Nesta quinta-feira (27) o dólar fechou a sessão em queda, voltando a feicar abaixo dos R$ 5 reais no Brasil. A moeda norte-americana recuou 1,52%, cotada a R$ 4,9801 sendo que a mínima do dia, chegou a R$ 4,9702 (menor valor de fechamento desde dia 18 de abril), com isso o real apresentou o melhor desempenho frente à moeda americana entre as divisas globais mais relevantes. Um dos motivos para o dólar estar em forte queda foi a divulgação de balanços corporativos positivos nos EUA, na Europa e na China. Além disso, foi anunciada na véspera da sessão a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) favorável ao governo e de sinais de entrosamento entre o Banco Central e o Ministério da Fazenda.
No mesmo dia, o Senado promoveu uma sessão de debate com tema “Juros, Inflação e Crescimento” com participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra do Planejamento, Simone Tebet; e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que é preciso “reconhecer grande esforço do governo com real possibilidade de estabilizar a dívida“.
Reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad ao microfone. (Foto: Reprodução/Edmilson Rodrigues/Agência Senado)
O sucesso do desempenho da moeda brasileira é atribuído, especialmente, a uma redução associada ao risco fiscal, após a decisão do STJ favorável ao governo, com autorização da cobrança de IRPJ e CSLL sobre benefícios fiscais de ICMS. A expectativa é que com a decisão do STJ a arrecadação fique em R$ 90 bilhões, assim contribuindo para que o governo alcance as metas previstas na proposta do novo arcabouço fiscal. “Campos Neto já havia dito que o arcabouço tira o risco de crescimento explosivo da dívida. Essa decisão do STJ é na margem um sinal positivo que pode ajudar o governo a cumprir a meta fiscal, o que contribuiu para a queda do dólar“, afirma o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho.
Foto destaque: Notas de 1 dólar americano. Reprodução/Pixabay