Microsoft e Activision Blizzard adiaram o prazo para a conclusão da compra até 18 de outubro para resolver problemas de regulamentação no Reino Unido. A aquisição, no valor de US$ 68,7 bilhões, teve início em janeiro de 2022 e já foi aprovada por órgãos regulatórios de 40 países.
No Reino Unido, a Autoridade de Competição e Mercados (CMA) apresentou uma avaliação negativa da compra, alegando que poderia prejudicar a concorrência no mercado de jogos na nuvem. Agora, Microsoft e Activision Blizzard irão propor novas soluções para tentar concluir a fusão.
Saiba como era o acordo antes desta mudança
A compra entre a Microsoft e a Activision Blizzard não foi concluída até a data original de 18 de julho, o que levou a prorrogação do prazo. Caso uma das empresas desista do negócio, a Microsoft deverá pagar US$ 3 bilhões à Activision Blizzard, conforme estipulado no acordo original de aquisição. Porém, o novo acordo prorrogou o prazo para a conclusão da aquisição até 18 de outubro. Além disso, estabelece taxas de rescisão maiores caso a compra não seja concluída dentro de prazos específicos: US$ 3,5 bilhões (R$ 16,8 bilhões) se até 29 de agosto e US$ 4,5 bilhões (R$ 21,6 bilhões) se até 15 de setembro. Essas medidas foram tomadas para dar às empresas tempo adicional para resolver as questões regulatórias pendentes no Reino Unido.
Call of Duty. (Foto: reprodução/Call of Duty)
Comprometimentos na compra
Nestas propostas houve alguns comprometimentos, para compensar a compra, por exemplo, os próximos games de Call of Duty que forem lançados nos próximos 10 anos, devem ser mantidos nos consoles Playstation e Nintendo, ou até mesmo colocar os games da Activision Blizzard em serviços de jogos na nuvem das empresas concorrentes. Mas outros títulos, como Crash e Tony Halk, podem ficar de fora, e até mesmo o game do Indiana Jones, anunciado em janeiro de 2021, pode ser exclusivo de Xbox e PC. Como a empresa assumiu compromissos para obter a aprovação da Comissão Europeia, há rumores de que a Microsoft está estudando a possibilidade de vender os direitos dos jogos na nuvem no Reino Unido, para que assim possa concluir a aquisição.
Foto Destaque: Xbox e Activision Blizzard. Reprodução/Focus Jor