Exportação de soja do Brasil bate recorde em maio e atinge o 2° maior volume da história

Marcos Vinícius D Por Marcos Vinícius D
3 min de leitura

As exportações de soja produzida no Brasil somaram um total de mais de 15,6 milhões de toneladas para o mês de maio. O valor médio diário foi de 709,441 mil toneladas. Os rendimentos das operações chegaram a US$ 8,137 milhões , segundo dados divulgados nesta quinta – feira (01) pela Secretaria de Comércio Exterior – SECEX. O preço médio de cada tonelada ficou na casa dos US$ 521,30. Com isso, os resultados da receita e do volume do produto foram, em média 23% e 46,7% a mais respectivamente quando comparados com maio de 2022. Também no mesmo período, o preço registrou uma queda de 16,1% .

A demanda internacional, que vai além do comprado pela China, explica o aumento da produção e resultados das vendas para fora da safra recorde. Até mesmo outros grandes produtores, como os Estados Unidos, que são o segundo no ranking, estão procurando soja brasileira em razão da alta oferta que acaba pressionando o preço para baixo. E a Argentina, que vem sofrendo perdas na sua produção interna em razão da seca, necessita do produto para manter a sua indústria processadora de farelo e óleo de soja funcionando e atender a sua demanda local.

O Brasil ocupa hoje a primeira posição mundial na produção da soja. Segundo o Conab, a produção de soja brasileira para este ano cresceu 23,3%, o que representa 154,8 milhões de toneladas. Com isso, espera-se um aumento nos números oriundos das exportações.


Bolsa de Valores de São Paulo – B3. Reprodução: Bloomberg-Colaborador/Getty Images


Já para a próxima safra de 2023/24, é esperado um aumento na liquidez nos negócios antecipados da soja. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA, as negociações estiveram maiores nos últimos dias. Considerando o dólar futuro na B3 e com base no Porto de Paranaguá (PR), o preço da saca de soja de 60 kg é calculado em R$133,80 na paridade de exportação para março de 2024. Sendo o valor sustentado pelo maior prêmio de exportação no próximo ano e pela maior taxa cambial futura negociada na B3, diz o instituto.

Foto destaque: Colheita de soja. Reprodução: JMichl/Getty Images

Deixe um comentário

Deixe um comentário