Casa do Pão de Queijo entra com pedido de recuperação judicial

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
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Foto destaque: Casa do Pão de Queijo entrou com um pedido de recuperação judicial (reprodução/Instagram/@casadopaodequeijo)

A rede de cafeteria Casa do Pão de Queijo entrou com um pedido de recuperação judicial na Vara de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 4ª RAJ. O pedido foi feito em Campinas, no estado de São Paulo, e, de acordo com os documentos apresentados, as mais de 28 unidades abertas detêm uma dívida de cerca de R$ 57,5 milhões.


Vídeo do Instagram onde a empresa apesenta alguns de seu produtos (Vídeo: reprodução/Instagram/@casadopaodequeijo)


Ainda de acordo com os documentos apresentados, a maior parte desse dinheiro, cerca de R$ 55,8 milhões, é devida aos credores quirografários, classe essa que não conta com garantias. No entanto, uma parte menor, mas ainda significativa, desse valor, no total de R$ 1,3 milhão, é destinada ao segmento de empresas de pequeno porte, e o restante, no valor de R$ 244,3 mil, é devido aos trabalhadores.

Pandemia causou impactos fortes na empresa

A principal razão dada pela empresa para a dívida foram os impactos econômicos causados pela pandemia, que, de acordo com a empresa, teve forte impacto econômico em sua operação, ajudando a chegar no estado atual. Segundo a empresa, um agravante para a situação atual foram as enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul, já que o Aeroporto Salgado Filho, localizado na capital do estado, conta com quatro lojas rentáveis e com grande fluxo de caixa.

Ainda de acordo com a empresa, a tragédia no Rio Grande do Sul causou um impacto significativo que custa à empresa cerca de R$ 1 milhão por mês. Com a falta de previsão de retorno à normalidade, a marca teve que demitir 55 funcionários, o que apenas agravou ainda mais a crise.

Empresa pede urgência a justiça

No pedido de recuperação judicial, a empresa pediu urgência à Justiça para que fiquem suspensas as ações e execuções contra ela pelo período de 180 dias, que podem ser renovados por mais 180 dias. Além disso, a companhia solicita que a vara determine a manutenção de todos os contratos de locação e que proíba a interrupção do fornecimento de energia elétrica nos pontos onde ela atua.

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