Em nota, afirmou que, “Sem o consentimento dos jogadores, eles dão vida a todos os jogos em campo, essas reformas não terão a legitimidade necessária”. Em nota divulgada no mês passado, a organização expressou preocupação com a mediocridade do jogo, alegando que é quase impossível administrar um novo calendário, e que não há motivos esportivos para afetar o tempo de preparação da equipe para grandes eventos. 

 

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Competição

A proposta da FIFA segue uma tendência mundial, buscar grandes jogos que possam gerar muita receita e atrair um grande público. Alguns clubes, que reclamam da sobrecarga de horários, recentemente deixaram claro que querem criar a Superliga, o que poderia agregar uma nova data ao bolo.

Nesse sentido, aumentar a frequência das competições é um grande erro, acredita o fundador da Fort Consulting, Ricardo Fort, que vê a atual campanha da entidade como “uma campanha de comunicação bem planejada para convencer as pessoas de que essa é uma boa ideia” e fez uma enquete, cujo resultado foi determinado por interesse próprio: 55% dos torcedores votaram nela Copa mais frequente partidas (30% esperam que aconteça a cada dois anos.

 

Não há saída

Com possível mudança no calendário, FIFA se envolve em mais uma polêmicaCom possível mudança no calendário, FIFA se envolve em mais uma polêmica

Boa participação de Neymar em disputa de bola com rival. (Foto Destaque: Lucas Figueiredo/ CBF)


O novo calendário ainda precisa tomar forma, não está claro se seu design pode realmente reduzir o número de jogos enfadonhos e alocar melhor as janelas de chamada. É preciso também ouvir as opiniões dos clubes, que detêm os direitos dos jogadores e pagam pelo futebol ao longo do ano. Fort acredita que se a FIFA encontrar uma solução que permita aos jogadores atuar menos, as eliminatórias forem mais organizadas e houver menos janelas de viagens, pode funcionar. Essa ideia não é totalmente estranha, depende muito de como vai ser feito, pois pode beneficiar muitas pessoas que hoje não estão envolvidas.

 

Foto Destaque: Gianni Infantino é o atual presidente da FIFA. Reprodução/Arnd Wiegmann/Reuters

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