Nesta quinta-feira (24), novamente o dólar fecha em queda resultando em uma semana de baixa e atualiza o menor patamar desde 13 de março de 2020, quando cotado a R$ 4,8127. O recuo foi de 0,25%, com a cotação em R$ 4,8319, chegando a R$ 4,7655 na mínima da sessão.
Com a disparada nos preços das commodities e o nível atraente dos juros básicos no Brasil, os investidores reagiram favoravelmente. Durante o primeiro trimestre deste ano, a moeda norte-americana já caiu 13,33%, com queda em 6,29% frente ao real, apenas no mês de março.
A guerra na Ucrânia é o grande centro das atenções dos investidores por causa de possíveis novas sansões financeiras à Rússia, devido a chegada do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Bruxelas para reuniões de grupos econômicos como a Otan, o G7 e a União Europeia.
O cenário da atual economia mundial é positivo para o Brasil, junto aos países da América Latina exportadores de commodities, pois apesar do estereótipo de vulneráveis às pressões geopolíticas, essas nações têm se beneficiados da escassez de oferta desses produtos com o recuo das bolsas europeias, encarecendo mercadorias, por exemplo, o milho, trigo e o petróleo que está sendo negociado à US$ 120 o barril.
Preço do barril de petróleo é acima de 120 dólares. Reprodução (Reuters/ Mohamed Abd El Ghany)
O Brasil fica atrás apenas da Rússia em questão à maior taxa de juros reais no mundo. Isso se dá aos patamares elevados da taxa no país e à comparação aos juros nos Estados Unidos, como também em relação para outras economias mundiais, contribuindo para a valorização da moeda brasileira.
O grupo da empresa sul-coreana, Mirae Asset, analisaram esse contexto para o G1. “Parece-nos fato que o atrativo diferencial de juros impõe sua lógica, com os investidores estrangeiros aproveitando para ir às compras na B3, atrás de empresas de commodities”, ressaltaram os analistas.
O banco central dos EUA elevou os juros ao percentual de 0,25 na semana passada, podendo segundo as autoridades, ir para 0,5 o ponto. O Banco Central do Brasil estimou a inflação para este ano aumentando de 4,7% para 7,1%, baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além de informar que a meta de inflação deve ser superada em 2022.
Foto destaque: Reprodução (Reuters)