Cervejaria Petrópolis pede recuperação judicial

Lucas Barbosa Por Lucas Barbosa
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A Cervejaria Petrópolis, dona das marcas Itaipava, Crystal e Petra, solicitou abertura de processo de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (27). O grupo, do bilionário Walter Faria, acumula cerca de R$ 4,2 bilhões em dívidas.

De acordo com o documento apresentado à Justiça, o grupo apresenta uma crise de liquidez há mais de 18 meses, após a empresa apresentar uma redução em sua receita. Dentro da dívida de R$ 4,2 bilhões, 48% são relacionados ao financeiro e 52% aos fornecedores e outros terceirizados. 


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”> O grupo Petrópolis, dono das marcas Itaipava, Crystal e Petra, entre outras, entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro nesta segunda (27) <a href=”https://t.co/ljfvmdNXmz”>pic.twitter.com/ljfvmdNXmz</a></p>&mdash; UOL Economia (@UOLEconomia) <a href=”https://twitter.com/UOLEconomia/status/1640847701934743552?ref_src=twsrc%5Etfw”>March 28, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Grupo Petrópolis entra com pedido de recuperação judicial (Reprodução/Twitter).


A combinação desses fatores, exógenos e alheios ao controle das requerentes, gerou uma crise de liquidez sem precedentes no Grupo Petrópolis, que comprometeu seu fluxo de caixa a ponto de obrigá-lo a buscar a proteção legal com o ajuizamento deste pedido de recuperação judicial”, declarou a companhia por meio do documento.

Já na manhã do dia 28, a Justiça concedeu à cervejaria uma tutela cautelar de urgência, determinando a liberação de recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. Contudo, até o momento, a fortuna do dono do grupo, Walter Faria, se mantém com o mesmo valor, de R$ 3,1 bilhões.

O grupo, que controla diversas marcas de bebidas famosas no mercado, como as cervejas Itaipava, Pedra, Crystal, além dos refrigerantes It! e do energético TNT, declarou que a situação se deu também devido aos altos juros no país, que gera um impacto de R$ 395 milhões todos os anos para os cofres da companhia. 

Logo no dia seguinte do pedido de recuperação judicial, a Ambev, marca concorrente da Cervejaria Petrópolis, fechou o dia com as ações em alta, a marca disparou cerca de 7,90%, chegando a R$ 15,03 na máxima do dia.

“A Itaipava, do Grupo Petrópolis, é a quinta cerveja mais consumida do país. No caso de a empresa reduzir sua produção, por conta da RJ, ou vir a fechar as portas, tende a existir uma migração de público consumidor da Itaipava para cervejas da mesma faixa. A Ambev tem em seu portfólio nomes como Skol, Brahma e Antartica, que têm a mesma faixa de preço da Itaipava”, diz Leandro Petrokas, diretor de research da Quantzed.

Foto destaque: produção cerveja Itaipava (Reprodução/Twitter).

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