Forasteiros investem em 39% das séries de startups brasileiras

Pablo Alves Por Pablo Alves
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As startups brasileiras tem recebido atenção especial dos investidores de fora do Brasil na hora dos aportes de capital em 2022. No período analisado até agora, a participação de estrangeiros chegou a 39% das 238 rodadas feitas de janeiro a abril, informou a plataforma de inovação Distrito, após investigar dados coletados. Desse total 15% foram realizados somente por estrangeiros  e 24% foi o percentual das efetivadas com parcerias entre brasileiros e gringos.

Em tempos passados, a atuação alienígena era bem menor do que a reproduzida no início deste ano. Foram 33% das séries com a participação dos estrangeiros, 23% em conjunto à investidores brasileiros e 10% optaram por um investimento solo.

As aquisições e as fusões tiveram um aumento da participação nas atividades dos fundos internacionais, apontaram dados da plataforma Distrito. Ano passado as empresas estrangeiras foram adquirentes de 10% das M&As. Em 2022 esse numero alcançou 13% de participação de fora.

Países que contam com mais investimentos e gestores fazendo aportes em startups brasileiras por quantidade de rodadas são Alemanha, Estados Unidos e Japão. As três potencias mundiais atuaram em 700 empreendimentos na última dezena de anos.

A transformação do ambiente de inovação no Brasil foi resultado de parte desses acordos bem sucedidos. O japonês SoftBank, foi responsável por criar unicórnios brasileiros liderando cinco rodadas no ano de 2021, são elas: MadeiraMadeira, Único, Mercado Bitcoin, Merama e frete.com. A empresa também esteve em outras rodadas que deram vida a mais três: CargoX, Quinto Andar e Olist.

A pesquisa da Distrito mostrou que os estrangeiros focaram mais naquelas rodadas onde os valores envolvidos eram altos. Nessa última década 24% das séries de até US$ 1 milhão tiveram a participação desses adquirentes.

As rodadas acima de US$ 50 milhões contaram com a aderência de 90% das gestoras de fora do país. A Distrito avalia que dois terços do capital aportado nas startups do Brasil vem do estrangeiro. Os segmentos que estão no alvo são os com mais lastro de atuação no ecossistema do mercado. As fintechs tem 26%, retailstechs que são startups de varejo tem 12% e 10% ficam nas mão das Healthtechs, focadas em saúde.

Foto destaque: Reprodução/CiaWebSites

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