O presidente da FIFA, Gianni Infantino, divulgou uma declaração em resposta ao incidente de discriminação racial ocorrido durante a partida entre Milan e Udinese, dirigida ao goleiro Maignan. Na declaração, ele enfatizou a necessidade de aplicar a derrota automática como medida punitiva diante desse tipo de ocorrência.
“Temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas“, disse.
O presidente igualmente abordou a inaceitabilidade do racismo, destacando que essa prática não deve ocorrer nem no futebol, nem na sociedade em geral. Além disso, expressou seu apoio aos atletas que foram afetados por esse incidente.
Goleiro do Milan sofre rascimo
Aos 33 minutos do primeiro tempo do confronto entre os clubes italianos Milan e Udinese, o goleiro Maignan procurou o árbitro francês Fabio Maresca para informar sobre os atos racistas que estava sofrendo por parte da torcida adversária.O confronto, no qual o Milan estava vencendo por 1 a 0, foi interrompido devido ao episódio.
Os jogadores deixaram o campo e, aproximadamente cinco minutos depois, retornaram, dando continuidade à partida, com o Udinese marcando um gol. Apesar da interrupção da partida, Maignan continuou sendo vaiado pela torcida adversária. O jogo chegou ao seu término com a vitória do Milan por 3 a 2.
Diretrizes adotadas pela FIFA em caso de rascismo
De acordo com o portal, Lei em Campo, em 2019, a FIFA estabeleceu um protocolo para manifestações discriminatórias durante partidas de futebol. O protocolo exige que os árbitros interrompam o jogo, exibam avisos nos telões e pelos alto-falantes do estádio, pedindo o fim das ofensas. Se as manifestações persistirem, a partida é novamente interrompida, os jogadores saem de campo, e novos comunicados são reforçados. Caso os atos discriminatórios continuem após essas medidas, os árbitros são orientados a encerrar definitivamente a partida.
A FIFA também estabelece regras contra o racismo e a discriminação no futebol por meio de seu Código de Ética. Essas regras incluem o princípio da não discriminação, o dever de promover a igualdade, o dever de respeitar os direitos humanos e a imposição de sanções disciplinares, como multas e suspensões.
Além do Código de Ética, a FIFA e suas confederações regionais implementam programas e campanhas para promover a diversidade e combater o racismo no futebol, incluindo conscientização, programas educacionais e medidas concretas para lidar com incidentes de racismo nos estádios. O Código Disciplinar da FIFA prevê multas de até R$ 110 mil para associações cujos torcedores pratiquem atos discriminatórios.