O Ibama e o ICMBio ligados ao Ministério do Meio Ambiente informaram que usaram somente 21,69% da verba federal que tinham direito para o combate ao desmatamento e as queimadas. Até setembro o gasto dos órgãos foi de R$ 83,5 milhões. O total disponível para uso em 2021 é de R$ 384,9 milhões.
De acordo com dados oficiais juntados pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), estes apontam que do total disponibilizado no orçamento, R$ 187,5 milhões estão reservados para gastos futuros (empenhados). Isso não garante que os repasses serão feitos nesse ano. Para 2022, quando o outro orçamento entrará em vigor, pode haver a quitação de parte desse valor.
Ao jornal Estado de São Paulo, a assessora política do Inesc, Alessandra Cardoso informou que “A baixa execução, considerando-se o auge das queimadas, demonstra as dificuldades que o Ibama e o ICMBio têm para gastar recursos, problema que não pode ser dissociado da falta de pessoal nem do desmonte das normativas de fiscalização do órgão”.
O ICMBio foi alvo de operação da PF contra exportação ilegal de madeira para os EUA. (Foto: Reprodução/dinheirorural.com.br)
Ela complementou dizendo sobre a problemática dessa situação ao afirmar que “considerando-se o período mais crítico de incêndios e queimadas, entre julho e outubro, e o encerramento do ano fiscal a praticamente 3 meses”.
Militares nomeados sem conhecimento técnico somado com a falta de pessoas especializadas, faz com que o órgão passe por dificuldades.
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A operação Akuanduba deflagrada pela Polícia Federal investigou o envolvimento de servidores do Ibama que supostamente estavam envolvidos em irregularidades ao editarem normas sobre a exportação de madeira para os Estados Unidos. Nesse ano, o órgão ficou quase 3 meses parado, o que dificultou as operações. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles que nomeou os servidores alvos da investigação sendo o próprio Ministro também investigado, se demitiu em junho.
No ano de 2020, com 10.900 km2 de área desmatada, a floresta amazônica teve o pior cenário de perda de área ambiental, sendo o maior dos últimos doze anos. Segundo apontam as informações, até o mês de agosto desse ano, já eram 6.026 Km2 de desmatamento.
Foto destaque: Reprodução/Greenpeace