A FIFA apresentou as avaliações das candidaturas para as Copas do Mundo de 2030 e 2034, que serão sediadas pela Espanha, Portugal e Marrocos, e pela Arábia Saudita, respectivamente. As inspeções técnicas foram concluídas e todas as candidaturas foram aprovadas e o anúncio oficial ocorrerá no Congresso Extraordinário da FIFA, no dia 11 de dezembro.
Essa decisão é crucial para o futuro do futebol, pois marca um retorno às raízes históricas do torneio e levanta questões sobre a escolha da Arábia Saudita como sede. A escolha das sedes não apenas impacta o cenário esportivo, mas também reflete questões culturais, sociais e políticas que envolvem o mundo do futebol.
Copa do Mundo de 2030: Celebração do Centenário
A Copa de 2030 terá jogos em seis países, com destaque para a Celebração do Centenário, que incluirá partidas no Uruguai, Argentina e Paraguai. Esta celebração é significativa, pois marca 100 anos desde o primeiro Mundial, realizado no Uruguai em 1930. A candidatura da Espanha, Portugal e Marrocos recebeu uma nota média de 4,2, considerandos fatores como infraestrutura, acomodação e transporte. Em comparação, os países sul-americanos atingiram uma nota de 3,6, refletindo preocupações com a qualidade dos estádios e a logística necessária para receber um evento dessa magnitude.
Os estádios propostos incluem locais icônicos como o Santiago Bernabéu, em Madri, e o Camp Nou, em Barcelona, conhecidos mundialmente. Além disso, a proposta inclui uma Cerimônia do Centenário, com partidas nos dias 8 e 9 de junho, em estádios emblemáticos como o Estádio Centenário em Montevidéu, que tem uma rica história no futebol. A FIFA enfatiza que a experiência emocional e cultural proporcionada pelos países sul-americanos será um diferencial importante para os torcedores.
Copa do Mundo de 2034: a proposta Saudita
A Arábia Saudita apresenta uma candidatura inovadora, propondo jogos em 15 estádios de cinco cidades, com o estádio King Salman, em Riade, escolhido para receber o jogo de abertura e a final. A proposta recebeu uma nota alta de 4,2 na avaliação da FIFA, destacando a visão ambiciosa do país para o torneio. A candidatura é parte da “Visão 2030” da Arábia Saudita, que busca diversificar a economia e promover o turismo.
Um dos aspectos mais intrigantes da proposta é a cidade futurista The Line, que está sendo desenvolvida no Noroeste do país. Baseada em conceitos de energia renovável e transporte sustentável, a cidade promete oferecer uma experiência única para os visitantes. No entanto, a candidatura enfrenta críticas de organismos internacionais de direitos humanos, que questionam a situação dos direitos civis no país e pedem à FIFA que reconsidere a escolha da Arábia Saudita como sede.
A combinação de uma proposta inovadora e as preocupações éticas levantadas por grupos de direitos humanos coloca a FIFA em uma posição desafiadora, onde deve equilibrar a visão de um torneio grandioso com a responsabilidade social e os valores que o esporte representa.
