Gabigol se despediu do Flamengo neste domingo, no empate por 2 a 2 contra o Vitória, pelo Campeonato Brasileiro. Em um Maracanã repleto de homenagens, o atacante marcou seu 161º gol pelo clube, encerrando um ciclo de seis anos com a camisa rubro-negra.
Palavras do ídolo
Na saída de campo, Gabigol destacou a dimensão de sua trajetória: “Feliz, acho que foi uma passagem histórica. Cheguei aqui como um menino, e hoje me torno imortal. Um dia, quando não estiver mais aqui, meu nome continuará vivo no Flamengo. Hoje encerro um ciclo e viro uma lenda”, declarou, emocionado. Ele ainda reforçou sua conexão com o clube: “Quando falarem do Flamengo, terão que falar meu nome, e quando falarem de mim, lembrarão do Flamengo”.
Antes da partida, o pai do jogador, Valdemir Almeida, sinalizou à torcida que o filho poderia retornar ao clube no futuro: “Ele vai, mas ele volta”. Apesar disso, Gabigol foi enfático ao afirmar que este foi seu último jogo nessa passagem, mas deixou aberta a possibilidade de um retorno em um momento oportuno.
Insatisfeito com a diretoria
O atacante também expressou insatisfação com a diretoria, citando falta de palavra por parte dos dirigentes: “Meus pais me ensinaram a ter palavra. Não tiveram isso comigo, mas mantenho a minha. Não vou ficar. O que importa é o que a torcida pensa. Sempre joguei por eles, tentando ser um deles em campo. Foi paixão à primeira vista.”, disse Gabigol, reafirmando seu carinho pela torcida.
Durante a cerimônia de despedida, Gabigol recebeu uma placa personalizada das mãos do presidente Rodolfo Landim, mas evitou posar para fotos com os dirigentes. Em vez disso, celebrou com os torcedores, que prepararam mosaicos, bandeiras e copos personalizados para homenageá-lo.
O camisa 99, sexto maior artilheiro da história do Flamengo, conquistou 13 títulos em 308 jogos, incluindo duas Libertadores, dois Brasileiros e duas Copas do Brasil. Apesar da despedida, Gabigol ressaltou o orgulho de sua trajetória: “Creio que foram anos incríveis. Outros jogadores podem fazer mais gols ou ganhar mais títulos. Senti o Flamengo nesses seis anos.”.
O diretor Marcos Braz destacou a importância de Gabigol, classificando-o como o maior jogador do clube após Zico.