John Textor é denunciado pelo STJD por afirmar que futebol brasileiro é manipulado

Alice Accioly Por Alice Accioly
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Foto destaque: John Textor terá novo julgamento no dia 15 de abril (reprodução/ Wagner Meier/Getty Images Embed)

John Textor, dono da SAF que comanda o Botafogo, foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após não apresentar provas que comprovem suas afirmações sobre haver manipulação no futebol brasileiro. Textor será julgado no dia 15 de abril, na primeira comissão disciplinar do tribunal e pode ser punido com suspensão e ter que pagar multa.

Denúncias contra Textor

As acusações de John Textor começaram em março deste ano, quando o dirigente alegou que existia manipulação de jogos no futebol nacional. Devido a ausência de provas, o dono do clube alvinegro foi denunciado em dois artigos do Código de Justiça Desportiva.

Um dos artigos que ele foi denunciado foi o 220-A, inciso I, que se refere à não colaboração com órgãos de Justiça Desportiva e com outras autoridades desportivas na apuração de infração disciplinares. A pena pode chegar a uma multa entre R$ 100 a R$100 mil, com fixação de prazo para cumprimento da obrigação.

O outro artigo no qual Textor foi denunciado foi o 223, que se refere a atrapalhar ou retardar o cumprimento de uma resolução, transação disciplinar desportiva ou decisão da Justiça Desportiva. A pena pode ser uma multa de R$100 a R$100 mil. O parágrafo único do artigo diz que quando o infrator for pessoa natural, a pena deve ser de suspensão automática até que se cumpra a determinação judicial. Além disso, o infrator pode pegar suspensão de 90 a 360 dias e, na reincidência, eliminação. 


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John Textor no Estádio Nilton Santos (Foto: reprodução/ Vitor Silva/ Botafogo)

Sobre as acusações feitas por John Textor

Durante entrevista concedida em março, o dirigente do Botafogo afirmou que possuía uma gravação de árbitros brasileiros dizendo que não haviam recebido a propina prometida. Além disso, Textor disse categoricamente que alguns resultados de jogos dos últimos três anos haviam sido manipulados. Depois das acusações virem à tona, a Procuradoria solicitou a abertura de um inquérito para apurar as afirmações do dono da SAF.

O presidente do STF, José Perdiz de Jesus, decidiu que o empresário precisaria apresentar provas que comprovassem as acusações feitas em um prazo de três dias. Textor não apresentou provas e será julgado no dia 15 de abril por suas afirmações.

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