Copa do Mundo: Os craques que nunca foram campeões do torneio

Bruno Gama Por Bruno Gama
9 min de leitura

A Copa do Mundo é o evento futebolístico que reúne os maiores jogadores de cada nação do planeta, e, consequentemente, alguns deles nunca conseguiram levantar o troféu mais cobiçado da história. Lendas como Zico, David Beckham e Yashin estão entre os nomes que nunca conquistaram o Mundial.

 

Arthur Friedenreich

O primeiro nome da lista foi o primeiro grande craque brasileiro Arthur Friedenreich, que nunca teve a chance de disputar a competição. O ‘El Tigre’ foi responsável por marcar o gol do primeiro grande título da Seleção Brasileira (o Sul-Americano de 1919). O centroavante ficou de fora da Copa do Mundo de 1930, no Uruguai, por motivos políticos.

A Associação Paulistas de Esportes Atléticos (Apea), na época, queria integrantes do estado na comissão técnica, mas a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), essencialmente carioca, não concordou, culminando no rompimento da relação entre as entidades. Com isso, Friedenreich acabou sendo um dos jogadores paulistas destaques não convocados. O brasileiro terminou sua carreira sendo o maior artilheiro da história do futebol, com 1329 gols.

 

Leônidas da Silva

O inventor do chute de bicicleta também entra para a lista dos craques nunca conquistaram o Mundial. Leônidas participou da Copa do Mundo de 1934, na Itália, e da Copa do Mundo de 1938, na França; nesta última se consagrou o primeiro brasileiro a ser artilheiro do torneio, marcando sete gols. Nessa edição, o Brasil foi eliminado na semifinal para a Itália em que o ‘Diamante Negro’ foi poupado pelo até então técnico Ademar Pimenta.

 

Ademir

Um dos destaques daquela seleção que viveu o Maracanazzo na Copa do Mundo de 1950. Ademir também foi artilheiro do torneio, marcando nove gols. O atacante foi vice-campeão mundial com o Brasil, perdendo de 2 a 1 para o Uruguai.

 

David Beckham

O inglês que era astro dentro e fora das quatro linhas, Beckham surgiu como a nova esperança da Inglaterra para buscar o segundo título Mundial, porém, a expectativa não foi traduzida em título.

Em 1998, os ingleses foram eliminados pela Argentina, nas oitavas de final, e Beckham ainda foi expulso após chutar Diego Simeone. Em 2002, na Coreia do Sul e Japão, viu o Brasil virar o jogo com uma belíssima cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho. Já em 2006, se lesionou durante as quartas de final e deu adeus ao título após a Inglaterra perder para Portugal.


Beckham não foi capaz de trazer a tão sonhada Copa aos ingleses (Foto: Reprodução/Twitter)


 

Ferenc Puskás

Considerado o maior jogador da história da Hungria, Puskás era o principal jogador da seleção que encantou o planeta nos anos 50. A seleção húngara era cotada como favorita na Copa de 1954, na Suiça, devido a conquista do ouro nas Olímpiadas de Helsinque, em 1952, e por emplacar a primeira derrota da poderosa Inglaterra, em pleno Wembley, no ano de 1953. Porém, o título ficou com a Alemanha Ocidental.

Puskás ainda disputou a Copa do Mundo de 1962, pela Espanha, convocado devido ao status de ídolo no Real Madrid (permissão concedida pela Fifa, na época), mas não chegou a balançar as redes.

 

Alfredo Di Stéfano

Outra estrela do futebol que não chegou sequer a disputar uma Copa do Mundo. Di Stéfano foi ídolo em diversos clubes, como River Plate, Milonarios e Real Madrid. Seus feitos nos clubes lhe renderam convocações para disputar o Mundial por três países: Argentina, Colômbia e Espanha. Porém, o problema foi o desencontro das seleções com a Copa.

Em 1950, a Argentina se recusou a participar do torneio, por conta de uma promessa quebrada pelo presidente da Fifa da época, Jules Rimet, de que o Mundial seria disputado em solo argentino. Em 1954, Di Stéfano, assim como outros craques, debandaram para a Liga Pirata da Colômbia, mas como a competição não possuía vínculo com a Federação Colombiana de Futebol e a Fifa, não pôde participar. Já em 1958, a Espanha, que passou a convoca-lo, não se classificou para o Mundial daquele ano.

 

Lev Yashin

Eleito pela Fifa como o melhor goleiro do século XX, foi responsável por garantir as melhores campanhas da União Soviética na Copa do Mundo. O ‘Aranha Negra’ levou sua seleção às edições de 1958, na Suécia, e de 1962, no Chile. Os soviéticos eram tidos como favoritos por suas conquistas anteriores, o ouro na Olímpiadas de 1956 e o título da Eurocopa de 1960, porém, foram eliminados pelos anfitriões em ambas as ocasiões. O arqueiro chegou a disputar a Copa de 1966 e conquistou o quarto lugar, melhor campanha da história do país. Em 1970 foi reserva e o jogador mais velho do torneio, com 40 anos.


 

O lendário goleiro russo também não conquistou a Copa do Mundo (Vídeo: Reprodução/YouTube)


 

Eusébio

Um dos maiores nomes da história do futebol português, Eusébio o principal responsável por levar a seleção portuguesa ao terceiro lugar na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. O ‘Pantera Negra’ bateu o Brasil e consagrou-se o artilheiro daquela edição, com nove gols. A Copa de 66 foi a única disputada na carreira.

 

Johan Cruyff

Símbolo da famosa ‘Laranja Mecânica’, Cruyff não foi capaz de dar o título Mundial à sua seleção. Disputou apenas a Copa do Mundo de 1974. A Holanda ficou com o vice-campeonato, perdendo para a Alemanha Ocidental. O jogo foi marcado pela marcação ferrenha dos alemães em cima do holandês.

 

Zico

O maior ídolo da história do Flamengo, Zico era peça central na seleção de 80, mas também não conseguiu a conquista. O meio-campista acumulou diversas frustrações, perdendo as Copas de 1978, 1982 e 1986. Sua trajetória foi marcada pelas derrotas para a Itália e França, sendo que neste último item perdeu um pênalti no tempo regular nas quartas de final.


Um dos maiores meias de todos os tempos, Zico nunca conquistou a Copa (Foto: Reprodução/Twitter)


 

Michel Platini

Platini, um dos maiores nomes do futebol francês, só pôde ver seleção francesa ser campeã anos depois de sua após a aposentadoria. Disputou três Copas do Mundo (1978, 1982 e 1986). As duas últimas foram as que a França foi mais longe, eliminada na semifinal e terceira posição, respectivamente.

 

Roberto Baggio

Responsável por eternizar uma das maiores narrações de Galvão Bueno, Baggio disputou três Copas do Mundo, sendo a primeira em 1990. Depois de amargar a terceira posição em 90, o italiano chegou à Copa de 1994, nos Estados Unidos, com o status de melhor jogador do mundo. Nas disputas de pênalti contra o Brasil, o ‘Codino Divino’ chutou por cima do travessão e deu o quarto título Mundial à Seleção Brasileira. Até hoje é o maior artilheiro da Itália em Copas do Mundo, com nove gols, ao lado de Paolo Rossi e Christian Vieri.

 

Foto em destaque: A taça mais cobiçada entre os craques de todo o mundo. Reprodução/Twitter

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