Após polêmicas envolvendo discurso de ódio e antissemita por parte de Kanye West, a marca Adidas que há havia rompido contrato com o músico, definiu que o valor arrecadado com a vendas dos tênis Yeezy, que haviam sido produzidos em colaboração com o rapper, será doado para instituições feridas pelas declarações de Kanye.
Após o rompimento da parceria, em outubro do ano passado, a produção dos tênis Yeezy foi interrompida e desde então a companhia alemã sofria com o impasse de um estoque avaliado em U$500 milhões, quase R$2,4 bilhões na cotação atual.
Em uma entrevista dada ao The Washington Post na última quinta-feira (11), o presidente executivo da Adidas, Bjorn Gulden, informou que ainda não há certezas de como e quando as vendas dos tênis continuarão e que destruir os produtos não é uma questão a ser levantada. “Estamos trabalhando nisso. Queimar as mercadorias não seria uma solução”.
Gulden ainda informa que pondera sobre diversas ONG’s antes de sua decisão e que tem o objetivo de doar o dinheiro a instituições que foram discriminadas nos discursos de Kanye West.
Kanye West, Ye. (Reprodução/GettyImages)
O rapper e estilista tem chamado cada vez mais atenção da mídia por seus discursos de ódio e polêmicas políticas. Sua fortuna é originada de sua carreira como cantor e por ter gerenciado artistas iniciantes na década de 2000. Após a polêmica envolvendo suas falas, a Adidas informou que não tolera tal discriminação e resumiu as atitudes do músico como “inaceitável, odiosa e perigosa”.
Kanye deixou a lista de bilionários da revista Forbes após o rompimento do contrato com a marca alemã, cerca de U$1,5 bilhão foi perdido pelo rapper.
Em novembro do ano passado, a Adidas fez uma doação de mais de U$1 milhão para uma organização não-governamental judaica internacional, a Anti-Defamation League, que fica sediada na cidade de Nova York.
Foto Destaque: Tênis Yeezy. (Reprodução/Uol)