Sampaoli fala sobre o que espera do Flamengo e de substituição de Pedro

Bruno Magalhães Por Bruno Magalhães
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Após o jogo realizado nesse domingo de manhã (23/04) entre Internacional e Flamengo em Porto Alegre, a onde o time rubro negro saiu derrotado pela primeira vez sob o comando técnico de Jorge Sampaoli de virada de 2 a 1 para o time gaúcho, o comandante argentino elogiou a postura do Flamengo e disse que faltou “eficácia e contundência” para vencer o jogo.

– Penso que o time melhora durante o jogo. Teve muita possibilidade de fazer mais de um gol. Mas o futebol é contundência. Contundência nas áreas. E aí o time perdeu um jogo onde o desenvolvimento foi melhor, mas no final não – disse Sampaoli

O treinador também comentou sobre a substituição de Pedro, a onde o argentino afirmou que via o Flamengo “neutro” com dois centroavantes e precisava de mais volume.


Jorge Sampaoli,  treinador do Flamengo em jogo contra o Internacional (Foto-Reprodução/Getty Images)


– Eu penso que, com tanto domínio, o time tinha que concretizar mais. Faltou eficácia no último toque na área. A substituição teve relação direta com o que o time precisava: de mais volume. Até a mudança do Pedro, o time estava neutro. Quando vejo que o time está neutro, eu tomo decisões. Era um centroavante ou outro. E tomei a decisão pelo Gabigol – explicou o treinador rubro-negro 

Outros tópicos abordados por Jorge Sampaoli 

Falta de eficácia da equipe 

– De arbitragem eu não falo nunca. A ideia é que o time construa desde baixo. E trate de chegar ao campo rival com mais posse de bola e com maiores possibilidades com a bola. E que não jogue um jogo de ida e volta. Venho falado isso desde a minha chegada.

– O time hoje teve momentos muitos bons de jogo, mas não aproveitou em frente ao gol rival. E o rival com muito pouco acabou ganhando o jogo.

Pontos chaves que levaram o Inter a vitória sobre o Flamengo 

– O Inter estava muito feliz com o empate, mas em dois laterais eles nos pegam mal posicionados e fazem dois gols em jogadas totalmente isoladas. Acredito que o Internacional esteve melhor nos 10 minutos iniciais do segundo tempo, onde eu começo a pensar a trocar o esquema e os jogadores. Vi que o time não dava resposta ao posicionamento do Flamengo.

– Futebol é isso: pura contundência. O Flamengo teve nove ou 10 chances de gols, mais aproximação, mais a bola e não conseguiu ganhar. São coisas que temos de aprender porque se nós não dermos aproveitamento à bola e às vantagens posicionais obviamente que o rival segue vivo e, em uma jogada, pode matar o jogo, como foi hoje.

Substituições que não surtiram efeito desejado

– Considero que, sob o ponto de vista da contundência, eu errei, e o treinador rival ganhou. Se o time tivesse convertido dentro das nove ou 10 chances no segundo tempo, estaríamos falando de outra coisa. Penso que hoje a contundência hoje não está relacionada ao treinador, está relacionada aos jogadores. Futebol é dos jogadores. Eles que definem o jogo, que perdem e que ganham muitas vezes.

– Os treinadores podem ter alguma incidência em algum caso. Suponhamos que o treinador erra quando perde e acerta quando ganha. A preocupação do treinador é o desenvolvimento. Quem foi melhor no desenvolvimento, como melhorar a contundência através do desenvolvimento ou como se jogar a ganhar com uma ou duas bolas. E está bem. Essa é a realidade da análise.

– O time rival ganhou, felicito o treinador rival e o time rival. Eu seguirei com minha ideia de dominar o rival e de ficar de frente para o gol adversário o tempo todo para criar situações. Minha obrigação, por meu sentimento de futebol, é trocar quando o time não é protagonista. Nos 10 primeiros minutos, o time não foi protagonista, somente se defendeu. Então, sem dúvidas, eu pensei em trocar porque me senti incômodo no jogo.

Necessidade de muito trabalho para que o Flamengo alcance o nível de futebol desejado 

– Penso que a resposta terá a ver com que o time encontre uma ideia posicional de jogar. E o protagonismo que pretendo de jogo e que tive em todos os lugares onde estive. A carreira do treinador no futebol brasileiro vive do momento do jogador. Se o jogador faz 40 gols, obviamente que o treinador tem mais vida, e a ideia é muito boa. Mas se o jogador não está contundente, não vamos pensar que fizemos tudo mal. Simplesmente estivemos mal nos detalhes e muito imprecisos na área rival.

Não encaixe do modelo de jogo de VP e condições físicas dos jogadores 

– Lamentavelmente quando um treinador assume um time que vem com outra preparação e que não há muito tempo de treino na semana, é um risco muito grande para mim implementar uma ideia. E a ideia vai se sustentar pela eficácia. Se tivermos eficácia, a ideia é boa. Senão a ideia é ruim e é melhor voltar ao que habitualmente fazia. Vejo equipes que normalmente terminam ganhando com muito pouco, mas penso que, pelo estado de forma dos jogadores do Flamengo na atualidade, propor um jogo de ida e volta é muito complexo– finalizou Jorge Sampaoli.

Foto destaque Jorge Sampaoli, treinador do Flamengo (Foto-Reprodução/Gety Images)

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