O treinador do Botafogo, Luís Castro, fez ontem (25) uma série de reclamações sobre a segurança da partida e o desempenho emocional dos jogadores da Estrela Solitária após a derrota por 1 a 0 para o Flamengo, pela nona rodada do Campeonato Carioca, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Na ocasião, o Glorioso enfrentou um Flamengo composto por reservas e jogadores da categoria sub-20. O gol sofrido aconteceu aos 30 segundos de jogo e, além disso, o gol botafoguense, que seria o de empate, foi anulado pelo VAR; e três jogadores do Botafogo foram expulsos por reclamação, nos acréscimos da segunda etapa: Tiquinho e Marçal, em campo, e Joel Carli, no banco de reservas.
Castro ficou irritado ao citar a entrada de policiais para separar jogadores da comissão de arbitragem, alegando que os mesmos dão a impressão de que as equipes do Brasil são “violentas”:
“Agora faço eu a pergunta. Assistimos jogos em todos os continentes, e há polícia em campo? Me respondam. O Flamengo e Botafogo estava sendo visto na Europa, e que imagem estamos vendendo? Polícia de Choque em campo? Eu não cheguei para mudar nada, só para fazer meu trabalho. Mas como um técnico é empurrado pelos bastões da polícia para não falar com o árbitro? Eu sou assassino? Vou roubar o árbitro? Vou agredir? Mesmo que eu vá insultar, há a justiça esportiva para isso. Não é espaço para a polícia! É uma vergonha o que aconteceu hoje. A CBF não deveria permitir polícia em campo. Passa a imagem de que somos selvagens, e não somos. Todos os jogadores meus que chamarem o árbitro de filho da… devem ser expulsos, e os do Flamengo também. Eu assumo a culpa da derrota, sou o líder. Mas todos os agentes do jogo precisam assumir a responsabilidade. O estado do campo é outra coisa, tem que ser cuidado”
– Luís Castro, em entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 para o Flamengo.
O treinador do Botafogo, Luís Castro, atuando no estádio Mané Garrincha. Reprodução: Vitor Silva/Botafogo/ESPN
Além da questão policial, Castro também falou sobre a atuação da arbitragem na partida. Segundo o treinador do Glorioso, o critério de expulsões deveria ser o mesmo para ambas as equipes: “Estão três equipes em campo. Normalmente os jogos entre Flamengo e Botafogo e os outros clássicos no Brasil são muito emocionais. A terceira equipe, a de arbitragem, é para colocar calma no jogo e obrigar os jogadores a se comportarem e termos 11 jogadores de cada lado até o fim. Não sei se recordam, mas no início do jogo um lance retratou o que poderia acontecer na partida: o árbitro a fugir na frente dos jogadores do Flamengo. Achei estranho, acho que mostrou que estava um pouco fora do que é o papel do árbitro. Por que não fugiu da frente do Tiquinho? Se fugiu uma vez, tem que fugir de todas. Nós também precisamos fazer nossa reflexão, porque não podemos em dois jogos terminar com nove. O lado emociona precisa ser avaliado. Confesso que é surpresa para mim, normalmente terminávamos com 11”.
Luís Castro também falou sobre o desempenho do Botafogo em campo. Para ele, as oportunidades geradas precisavam de aproveitamento para o empate e, até mesmo, a virada:
“Respeito a opinião de que o Botafogo não fez uma boa partida. Normalmente a equipe que perde, a opinião pública diz que não foi bem. Temos que aceitar. Também acho que poderíamos ter ido melhor. O que tínhamos que ter feito era ter concretizado em gol as chances que tivemos. E não sofrer um gol em um erro nosso. O jogo teria sido totalmente diferente” – Luís Castro sobre o desempenho do clube no Mané Garrincha.
O próximo jogo do Botafogo será na próxima quinta-feira, 02 de março, contra o Sergipe, pela primeira rodada da Copa do Brasil, às 20h (horário de Brasília), no Estádio Estadual Lourival Baptista.
Foto Destaque: o treinador do Botafogo, Luís Castro em entrevista coletiva pós-jogo. Reprodução: globoesporte