CEO da Uber diz que empresa resiste a recessão e não precisa de cortes

Diego Alves Por Diego Alves
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Dara Khosrowshashi, CEO da Uber, disse que a empresa é “resistente à recessão” e não vê necessidade de cortes de contratos de emprego, mesmo com a volatilidade do mercado e a visão de uma recessão global sobrevoando as empresas de tecnologia.

“A sinalização que temos das ruas é que as coisas vão bem e os gastos com serviços continuam bastante robustos”, disse Dara em uma entrevista durante o Bloomberg Technology Summit.

Em maio, a CEO disse aos funcionários da empresa que “trataremos contratações como um privilégio e seremos cuidadosos sobre quando e onde aumentar a equipe”. Sua rival Lyft também comentou que pretende reduzir de forma significativa as contratações e cortar gastos.

A dúvida com a atual economia global trouxe mais um obstáculos para o negócio de mobilidade urbana da Uber, que despencou durante a pandemia. Diferente da Lyft, a Uber pôde contar com a sua plataforma de entrega de comida, que triplicou à medida que os clientes da quarentena faziam cada vez mais pedidos.

O serviço de entrega de comida tem sido o mais adaptável, mesmo à medida que idas a restaurantes voltem ao normal. Uma estratégia interessante tem sido aproveitar o auge das entregas de comida para expandir para outras áreas, como álcool, supermercado e artigos de conveniência.


 

Passageiro pedindo Uber (InfoMoney)


No mês passado, a Uber apresentou mais um dos seus serviços, o Uber Charter, um serviço de reserva de ônibus para grandes grupos diretamente no aplicativo. A empresa também lançou o Uber Travel, que faz reserva de voos, hotéis e restaurantes e permite que os usuários no Canadá e nos EUA, reservem viagens para cada etapa de seu itinerário. No Reino Unido, a Uber está testando um serviço que permite que os clientes reservem viagens de longa distância no aplicativo.

Mesmo que a demanda por corridas tenha voltado lentamente, A Lyft e a Uber, têm disputado para atrair motoristas suficientes para suas plataformas. Isso ocasionou em tarifas altas e tempos de espera mais demorados para os clientes.

Depois de gastar milhões de dólares no ano passado para atrair motoristas de volta, o crescimento nos preços na gasolina com a invasão no território ucraniano que atrapalhou esses esforços no momento em que as empresas diminuíram o bônus.

 

Foto em destaque:  Motorista do Uber. (Reprodução/Olhar Digital)

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