China vai reduzir importação de soja dos EUA devido a atrasos

Priscila Simões Por Priscila Simões
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A exportação de soja dos Estados Unidos para a China deve reduzir em pelo menos 20% em razão do furacão Ida que atingiu fortemente a região nordeste do solo americano no final de agosto deste ano, causando prejuízos em todos os aspectos para as cidades atingidas, incluindo atrasos nas embarcações com o produto. 

Esse cenário favoreceu ao Brasil, que é atualmente o maior produtor e exportador do mundo de soja, pois a China, maior compradora de soja do mundo, já declarou interesse em realizar negociações com os brasileiros. Um fato que colaborou para isso foi que uma safra de soja do Brasil esperada para início de 2022 teve sua janela de exportação encurtada dos EUA para solos chineses.

Comprovando o sucesso das produções e negociações do produto, se tem o fato de que no mês de outubro o país bateu recorde de exportação do grão atingindo exportação de quase 3 milhões de toneladas. A qualidade da soja também é um fato que está sendo considerada um diferencial por parte dos asiáticos. 

Em setembro devido as chuvas em decorrência do furacão Ida, atrasaram em 81% o abastecimento dos navios nos portos americanos que seguiriam rumo à China em comparação do mesmo período do ano anterior (2020), enfraquecendo as negociações acarretando menor lucro para os Estados Unidos e frustração para os investidores. 

Não somente os atrasos foram os motivos da queda de interesse da China em efetivar as negociações com os americanos, aconteceu que os dois requisitos que elegem a demanda do grão, que são as margens de esmagamentos e produção de suínos, atingiram patamar menor exatamente na janela de pico de colheita dos EUA, diminuindo a relevância da importação do produto. 


Colheita de soja (Foto: Wenderson Araujo/CNA)


Alguns fatores que favorecem ao Brasil em estreitar as transações com os asiáticos são que a qualidade da soja brasileira oferecem melhores resultados nas margens de esmagamento para os processadores chineses devido a possuírem maior nível de proteína. E o valor de frete do Brasil para China é menor do que do frete saindo dos EUA com o mesmo destino. 

No mundo dos negócios cada detalhe pode ser definitivo, e para os investidores chineses o valor da soja brasileira se encontra um pouco mais em conta, fortalecendo o favoritismo das negociações futuras. 

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No último mês do ano a soja que chega na China são de carregamentos americanos em sua maioria, mas entre janeiro e março do ano que vem o Brasil se fará superior na China com seus embarques de soja. 

 

Foto Destaque: Navio com carregamento de soja (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

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