Chanel, uma das marcas mais icônicas da moda francesa, está em uma fase de transição interessante. Com o anúncio de Matthieu Blazy como seu novo diretor criativo, os fashionistas estão ansiosos para ver como Maison Margiela se adaptará às tendências emergentes.
No entanto, a primeira coleção oficial só terá início oficialmente na temporada de verão 2026. Até lá, a equipe interna assume a responsabilidade por três coleções, equilibrando o legado da marca com inovações do mercado.
Um termômetro das tendências atuais
Nesta segunda-feira (28), a Chanel apresentou sua mais recente coleção no Grand Palais, em Paris, com 55 looks que refletem o cenário da moda contemporânea.
O início do desfile trouxe uma abordagem jovem e tecnológica, com tecidos iridescentes e modelagens fluídas que capturam a luz de forma hipnotizante – um reflexo da crescente busca por peças versáteis e impactantes.
À medida que o desfile avançava, a coleção transitava para um universo mais clássico, destacando alfaiataria impecável e materiais sofisticados.
Os conjuntos bem estruturados foram uma aposta forte, acompanhando a tendência de peças modulares e utilitárias, enquanto alguns vestidos exageraram nas camadas de tule, mangas volumosas e silhuetas esvoaçantes, reforçando o maximalismo que vem dominando as passarelas.
A icônica noiva da alta-costura fez sua aparição em um vestido mullet com uma forte pegada sessentista, combinando nostalgia e modernidade, duas tendências que têm ganhado cada vez mais espaço.
O desafio de inovar sem perder a essência
A Chanel sempre foi sinônimo de sofisticação e savoir-faire, mas o grande desafio agora é adaptar sua herança às novas expectativas do mercado.
Como equilibrar tradição e modernidade? Como tornar o clássico desejável para uma nova geração que busca funcionalidade, sustentabilidade e um toque de ousadia?
A chegada de Blazy levanta expectativas elevadas. Seu trabalho na Bottega Veneta mostrou um domínio absoluto sobre a fusão entre técnica e desejo, transformando a marca em um verdadeiro fenômeno fashion.
Agora, a dúvida é como ele aplicará essa visão na Chanel. Será que veremos uma abordagem mais focada no luxo silencioso, nas peças artesanais repaginadas ou no retorno de códigos clássicos reinterpretados com um toque futurista?
O futuro da Chanel sob o comando de Blazy ainda é uma incógnita, mas uma coisa é certa: a maison está atenta às tendências e, mesmo antes de sua chegada, já aponta para um caminho que equilibra nostalgia, inovação e desejo.
Até lá, a equipe interna seguirá garantindo que cada desfile continue a ser um espelho dos novos tempos, mantendo a tradição, mas com olhos fixos no futuro.