Com a vitória sobre o Atlético Nacional na última terça-feira (17), por 3 a 1, o Palmeiras conquistou a sua vaga na final da Libertadores Feminina, além de garantir que esta será uma final entre brasileiros. As alviverdes esperam o confronto entre Corinthians e Internacional, que acontecerá as 21h30 desta quarta-feira (18), para saber quem serão suas adversárias.
Histórico na competição
O Brasil é o país com mais títulos da Libertadores na história da competição, com 11 troféus. Chile, Colômbia e Paraguai ganharam uma vez cada. Porém, essa será apenas a segunda edição com uma final entre brasileiros desde a criação do torneio.
A primeira final brasileira aconteceu em 2019, entre Corinthians, campeão do Brasileirão de 2018, e a Ferroviária, quarto colocada da competição. O vice-campeão, que foi o Rio Preto, havia sido desativado, enquanto o terceiro colocado, o Flamengo, preferiu não participar. O placar da final foi um 2 a 0 para o alvinegro, garantindo o seu segundo título continental.
Em 15 edições, o Brasil contou com três participantes em oito oportunidades, incluindo a atual competição.
Até o momento, apenas duas finais foram perdidas por brasileiros. Em 2012, o Colo-Colo superou o Foz Cataratas nos pênaltis, enquanto em 2018, também nos pênaltis, o Atlético Huila venceu o Santos.
Amanda Gutierrez em partida contra o Atlético Nacional durante a fase de grupos (Foto: Reprodução/X/@LibertadoresFEM)
O caminho até a final
A equipe do Palmeiras existe desde 1997, porém foi desativada em 2012. O elenco feminino só voltou a disputar torneios em 2019, após uma ação conjunta da CBF e da Conmebol. As duas entidades passaram a exigir que clubes da Série A do Brasileirão, além de participantes da Libertadores e da Sul-Americana, tivessem times femininos. Antes de serem campeãs, em 2022, o time não havia sequer participado da Libertadores.
O sucesso da equipe, conforme relata a diretoria, se deve a criação de um orçamento exclusivo para o clube feminino, utilizado para a estruturação do Centro de Treinamento, salários para as atletas, alimentação, moradia e outros direitos comuns, mas que não eram realidade para a modalidade.
Vic Albuquerque após marcar contra o Internacional, na final do Brasileirão Feminino 2022 (Foto: Reprodução/X/@SCCPFutFeminino)
Os duelos das semifinais
Palmeiras e Atlético já haviam se enfrentado na fase de grupos, na última rodada. O Verdão venceu por 4 a 3, com dois gols de Bia Zaneratto, um de Lorena Benítez e um de Flávia Mota, enquanto o time colombiano marcou com Sara Córdoba, Marcela Restrepo e Espinales. Essa vitória deu ao Palmeiras a melhor campanha da fase de grupos.
Dessa vez, o placar foi 3 a 1, com mais um gol de Bia Zaneratto e dois de Amanda Gutierrez. Empatada com Priscila, do Internacional, Bia é a atual artilheira da competição, com seis gols, além de ser líder em assistências, também com seis.
No outro lado da chave, Corinthians e Internacional reeditam a final do Campeonato Brasileiro 2022, que garantiu a vaga do Internacional na competição sul-americana. Na ocasião, as duas equipes empataram no Beira-Rio por 1 a 1, e as alvinegras venceram por 4 a 1 na Neo Química Arena.
Veja as finais de Libertadores Feminina
2009: Santos 9 x 0 Universidad Autónoma
2010: Santos 1 x 0 Everton de Viña del Mar
2011: São José-SP 1 x 0 Colo-Colo
2012: Foz Cataratas-PR 0 (2 x 4) 0 Colo-Colo
2013: São José-SP 3 x 1 Formas Íntimas
2014: São José-SP 5 x 1 Caracas
2015: Ferroviária 3 x 1 Colo-Colo
2016: CS Limpeño 2 x 1 Estudiantes de Guárico
2017: Colo-Colo 0 (4 x 5) 0 Audax/Corinthians
2018: Atlético Huila 1 (5 x 3) 1 Santos
2019: Ferroviária 0 x 2 Corinthians
2020: América de Cali 1 x 2 Ferroviária
2021: Santa Fe 0 x 2 Corinthians
2022: Boca Juniors 1 x 4 Palmeiras
Foto destaque: Jogadoras do Palmeiras comemorando um gol. Reprodução/X/@Palmeiras