Buffett expõe visão sobre Apple e outras holdings na reunião da Berkshire Hathaway

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
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Foto destaque: Warren Buffett CEO da Berkshire Hathaway (reprodução/X/@BHHSRealEstate)

Realizada anualmente, a reunião da Berkshire Hathaway é um evento esperado por investidores, analistas e entusiastas do mercado financeiro. Este ano, a reunião da empresa liderada por Warren Buffett atraiu uma grande multidão ávida por insights sobre os próximos passos da gigante do mercado de gestão de investimentos.


A Reunião Anual da Berkshire Hathaway sempre atrai grande quantidade de pessoas. (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


Reunião começou destacando a memória de Charlie Munger

Este ano, em particular, a reunião começou destacando a memória de Charlie Munger, sócio e braço direito de Buffett, que faleceu no final do ano passado aos 99 anos, deixando um legado duradouro na empresa.

Buffett, juntamente com seus colegas de liderança, Greg Abel e Ajit Jain, compartilhou uma visão detalhada dos resultados financeiros do primeiro trimestre e ofereceu uma perspectiva promissora para o restante do ano. Os lucros operacionais, que subiram impressionantes 39% em relação ao ano anterior, demonstraram um início sólido para 2024. Buffett enfatizou a importância de olhar além das flutuações de curto prazo do mercado e focar nos fundamentos operacionais da Berkshire, destacando que estes fornecem uma visão mais precisa da saúde financeira da empresa.

Venda parcial da Apple foi grande surpresa da reunião

Uma das maiores revelações da reunião foi a venda parcial da participação da Berkshire durante o primeiro trimestre do ano. Embora tenha ocorrido a venda parcial das ações da gigante de tecnologia, Buffett enfatizou que a Apple continua tendo uma posição crucial em seu portfólio. Ele também expressou confiança na empresa e a comparou favoravelmente com outras grandes holdings, como American Express e Coca-Cola.

Além das vendas de ações, a Berkshire viu seu caixa crescer para mais de US$ 182 bilhões, uma reserva que Buffett espera aumentar para pelo menos US$ 200 bilhões até o final do segundo trimestre. Quando questionado sobre a falta de investimento desse montante, Buffett explicou que a empresa está aguardando por oportunidades significativas e que só investirá quando encontrar negócios que considera atrativos.

Outro ponto que foi foco na reunião foi a sucessão da empresa, principalmente para quando Buffett já não estiver no comando. Embora Greg Abel tenha sido identificado como um potencial sucessor, Buffett enfatizou que a decisão caberá ao conselho da Berkshire.

Em última análise, Buffett delineou um plano claro para o futuro da Berkshire Hathaway: aumentar os lucros operacionais, diminuir as ações em circulação e esperar por oportunidades de investimento significativas. Este plano reflete a abordagem disciplinada e de longo prazo que tem sido a marca registrada de Buffett ao longo de sua carreira.

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