FMI emite alerta que instabilidade financeira gere impactos negativos no crescimento global

Guilherme Tabosa Por Guilherme Tabosa
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua expectativa do crescimento global em 2023, na última terça-feira (04), por conta da elevação da taxa de juros. A entidade fez um alerta: se o cenário de turbulência financeira perdurar, a produção pode ter queda em níveis de recessão. O FMI fez um pedido aos países membros para que continuem a apertar as políticas monetárias, de forma que a inflação caia. O aviso foi dado às vesperas do encontro do FMI e do Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos.

No relatório ”Perspectiva Econômica Global”, o Fundo destaca que o cenário teve piora, após medidas fortes adotadas depois da falência de dois bancos regionais dos Estados Unidos, o Silicon Valley Bank e o Signature Bank, além da venda forçada do Credit Suisse, pela Suiça. A inflação elevada e a continuidade da guerra na Ucrânia são outros fatores que contribuem para o momento instável.


No panorama atual, importantes economias terão queda ao final de 2023. (Foto: BR Investing)


Diante disso, a previsão do Fundo para o PIB mundial é de alta real de 2,8%, em 2023, e 3,0% em 2024. A queda foi de um ponto percentual, da previsão realizada em janeiro. A justificativa foi o desempenho fraco das grandes economias, como Brasil, Japão, Alemanha e Índia. Mas outros centros econômicos importantes, como os Estados Unidos e o Reino Unido, apresentaram bons resultados, aliado à esperança de novas medidas monetárias que combatam a inflação, levantaram essa taxa. Em 2022, a economia global cresceu 3,4%.

Expectativa para grandes potências mundiais

O cenário do FMI para os EUA teve uma leve melhora para crescimento em 2023, saiu de 1,4%, em janeiro, para 1,6%, influenciado pelo forte mercado de trabalho norte-americano. No entanto, para outros países, a previsão é de queda. O relatório aponta que a Alemanha terá contração de 0,1%, em 2023. Já o Japão, que tinha esperança de crescer 1,8%, em janeiro, agora caminha para crescer 1,3%, ao final deste ano.

Foto Destaque: Logo do FMI. Divulgação/InvestingNews

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