A convocação de Marta para disputar sua última Olimpíada veio com uma sensação diferente para a camisa 10 da Seleção Brasileira: a de alívio. Marta não acompanhou o anúncio oficial das jogadoras convocadas, preferiu se desligar do celular e do computador, o nervosismo só a deixou quando viu seu nome confirmado na lista final do técnico Arthur Elias.
Segundo a jogadora, ela estava muito nervosa na noite anterior e não conseguiu dormir cedo, o pensamento estava na lista das convocadas. “No dia da convocação eu ficava olhando o relógio, eu não quis assistir. Eu fui ver só depois de uns 10, 15 minutos”.
Ida a Paris é por merecimento
Marta faz questão de afirmar que sua convocação é por merecimento. O atual clube da ‘rainha do futebol’ é o Orlando Pride, líder da NWSL (Campeonato Nacional de Futebol Feminino dos EUA). Dos 13 jogos na temporada, Marta esteve presente em 10, marcando 5 gols na competição.
Atuando em uma posição um pouco mais recuada, Marta também celebra a convocação por esse novo posicionamento em campo. A atleta afirma que essa nova função a faz enxergar o jogo de uma maneira diferente, onde precisa fazer a bola chegar na frente. Para a jogadora, isso é ótimo, pois sente que participa do jogo o tempo inteiro e com mais liberdade.
Sexta Olimpíada da carreira
Aos 37 anos, a jogadora eleita por seis vezes a melhor do mundo, está a caminho de sua sexta Olimpíada em Paris. Marta diz não pensar muito nesse recorde de seis Jogos Olímpicos, e que se dará conta disso apenas após a aposentadoria. No momento, a atleta pensa apenas em desfrutar do momento e seguir aprendendo com as novas jogadoras e com o treinador Arthur Elias.
“Sempre trabalhei muito para ter uma carreira longa. Eu sempre deixei aberto que há alguma coisa para aprender, posso melhorar taticamente, tecnicamente e fisicamente. Sempre procurei pensar dessa maneira”, afirmou.
Em Paris-2024, Marta vai em busca de sua terceira medalha em uma Olimpíada, ela possui duas de prata conquistadas em Atenas-2004 e Pequim-2008.
