Investidora forma portfólio de US$ 43 bilhões com ações ignoradas

Alexandre Kenzo Por Alexandre Kenzo
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Acreditando que a maior parte do pessimismo em relação às ações internacionais já deve ficar para trás, Sarah Ketterer, CEO da Causeway Capital Management, agora está de olho em empresas fora do Estados Unidos com índices de valorização menos evidentes.

O benefício de investir internacionalmente está em encontrar empresas menos exploradas, menos compreendidas, listadas em mercados que muitas pessoas estão negligenciando,” diz Ketterer. “O que o ambiente fora dos EUA oferece aos investidores dispostos a procurar cuidadosamente por sinais de melhoria é o delta, a mudança entre onde uma empresa está hoje e onde poderia estar em dois ou três anos, à medida que a gestão foca ainda mais no resultado final.”

Com sede em Los Angeles, a empresa hoje administra US$ 43 bilhões (R$ 210 bilhões) e supera o mercado americano em termos de carteira de ações.


Investidora e especialista em ações, Sarah Ketterer.

Investidora e especialista em ações, Sarah Ketterer. (Foto: Reprodução/LinkedIn/@Sarah Ketterer)


Estratégia de Investimento

Desde que iniciou a seção internacional na empresa Hotchkis & Wiley, co-fundada por seu pai, John Hotchkis, a CEO tem investido em ações globais. Sua experiência foi valiosa quando saiu da empresa em 2001 para fundar a Causeway com seu sócio, Harry Hartford.

Os analistas da empresa começam avaliando milhares de ações com capitalização de mercado maior do que US$ 1 bilhão (R$ 4,9 bilhões), tendo em mente certas métricas, como por exemplo:

  • Rendimento dos lucros em comparação com rendimentos de títulos dentro de um país;
  • Valor da empresa em relação ao Ebitda (LADIJA, em português);
  • Meta de preço ao longo de dois anos segundo modelo aplicado de risco.

Sarah Ketterer.

Estratégia de investimento supera vários índices de referência, como o S&P 500. (Foto: Reprodução/Patrick T. Fallon/Bloomberg)


Retornos da Estratégia

Nos últimos três anos, a principal estratégia de ações da Causeway teve um retorno líquido de 17,6%. Este número supera o índice MSCI EAFE, avaliador de ações internacionais em marcados desenvolvidos, em oito percentais. A partir de julho desse ano, o ganho está em 24,5%, superando até o ganho de 19,5% do S&P 500.

Somente contando os valores internacionais, essa carteira de ações, com ativos de US$ 22 bilhões (R$ 108 bilhões), teve um proporcional retorno anual de 7,4% desde 2001.

 

 

Foto Destaque: Sarah Ketterer, administra R$ 210 bilhões. Reprodução/Causeway/Capital Management

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