Após fim de semana desastroso, pressão na Ferrari aumenta

Entre críticas e desabafos; Ferrari convive com grande crise em seu paddock e mostra que 2025 tem tudo para ser um ano que deve cair no esquecimento

11 nov, 2025
Charles Lerclec e Lewis Hamilton | Reprodução/Getty Images Embed/Kym Illman
Charles Lerclec e Lewis Hamilton | Reprodução/Getty Images Embed/Kym Illman

O Grande Prêmio do Brasil disputado em Interlagos foi um dos capítulos mais amargos da temporada da Ferrari. O que começou com expectativas de reação acabou em uma das apresentações mais decepcionantes do ano durante o GP de Interlagos, válido pela Fórmula 1. Tanto Charles Leclerc quanto Lewis Hamilton não conseguiram completar a corrida deixando a equipe italiana sem pontos e com o moral abalado. O resultado negativo provocou um forte desabafo de Leclerc, que refletiu o sentimento de frustração e cobrança crescente em torno da equipe. A equipe italiana, símbolo de tradição e paixão no automobilismo, vê sua busca por resultados se transformar em uma corrida contra o tempo e contra seus próprios erros e com fagulhas de crises internas

Decepção que ecoa na temporada

O abandono de Leclerc nas primeiras voltas e os problemas no carro de Hamilton simbolizaram o colapso técnico e emocional da Ferrari em São Paulo. O desempenho foi tão abaixo do esperado que o fim de semana se tornou um ponto de inflexão. O piloto monegasco expressou abertamente sua insatisfação e admitiu que a equipe precisa reagir com urgência. Nos bastidores, o clima também não é dos melhores. A direção da escuderia reconhece falhas na execução e no desenvolvimento do carro, enquanto os engenheiros tentam encontrar soluções em tempo recorde para evitar que a equipe perca terreno na disputa pelo Mundial de Construtores.


Charles Leclerc tem sido alvo de críticas internas nessa temporada (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Hector Vivas)


O desabafo de Leclerc não foi apenas uma reação impulsiva, mas um reflexo do desgaste acumulado ao longo do ano. A Ferrari, que iniciou a temporada com discursos de confiança e promessas de evolução, tem colecionado resultados inconsistentes. A falta de confiabilidade do carro e as falhas estratégicas têm colocado os pilotos em situações cada vez mais complicadas, minando a confiança interna.


Lewis Hamilton

Lewis Hamilton convive com fase turbulenta na scuderia italiana (Foto: reprodução/Instagram/@ferrari)


Reação urgente se faz necessária

Restando poucas provas para o fim do campeonato, a Ferrari enfrenta uma de suas maiores provas de resiliência: com o campeonato já centralizado em pilotos de outras equipes (Lando Norris, Oscar Piastri e Max Verstappen), os ferrarinos seguem decepcionando: Charles Leclerc tem 212 pontos e sete pódios enquanto Lewis Hamilton tem 148 pontos mas ainda não subiu ao pódio pela equipe italiana. Cabe ressaltar que nenhum dos dois venceu sequer uma corrida em 2025 até o momento.

O foco agora está em reconquistar pontos e preservar o segundo lugar entre os construtores, mas o desafio vai além das pistas. A equipe precisa recuperar a harmonia interna, conter a pressão externa e mostrar que ainda é capaz de competir com Red Bull e Mercedes em igualdade de condições.

Leclerc tem assumido a postura de líder dentro da equipe, pedindo união e empenho, mas o tempo é curto. A imagem da Ferrari, construída sobre décadas de glórias, está sendo colocada à prova por uma temporada marcada por falhas mecânicas, estratégias duvidosas e tensões públicas. Em Interlagos, o sinal de alerta foi aceso de vez. A escuderia sabe que mais um tropeço pode transformar a frustração em crise e o sonho de reerguer-se em mera lembrança de um passado distante.

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