Americanas: Entenda a história por trás da crise da varejista

Núbia Xarife Por Núbia Xarife
3 min de leitura

Rombo de R $20 bilhões, mudança na direção e processos na Justiça. Nas últimas semanas a varejista Americanas passou por diversos contratempos, desde troca de presidente a queda de ações na bolsa de valores. A empresa luta para enfrentar a crise. 

No dia 11 de janeiro, o então presidente, Sergio Rial, pediu demissão após divulgar inconsistências contábeis de R$20 bilhões no balanço da empresa. Segundo o CEO que estava na presidência apenas 9 dias, o valor era referente a 2022 e anos anteriores. Em seu lugar, o diretor de Relações com Investidores, André Covre, foi indicado como interino, contudo também renunciou ao cargo. 


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Varejista Americanas deixa de patrocinar o reality da Globo. (Foto: Reprodução/Twitter)


O rombo no balanço é explicado por um método comumente usado entre varejistas denominado “risco sacado”, nele a empresa pega empréstimos com bancos para compra de materiais de fornecedores. Neste processo, a empresa fica em dia com o fornecedor e quita a dívida bancária ao longo do pagamento de juros durante o período do empréstimo. 

No caso das Americanas, este processo não foi devidamente relacionado no balanço, por sua vez foram descritas como despesas com fornecedores, quando a relação referia-se a dívidas financeiras.

Até o momento não foi divulgado o real motivo da situação, A empresa criou um comitê independente para analisar se foi um erro que durou anos ou uma fraude. Para reverter a inconsistência, a varejista deve republicar os balanços e assumir a dívida. Tal posicionamento muda o prazo permite o vencimento antecipado das dívidas, uma vez que o acordo com os bancos prevê cláusulas de garantia.

Apesar dos transtornos informados, a empresa não faliu e segue em processos de vendas online e lojas físicas, mantendo o foco porém na relação de negócio. Ainda esta semana, a Americanas anunciou a saída como patrocinadora do Big Brother Brasil e em seu lugar ficou o Mercado Livre. A varejista tenta um acordo com os credores, caso não seja possível a empresa deve recorrer a uma recuperação judicial.

Foto destaque:  Americanas e o rombo de R$20 bilhões. Reprodução/Instagram

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