Diniz avalia empate com Venezuela e prepara equipe para o Uruguai

Alanis Zamengo Por Alanis Zamengo
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Após o empate por 1 a 1 com a Venezuela, nesta quinta-feira (12), o técnico Fernando Diniz deixou a Arena Pantanal com um gosto amargo. O comandante não hesitou em elogiar o desempenho da Seleção, argumentando que não foi uma partida ruim. Além disso, ele fez questão de apoiar Neymar, que foi atingido por um saco de pipoca na saída do campo.

“Eu reprovo complemente. Xingar e vaiar, tudo bem. Arremessar um balde de pipoca não agrega em nada para ninguém. É desrespeitoso com quem veio jogar e tentou fazer o melhor possível”, comentou.

Quando questionado sobre a atuação da seleção brasileira, o treinador não hesitou em rebater as críticas que sugeriam um desempenho abaixo do esperado diante da Venezuela. Diniz destacou as diversas oportunidades criadas pela equipe ao longo dos 90 minutos, mas ao mesmo tempo, reconheceu que a execução dos movimentos deixou a desejar. E depois, ele apontou o estado do gramado como um fator a ser levado em consideração.

Fernando Diniz resumiu a atuação da equipe apontando dois principais problemas. Primeiro, a falta de eficiência na finalização das jogadas, apesar das oportunidades criadas. Em seguida, mencionou a vulnerabilidade a contra-ataques e uma falha no gol sofrido pela Venezuela. Ele argumentou que, embora tenha havido dificuldades, a equipe não teve um desempenho ruim, mas a finalização das jogadas e as condições climáticas influenciaram o resultado.


Seleção Brasileira durante a partida Brasil x Venezuela, pela terceira rodada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. (Foto: reprodução/Vitor Silva/CBF)


Perda de 100% de aproveitamento

O Brasil enfrentou dificuldades na Arena Pantanal, perdendo pontos pela primeira vez nesta edição das eliminatórias. A Seleção começou com vantagem, quando Gabriel Magalhães marcou de cabeça no segundo tempo, capitalizando em um cruzamento de Neymar. Entretanto, no final da partida, a concentração escapou, resultando em brechas no meio campo que levaram ao gol de empate de Eduard Bello.

O técnico alegou que o time teve várias oportunidades para marcar, mantendo o goleiro adversário ocupado. No entanto, ele reconheceu que enfrentar a seleção venezuelana é desafiador. Apesar do volume de chances criadas, a equipe brasileira não conseguiu aproveitá-las, enquanto o adversário conseguiu tirar proveito da única oportunidade que teve.

O empate em Cuiabá foi um revés para a Seleção, resultando na perda de seu 100% de aproveitamento perfeito nas eliminatórias sul-americanas rumo à Copa do Mundo de 2026. Agora, o Brasil ocupa a segunda posição, somando sete pontos. A liderança isolada pertence à Argentina, que venceu seus três jogos até o momento.

Mudanças no segundo tempo

Diniz explicou que as substituições de Gerson e André no segundo tempo não foram consideradas um problema. Ele declarou que o time estava sentindo o calor e se espaçando, e as mudanças foram planejadas. O treinador elogiou o desempenho dos jogadores que entraram e afirmou que houve controle da situação. Ele também justificou a substituição de Casemiro devido a uma pancada no tornozelo e não acreditava que a equipe ficou desguarnecida por causadas trocas.

Fernando Diniz expressou que, independentemente do estilo de jogo, a expectativa para o próximo jogo contra o Uruguai é alta. Ele mencionou que a tendência de o Uruguai adotar uma postura agressiva, semelhante ao que ocorreu no jogo contra o Peru. A ênfase está na necessidade de a equipe estar preparada para qualquer cenário.

“Não dá para ficar fazendo previsão. A gente tem que estar preparado para todos os cenários. A tendência, pelo que o treinador gosta, é que o Uruguai seja agressivo. É uma previsão, mas a gente não sabe o que vai acontecer no jogo”, manifestou o técnico ao ser perguntado sobre a expectativa para o próximo duelo.

Em seguida, o comandante da seleção brasileira comentou sobre a situação do gramado da Arena Pantanal, destacando que faz parte do contexto do jogo. Ele não culpou o campo como principal motivo para o empate, mas reconheceu que o campo era diferente do que os jogadores estavam acostumados, e o calor também foi um fator complicador. Contudo, ele enfatizou que não se pode atribuir a culpa do empate apenas ao campo ou ao calor, já que a equipe teve chances, e o gol sofrido poderia ter sido evitado devido a desajustes na marcação.

Próximo desafio

Agora, o Brasil enfrenta o Uruguai na próxima terça-feira (17), às 21h (horário de Brasília), no Estádio Centenário, em Montevideo, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026.

Foto Destaque: Fernando Diniz em coletiva de imprensa após partida Brasil x Venezuela pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Reprodução/Vitor Silva/CBF

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