Comitê da UEFA determina novas medidas financeiras

Naluh Braga Por Naluh Braga
3 min de leitura

O Comitê Executivo da Uefa, órgão gestor do futebol europeu, aprovou na manhã desta quinta-feira, 06, os novos regulamentos de licenciamentos de clubes e de “fair play” financeiro. Segundo a própria confederação europeia, essa mudança é a mais significativa desde 2010, quando as regras financeiras foram introduzidas pela entidade.  

O novo regulamento de “fair play” financeiro foi chamado de “plano de sustentabilidade”. Esse novo sistema passará a valer a partir de junho desse ano e oferece um período de três anos para a adaptação. De acordo com o plano de sustentabilidade, os clubes de futebol poderão gastar até 90% das receitas totais durante o primeiro ano de vigência do novo conjunto de regras, 80% durante o segundo ano e por fim, terão que gastar 70% das receitas a partir do terceiro ano. Haverá, também, a introdução de uma regra de custo de elenco, para consolar salários e investimentos em transferências.  

Em adição a todas as regras já citadas, o patrimônio líquido dos clubes deve ser positivo no dia 31 de dezembro do ano anterior, ou ter aumentado em 10% em relação à mesma data da temporada antecessora.  


 Aleksander Ceferin sentado no centro, durante reunião do Comitê Executivo da Uefa (Foto: Reprodução/Getty Images) 


“As primeiras regulamentações financeiras da Uefa serviram aos propósitos iniciais. Ajudaram a levantar as finanças do futebol europeu e revolucionaram como os clubes são geridos. Porém, a evolução da indústria e os inevitáveis efeitos da pandemia mostraram a necessidade de uma grande reforma, com novas regras de sustentabilidade financeira”,  afirmou o atual presidente da Uefa, Aleksander Čeferin. 

Durante a reunião do comitê também foi estabelecido que diante eventuais infrações, as penalidades aplicadas serão de ordem financeira pré-definida e também de ordem esportiva. Além disso, haverá uma fiscalização a cada trimestre e menos tolerância a maus pagadores. Por outro lado, o chamado “desvio aceitável” de déficit subiu de € 30 milhões em três anos para € 60 milhões em três anos, levando em conta todas as despesas relacionadas.  

 

 Foto destaque: UEFA. Reprodução/Divulgação

Deixe um comentário

Deixe um comentário