O meia Nenê revelou que entrou em contato com os jogadores através de um grupo criado antes do início do Brasileirão. Em entrevista ao “Último Lance”, do canal TNT, o capitão revelou que enviou um texto explicando a situação comovente no Rio Grande do Sul, que enfrenta a pior enchente da história.
“A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) acatou uma parte do pedido para paralisar só nossos jogos, mas isso deveria ser, pelo que está acontecendo, expandido. O ideal seria a paralisação do campeonato”, contou o jogador. Apesar da mobilização e solidariedade, os 20 capitães não chegaram em um consenso para a elaboração de um documento oficial solicitando a paralisação.
Mobilização
A situação no Rio Grande do Sul ainda é muito comovente. O estado já tem 113 vidas perdidas e mais de 140 desaparecidos. Para Nenê, o ideal é a paralisação geral do campeonato porque não há clima para a realização dos treinos e jogos. “Uma vida vale mais que um gol. Jogadores e funcionários do Inter e do Grêmio têm famílias que estão desabrigadas, sem comida e sem água”, desabafa.
O atleta continuará em busca de um diálogo mais efetivo com os demais jogadores para conseguir uma conversa com a CBF. Alguns times da primeira divisão mostraram-se contrários a suspensão das partidas.
Paralisação dos times gaúchos
A CBF suspendeu apenas as partidas do Juventude, atual clube de Nenê; Grêmio e Internacional, até o dia 27 de maio. Os estádios e Centros de Treinamento dos clubes gaúchos não estão em condições de receber partidas. Em Porto Alegre, a Arena do Grêmio e o Beira-Rio, do Inter, foram inundados. O Juventude é o único time gaúcho da Série A que tem condições para realizar os treinos.