Amigo de Schumacher afirma que público nunca mais verá o ex-piloto: família mantém sigilo absoluto

Família mantém sigilo absoluto sobre seu estado de saúde, controlado principalmente por sua esposa, Corinna. Apenas um pequeno círculo de confiança sabe informações privadas de Schumacher

25 nov, 2025
Michael Schumacher, ex piloto da Ferrari | Reprodução/Getty Images Embed/LAT Images
Michael Schumacher, ex piloto da Ferrari | Reprodução/Getty Images Embed/LAT Images

Richard Hopkins, amigo pessoal de Michael Schumacher, afirmou que o público provavelmente nunca mais verá o heptacampeão mundial de Fórmula 1. Em entrevista ao portal SPORTbible, o ex-mecânico da McLaren disse acreditar que a reclusão do ex-piloto alemão é definitiva, mais de uma década após o grave acidente de esqui nos Alpes franceses, em dezembro de 2013.

Schumacher, hoje com 56 anos, segue afastado totalmente da vida pública desde então. Ele vive entre a mansão da família às margens do Lago de Genebra, na Suíça, e uma propriedade em Maiorca, na Espanha, onde recebe cuidados médicos constantes. A família mantém absoluto controle sobre qualquer informação relacionada ao estado de saúde do ex-piloto, e, segundo Hopkins, nada indica que esse cenário vá mudar.

Privacidade absoluta e controle familiar

A decisão de preservar a imagem e a intimidade de Schumacher foi tomada imediatamente após o acidente e permanece firme sob a liderança de sua esposa, Corinna Schumacher. Há mais de dez anos, nenhum boletim médico é divulgado, e apenas um círculo restrito de amigos tem acesso ao alemão — entre eles, Jean Todt, Ross Brawn e Gerhard Berger.

Hopkins, que conheceu Schumacher no início dos anos 1990, quando trabalhava como mecânico da McLaren, reforçou que não faz parte desse grupo. Ele também demonstrou desconforto ao comentar qualquer detalhe sobre o estado do ex-piloto, ressaltando o respeito ao sigilo imposto pela família. Para ele, a ausência de aparições públicas e a proteção rígida devem continuar indefinidamente.

Extorsão e vazamento de material privado

O nome de Schumacher voltou ao noticiário recentemente após um caso de extorsão envolvendo material íntimo da família. Três pessoas foram condenadas na Alemanha por tentar chantagear os Schumachers em troca de 13 milhões de libras. O grupo afirmava ter roubado mais de 900 fotografias, centenas de vídeos e registros médicos armazenados em discos rígidos e dispositivos USB.


Michael Schumacher durante o GP de San Marino (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ercole Colombo/ Studio Colombo)


Markus Fritsche, ex-funcionário da família, foi identificado como o responsável por repassar os HDs ao empresário Yilmaz Tozturkan e ao filho dele, que ameaçaram divulgar o conteúdo na dark web. Um desses discos jamais foi recuperado, e não se sabe se foi destruído ou disseminado. Fritsche recebeu uma pena suspensa de dois anos — punição considerada “vergonhosamente branda” pelos representantes da família Schumacher.

O episódio reforçou ainda mais a postura de isolamento adotada pela família, que segue determinada a proteger a imagem e a dignidade de um dos maiores nomes da história da Fórmula 1.

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