Ações da Novo Nordisk caem após queda nas vendas do Ozempic
A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk enfrentou uma forte queda em suas ações nesta terça-feira (30), após revisar para baixo suas projeções de receita e lucro para o ano de 2025. A empresa, conhecida mundialmente pelos medicamentos Wegovy e Ozempic, viu seus papéis recuarem mais de 21%, sendo negociados a pouco mais de US$ 54. Esse […]
A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk enfrentou uma forte queda em suas ações nesta terça-feira (30), após revisar para baixo suas projeções de receita e lucro para o ano de 2025. A empresa, conhecida mundialmente pelos medicamentos Wegovy e Ozempic, viu seus papéis recuarem mais de 21%, sendo negociados a pouco mais de US$ 54. Esse desempenho representa uma das maiores quedas da história da companhia, superando inclusive o recuo de 19% registrado em abril de 2002.
A revisão das projeções foi significativa: a expectativa de crescimento da receita foi reduzida para uma faixa entre 8% e 14%, ante os 13% a 21% anteriormente estimados. Já o lucro, que antes era projetado para crescer entre 16% e 24%, agora deve ficar entre 10% e 16%. A empresa atribui essa desaceleração principalmente à expansão mais lenta do mercado norte-americano e ao aumento da concorrência, incluindo a presença de versões manipuladas dos medicamentos.
Atenção a Versões Manipuladas e Riscos à Saúde
Essas versões manipuladas, segundo a Novo Nordisk, são produzidas sem aprovação da FDA (agência reguladora dos EUA) e representam riscos à saúde dos consumidores. Apesar de a FDA ter permitido temporariamente a produção dessas cópias durante um período de escassez, a agência já declarou que a situação foi normalizada e retirou os medicamentos da lista de desabastecimento. Mesmo assim, os produtos manipulados continuam circulando no mercado.
Novo CEO e Expectativas para o Próximo Balanço
Além disso, a empresa anunciou mudanças importantes em sua liderança. Maziar Mike Doustdar foi nomeado como novo CEO, assumindo o cargo em 7 de agosto. Ele substitui Lars Fruergaard Jorgensen, que deixou o posto em maio. Doustdar liderava as operações internacionais da companhia, que dobraram de tamanho sob sua gestão.
A Novo Nordisk divulgará seus resultados do segundo trimestre no próximo dia 6 de agosto, um momento crucial para analisar os impactos reais dessa turbulência.
